A QUESTÃO DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
"Toda a gente quer atacar o enriquecimento ilícito e eu também. Não tenho dúvidas de como é chocante vermos diante dos nossos olhos pessoas que conhecíamos sem ter nada, ou quase nada, e que tendo essencialmente actividade política, tornaram-se milionários. Ora isto é uma impossibilidade nos seus termos. Como já o disse um político que viva do seu salário e do trabalho complementar que a lei lhe permite, pode viver bem, mas não pode enriquecer. Pura e simplesmente não pode. E no entanto…"
Veja a opinião de Pacheco Pereira aqui
sábado, 17 de setembro de 2011
Exposição de fotografias de Pedro Loureiro
Foi inaugurada hoje, no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, a exposição “The Return of the Real – 16”,
intitulada “A Figura”, de Pedro
Loureiro, que ficará patente até 11 de Dezembro de 2011.
O convite da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e do
Museu do Neo-Realismo sublinha que «o conjunto de retratos agora apresentado
por Pedro Loureiro resulta de um jogo imagético que procura descobrir o fio de
identidade que existe ainda entre a memória das figuras que outrora alimentaram
a literatura redoliana e os ambientes humanos encontrados hoje nas mesmas
regiões, procurando assim ecos dessa relação etnográfica com os grupos sociais
que chamaram a atenção cívica e narrativa de Alves Redol e a dissonância
manifesta, necessariamente, pela nossa contemporaneidade».
Poesia para este sábado
Quem regressa a Portugal
Quem regressa a Portugal regressa ao medo
de falar sem alçapões de protecção
conventual, ao respeitinho pelos títulos
de borra, à timidez de protestar nas oficinas,
nos empregos, nos polés, nos hospitais.
Volta ao gozo bichaneiro da franqueza
pelas costas, ao bitate regougado
pela incúria, ao leve gás do palavrão
desopilante, pusilânime, vendado,
ao complacente desamor da liberdade.
Regressar a Portugal é regressar
ao desapego por direitos e deveres,
à indiferença pela história colectiva,
pelo que quer que sobrepuje o cá-se-vai
dum comodismo sem coragem nem prazer.
É regressar a horizontes de betão
e eucalipto, a frustrados atoleiros
de automóveis à deriva, ao fanico
de salários sobrevivos, mordaçantes,
ao cajado da lisonja e da preguiça.
Quem regressa a Portugal, regressa ao tempo,
sobretudo, da infância, que o lugar
já foi levado (não me canso de o dizer,
nem me conformo) pelo tufão da mais-valia
predial. Mas se o tempo da infância
cabe inteiro na memória, quem regressa
a Portugal, regressa a quê e para quê?
José Miguel Silva
Sugerido hoje pelo Caderno Economia do EXPRESSO
Direitos dos animais: tema para refletir...
DIREITOS DOS ANIMAIS?
Anselmo Borges
Sobre esta questão complexa, existem três posições
filosófico-jurídicas fundamentais. No Ocidente, predomina a concepção chamada
kantiana, que só reconhece direitos às pessoas. Nas últimas décadas, o
movimento animalista vem defendendo a tese de que há animais não humanos que
são pessoas. A terceira proposta é a de um modelo de sociedade na qual se
reconhece a dignidade dos humanos, mas tem em atenção o valor dos animais.
1 Na concepção predominante, só a pessoa humana é sujeito de
direitos. A dignidade da pessoa humana é o fundamento dos direitos humanos. Mas
significa isso que os animais devam ser remetidos para o domínio das coisas? O
constitucionalista J. Gomes Canotilho pergunta justamente, numa obra colectiva
sobre os desafios para a Igreja de Bento XVI, se precisamente um desses
desafios não é desenvolver uma ecologia em que "as diferenças entre 'algo
e alguém' não remetam para o domínio das coisas a problemática humana dos
outros seres vivos da Terra".
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Política em Portugal
No i de hoje
Ler aqui
"O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje em Paris que a situação da Madeira configura "uma irregularidade grave", afirmando que o executivo já está a elaborar legislação para que tal não se repita."
Em Portugal muito se brinca a nível da política. E o problema, que é grave, está, fundamentalmente, na falta de coragem dos chefes máximos em pôr na ordem quem prevarica. Não há Presidente da República, Primeiro-ministro, ministros, Tribunais, Parlamento... Ninguém é capaz de impor respeito neste país.
Ler aqui
Outra vez as minhas férias
As crises e as limitações normais de idade e outras só me permitiram ficar pela Figueira da Foz. Já não foi nada mau!
Tantos outros ficaram pelos horizontes do dia a dia.
Aqui ficam três imagens dessas férias, apesar de tudo muito boas.
Figueira vista do cimo da Serra da Boa Viagem, com areal à vista
Farol do Mondego, mais antigo do que o de Aveiro. Tem data de 1858
A energia eólica a implantar-se na Serra da Boa Viagem
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Há doentes e idosos à espera da nossa visita
Visitar doentes:
maneira de santificar o domingo
Rosa Lé, viúva de João Vilarinho das Neves, é visitadora de doentes na nossa paróquia. Oficialmente começou há cerca de um ano, quando respondeu ao apelo do Prior da Gafanha da Nazaré, Padre Francisco Melo, dirigido a todos os que se sentissem vocacionados para o serviço de apoio aos idosos e doente. Mas Rosa Lé já tinha, desde muito nova, a experiência de visitar os doentes, sobretudo na Marinha Velha, lugar onde nasceu e com o qual mais se identifica por conhecer toda a gente.
Quando menina acompanhava regularmente sua mãe, Custódia Lé, nessa missão de caridade e de apoio a quem sofre, na companhia de Maria da Luz Bola. Aconteceu isto na década de 50 do século passado. E Rosa Lé recorda-nos esses tempos de «muita pobreza», o que levava sua mãe com a referida vizinha a desenvolverem iniciativas de ajuda às famílias encontradas em situação precária, ao mesmo tempo que solicitavam a cooperação da comunidade.
Subscrever:
Comentários (Atom)