sábado, 25 de junho de 2011
S. João na Gafanha da Encarnação
Com arquinho e balão os marchantes desfilaram
Maria Donzília Almeida
Com arquinho e balão
Os marchantes desfilaram
Na vila da Encarnação
E o público encantaram!
As meninas donairosas
Com pares bem alinhados
Cheias de cor, glamourosas
Em movimentos ritmados
O tecido dos namorados
A marcha engalanava
E em passos bem ensaiados
A música muito ajudava!
DA
A vila da Encarnação deu cartas, na noite de 24 de Junho. Uma mostra de marchas populares, das freguesias vizinhas, teve lugar no largo da igreja que fora devidamente sinalizado para o evento.
Sem ser, propriamente uma tradição destas terras, a comemoração dos santos populares, em marchas, está aqui a copiar-se o que é genuinamente português, embora de outras cidades. O mesmo não acontece com o fenómeno do carnaval, em que se fez uma importação direta do espetáculo carioca.
Reportando-me aos meus tempos de meninice, os santos populares coincidiam com a chegada do verão e de temperaturas mais agradáveis. Nos campos, as mulheres afadigavam-se na rega do milho, que por esta altura estava com a bandeira cheia de pólen. Era altura de “arriar a bandeira” como se dizia em gíria agrícola. Pelo meio do milho alto e sobrevoando as nossas cabeças, a zumbir, apareciam sazonalmente, uns besouros de tamanhos grandes e asas estriadas, os maiores, que faziam inequivocamente o anúncio da chegada da nova estação. Desconhecendo as taxonomias de classificação zoológica, o povo com o seu enorme pragmatismo, batizou estes insetos de: S. pedros, os maiores de asas às riscas; S.joões. os mais pequenos de asas de cor uniforme. Faziam um zumbido forte, característico e pousavam, muitas vezes virando-se ao contrário; se não tivessem patinhas, eu diria que “de pernas para o ar”!
Pescador desportivo em paz...
O pescador desportivo é um pescador amador, no sentido de quem ama a natureza e procura desfrutar horizontes que enriquecem a imaginação. Este pescador é um desses. Com um olho na cana de pesca e outro nas águas mansas da nossa ria, ali está indiferente ao mundo agitado dos tempos que correm sem se saber para onde...
O nosso pescador mostra que é um homem tranquilo ou à procura desse estado de alma. Vem peixe? Não vem peixe? Penso que pouco importa. O que realmente interessa é estar ali com os seus pensamentos, com os seus sonhos, com a certeza da paz que lhe enche o espírito.
DIVINO ESPÍRITO SANTO: A festa mais humanista do mundo
Festas do Espírito Santo - Açores
As 'sopas' do Espírito Santo
Várias vezes Natália Correia me desafiou para as festas do Divino Espírito Santo, nos Açores - ela era espírito-santista. Então, não foi possível. Mas este ano aconteceu.
É capaz de ser a festa mais humanista do mundo. Ah!, aquela coisa dos "impérios"! Chegue quem chegar, senta-se e come e bebe fartamente, sem que alguém lhe pergunte quem é, donde é, o que faz. De graça. No "império" a que me acolhi, lá estava o espírito: "A hora de repartir/Que a gente tanto gosta./Pão, carne, massa e vinho/Temos sempre a mesa posta." Ali, foram servidas mais de 600 "sopas" (um ensopado de carne excelente).
Se formos à procura da origem destas festas, encontraremos um monge célebre do século XII, Joaquim de Fiore, que deu o joaquimismo. Segundo ele, a História do mundo está dividida em três Idades: a Idade do Pai ou da Lei, que é a idade da servidão e do medo; a Idade do Filho, que é a idade da submissão filial; a Idade do Espírito Santo, na qual se ia entrar, e que é a idade do Amor, da Liberdade e da Fraternidade.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Festa do Corpo de Deus na Gafanha da Encarnação
Para que todos sejamos um com Jesus Cristo
Em cerimónia a que presidiu o arcipreste de Ílhavo, Padre Ângelo Manuel Pereira da Silva, também pároco da Sagrada Família da Barra e de Nossa Senhora da Saúde da Costa Nova, celebrou-se ontem, 23, a Festa do Corpo de Deus, com eucaristia e procissão, na Gafanha da Encarnação. Participaram, para além dos párocos e outros sacerdotes com responsabilidades no Arciprestado de Ílhavo, bem como três diáconos permanentes, mais de dois mil e quinhentos fiéis, que encheram por completo o pavilhão desportivo daquela vila. Um número incontável de pessoas ladeou as ruas, com tapete verde e flores, durante a passagem da procissão, em que se incorporaram autoridades civis, irmandades, escuteiros, outras associações, crianças da primeira comunhão com seus catequistas e muito povo. Esta festa, com grandes tradições entre nós, teve lugar, pela primeira vez, fora da sede do concelho, por decisão pertinente dos membros do Conselho Arciprestal. Orientou as cerimónias o Padre Francisco Melo, pároco das Gafanhas da Encarnação e Nazaré.
Na margem do Rio Benga, em Moçambique
Pirogas para atravessar o rio
Família moçambicana
Higiene no rio
Jorge Ribau entre as ruínas
Abandono completo
Havia umas ruínas que parecem uma antiga missão, uma família com dois pequenitos, ele Tunão e ela Tudela. A mais velha lavava os pés numa pedra e a Tudela uns lenços e umas meias. Pirogas que atravessavam pessoas, bicicletas e motas...
Retratos do quotidiano num país pobre, com um passado da colonização portuguesa em perfeito estado de abandono. Todo este abandono seria necessário? Penso que não. Oxalá Moçambique tome o comboio de um progresso desejável para todos os moçambicanos.
Pedalada pelo Ambiente
Encerramento do ano letivo
22.06.11
Nas vésperas de S. João,
Repetiu-se a pedalada
Da Escola da Encarnação,
Que acabou em sardinhada!
Maria Donzília Almeida
Imediatamente a seguir à entrada do solstício do verão, deu-se o encerramento das atividades letivas, na nossa escola. Para que os alunos deixem o local onde tanto tempo passaram, com a mesma sensação de alegria e boa disposição (será que alguma vez lhes falta?), com que iniciaram o ano letivo, cá está o pessoal a esfalfar-se!
Uma pedalada pelo ambiente, tal como exibiam as T-shirts oferecidas pela Associação de Pais, foi organizada pelo grupo de Educação Física, que muito se empenhou para que tudo corresse na melhor ordem. Assim, pelas 9:30, partiram da escola em massa e aos magotes, alunos, professores e elementos da comunidade, que numa atitude de colaboração, quiseram juntar-se ao evento.
Todos seguiram o trajeto, previamente, determinado e, passando pela cidade da Gafanha da Nazaré, rumaram à Barra, sempre, sempre a pedalar! Apesar do número de alunos ser consideravelmente superior, àquele que temos na turma, é muito mais fácil controlá-los e captá-los para esta atividades de exercício físico. Não admira! As crianças estão muito mais propensas para atividades em que despendam energia física do que permanecerem quietas, numa sala, naquelas intermináveis aulas de 90 minutos! Qualquer pessoa medianamente inteligente consegue ver isto! Só não o vê quem não quer mesmo ver. E, “Pior que ser cego, é aquele que não quer ver”!
Subscrever:
Comentários (Atom)