"Os grandes erram sempre ao brincar com os seus inferiores. A brincadeira é um jogo, e um jogo pressupõe igualdade"
Honoré de Balzac (1799-1850), escritor francês
Li hoje no PÚBLICO
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sábado, 27 de junho de 2015
TERAPIA DO ELOGIO
Crónica de Maria Donzília Almeida
A receção do postal foi o Leitmotiv para a dissertação sobre o tema.
Trazia como mensagem escrita, um elogio rasgadíssimo ao meu rebento.
O efeito foi tão intenso, quanto o inesperado da situação.
Entregue em mão própria, teve a magia que só o elogio
na sua verdadeira essência pode produzir.
“Quem meus filhos beija, minha boca adoça!” Senti, na pele, a força do aforismo popular. Provinha de uma pessoa que eu mal conhecia, apenas de fortuitos encontros na vida social da nossa vila. Logo visualizei aquela senhora que, no meu imaginário, eu assemelhava a Christine Lagarde, pela elegância do porte e tom argênteo do seu cabelo.
— Deve ter uma sensibilidade humana fora do comum! — pensei com os meus botões. Um simples gesto, postura ou apenas a espontaneidade do filho a terão induzido àquele discurso elogioso.
DEMOCRACIA NA IGREJA
Crónica de Anselmo Borges
«O Papa Francisco
político-moral global,
universalmente reconhecida»
1. Não há dúvida de que o Papa Francisco é uma autoridade político-moral global, universalmente reconhecida. Impôs-se ao mundo pela simplicidade, pela bondade, pela entrega generosa ao bem da humanidade, a começar pelos mais pobres. Exemplo para todos os que exercem o poder. Com bondade e inteligência.
Muitos, porém, perguntam-se, com razão, o que poderá suceder a seguir ao seu pontificado. Não vai haver tentativas de restauração, como se ele tivesse sido apenas um parêntesis? Depois de reconhecer que o problema não é o papa, mas o papado absoluto, que exige reforma, com democracia real, divisão de poderes, escreve o teólogo José Arregi: "A reforma radical democrática será uma condição não suficiente, mas indispensável, para que a Igreja seja espaço de liberdade e de tolerância, lar de humanidade. Chegará até aí o Papa Francisco? O tempo corre contra ele."
MINHA FILHA, A TUA FÉ TE SALVOU
Reflexão de Georgino Rocha
está o impulso da
necessidade,
a certeza do amor»
Jesus está à beira mar. Chega Jairo, um dos chefes da sinagoga de Cafarnaum e pede-lhe para ir a sua casa. No caminho ocorre um encontro singular que Marcos realça com pormenor e beleza. Mc 5, 21-43.
Uma mulher, sem nome, deseja ser curada da doença de fluxo de sangue, pois anda cansada de sofrer e estás prestes a desanimar. Já havia gasto “todos os seus bens “ nas mãos dos médicos. Ouve falar de Jesus e sente-se atraída pela sua fama. Decide meter-se na multidão e, destemida, ir avançando até se aproximar dEle e lhe poder tocar no manto. Este gesto era punido pela lei judaica. Mas superior ao rigor do castigo está o impulso da necessidade, a certeza do amor, a força da confiança que pressentem a possibilidade da cura desejada. E, de facto, assim acontece! O diálogo que se segue é enternecedor e pode ser condensado na declaração de Jesus: “Minha filha, a tua fé te salvou”.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
A VERDADE
"Nada pode mudar a verdade, só se pode buscá-la,
reconhecê-la e segui-la"
São Maximiliano Kolbe (1894-1941)
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quarta-feira, 24 de junho de 2015
terça-feira, 23 de junho de 2015
Postal Ilustrado — Vitral na Residência Paroquial
UM CONVITE À MEDITAÇÃO
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Vitral - Foto de Gabriel Faneca |
Qualquer pessoa, por mais simples ou erudita que seja,
precisa de um espaço em sua casa, recatado, que convide à oração, se for
crente, e à reflexão. E se a casa for residência de padres que exercem o seu
múnus sacerdotal em vários setores, muito mais se torna necessário um recanto
acolhedor que permita a meditação.
Este mês, para Postal Ilustrado, fomos visitar a capela da
residência paroquial da Gafanha da Nazaré, onde vivem os padres Francisco Melo
(pároco), César Fernandes e Pedro José, responsáveis pelas paróquias das
Gafanhas da Nazaré, Encarnação e Carmo. O vitral que ornamenta a capela
empresta tonalidades variegadas ao ambiente interior, qual convite à harmonia
que gera partilha de sensibilidades, saberes e experiências.
Com projeto do artista plástico Manuel Ângelo Correia, o
vitral suscita a quem chega um apelo às nossas raízes, desde o início da
fixação do povo nas dunas até aos nossos dias. Nossa Senhora, padroeira das Gafanhas,
com o Menino, o sol, a estrela e a cruz, o peixe e espigas, barcos e velas
enfunadas pelo vento que sempre varreu terras e rostos. A vela estai como proa de navio, enfrentando as
ondas do mar quantas vezes bravio, protege Nossa Padroeira com o Menino,
proteção essa que se estende à nossa paróquia.
Manuel Correia foi-nos debitando informações da proposta do
nosso prior, que sugeriu para tema os símbolos da paróquia, até à execução do
seu projeto, trabalho a cargo do artista Arnaldo Fraga, de Viseu, que fez obra
digna de registo, seguindo técnicas ancestrais. Os vidros coloridos, que não
pintados, são protegidos por outros vidros, o anterior e o posterior, tudo bem
enquadrado por tiras de liga de chumbo soldadas.
O vitral, que se deixa invadir pelo sol desde o seu
nascimento até ao ocaso, fornece ao interior matizes acolhedores, conforme as
horas do dia e a intensidade da luz natural. E ainda de noite, qualquer foco
luminoso ou o simples luar filtrados valorizam o convite ao silêncio e à oração.
Fernando Martins
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