"Afundada numa violenta depressão, a Grécia está a ser exaurida por uma UE "incompetente" e pelo seu "insensível" comissário para os Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, acusa Peter Oborne, num veemente comentário de página inteira."
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sábado, 18 de fevereiro de 2012
POLÍTICA E ÉTICA
Um artigo de Anselmo Borges
no DN
Quando se pergunta: o que é o Homem?, as tentativas de resposta foram múltiplas ao longo dos tempos. Mas lá está, essencial, a de Aristóteles: um animal que fala, que tem logos, um animal político.
O ser humano é constitutivamente um ser social. Fazemo-nos uns aos outros, genética e culturalmente. Procedemos de humanos e tornamo-nos humanos com outros seres humanos. A relação entre humanos não é algo de acrescentado ao ser humano já feito: pelo contrário, constitui-nos. A prova está nos chamados meninos-lobo: tinham a possibilidade de tornar-se humanos, mas, sem o contacto com outros humanos, não acederam à humanidade. É isso: somos humanos entre humanos e com humanos. Apesar da experiência, que também fazemos, da solidão metafísica - cada um é ele, ela, de modo único e intransferível -, não há dúvida de que só na relação nos fazemos. O individualismo atomista contradiz a humanidade que somos.
Carlos Anastácio em entrevista ao Timoneiro
Entrevista conduzida por Fernando Martins
Carlos Anastácio
O trabalho faz parte da luta contra a solidão
Carlos Ramos Anastácio, 76 anos, casado, dois filhos e dois netos, serralheiro civil em situação de reformado, ocupa os seus dias a trabalhar, por gosto, para se entreter e por necessidade de se sentir útil. Não trabalha para ganhar dinheiro, pois oferece muito do que faz, na sua pequena oficina, sem grandes recursos técnicos, aos familiares e amigos que o procuram ou que o visitam, na esperança de uma ajuda. No caso, por exemplo, de um utensílio que está meio gasto ou a precisar de reparação. Há dias, um amigo pediu-lhe que desse um jeito a uma tenaz, gasta nas pontas pelo uso. O Carlos consertou a tenaz, reconstituindo as pontas e, ao entregá-la, ofereceu ao amigo uma nova em aço inoxidável. O Carlos é assim.
Na visita que lhe fizemos há dias apreciámos algumas peças perfeitas e luzidias. Uma enxada ainda sem cabo, uma tenaz, um pequeno ancinho para o jardim, uma pá para o lixo, grelhas para assar sardinhas, fogareiros e até um barquinho com caldeirinha para se deslocar pela força do vapor. Tem, contudo, uma alteração a fazer, para o barquinho não navegar somente para o lado em que está virado.
Tudo feito em aço inoxidável, que o Carlos é, como sempre gostou de ser, um «serralheiro limpo», pois não gosta de mexer em ferrugens. Tem iniciado um carrinho de mão para o jardim, entre outras objetos que o levam a manter-se ativo, numa luta tenaz contra uma certa solidão provocada pelo seu estado de saúde, que o obriga a usar cadeira de rodas. Porém, mostrou, durante a conversa que manteve connosco, uma grande vontade de receber amigos com quem possa conversar, desabafar e passar algum tempo.
O Carlos Anastácio iniciou a sua vida profissional na famosa, para a época, oficina de Manuel da Silva, onde mais tarde se instalou o Stand Dias. Por ali foi aprendendo e trabalhando até cumprir o serviço militar. E lembra que «na oficina do senhor Manuel da Silva se aprendia a fazer as coisas muito bem feitas». Depois foi para a Empresa de Pesca de Aveiro, mais conhecida por empresa do Egas, que trabalhava, como o Carlos nos frisou, apenas para os navios da casa. Daí, mudou-se para a Miradouro, do empresário França Morte.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
NOVO CARDEAL PORTUGUÊS: A mulher deve poder ficar em casa
No PÚBLICO online

"Em entrevista ao Correio da Manhã, Monteiro de Castro afirma que “o maior problema de Portugal” é o “pouco apoio que o Estado dá à família”. “A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos”, sustenta.
A resposta surge na sequência de uma pergunta sobre se está a acompanhar a situação difícil do país. O mesmo acontece na entrevista que o novo cardeal português dá ao Jornal de Notícias, na qual insiste que “Portugal tem de dar mais força às famílias, pôr os nossos portugueses a produzir em Portugal e não fora”. “Devíamos dar muito mais valor à família e ao valor da mulher em casa”, continua.
“O trabalho da mulher a tempo completo, creio que não é útil ao país. Trabalhar em casa sim, mas que tenham de trabalhar de manhã até à noite, creio que para um país é negativo. A melhor formadora é a mãe, e se a mãe não tem tempo para respirar como vai ter tempo para formar”, questiona Monteiro de Castro, ainda na entrevista ao Jornal de Notícias.
"Em entrevista ao Correio da Manhã, Monteiro de Castro afirma que “o maior problema de Portugal” é o “pouco apoio que o Estado dá à família”. “A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos”, sustenta.
A resposta surge na sequência de uma pergunta sobre se está a acompanhar a situação difícil do país. O mesmo acontece na entrevista que o novo cardeal português dá ao Jornal de Notícias, na qual insiste que “Portugal tem de dar mais força às famílias, pôr os nossos portugueses a produzir em Portugal e não fora”. “Devíamos dar muito mais valor à família e ao valor da mulher em casa”, continua.
“O trabalho da mulher a tempo completo, creio que não é útil ao país. Trabalhar em casa sim, mas que tenham de trabalhar de manhã até à noite, creio que para um país é negativo. A melhor formadora é a mãe, e se a mãe não tem tempo para respirar como vai ter tempo para formar”, questiona Monteiro de Castro, ainda na entrevista ao Jornal de Notícias.
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