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sábado, 8 de janeiro de 2011
ÍLHAVO: A saudável loucura do banho dos "magníficos"
«Todos os anos, assim que Janeiro começa, uns quantos maduros esquecem o frio - e, se calhar, o bom senso -, despem a roupa e entram no mar da praia da Barra, em Ílhavo, para entregarem o corpo às primeiras ondas da nova maré. Auto-intitulam-se "magníficos" e o banho que tomam nestes preparos constitui já uma tradição da passagem de ano da cidade. Há quem ali vá para se juntar à arrepiante celebração e quem se resguarde e fique apenas a ver até que ponto chega este misto de coragem, superstição, saudável loucura e bravata. Se não fosse por mais nada, o indómito banho tem a vantagem de dar razão ao adágio segundo o qual aquilo que não nos mata acaba por nos tornar mais fortes (há uma versão que diz que "o que não mata engorda", mas não há necessidade de estar a reinar com algum dos senhores que aparecem no retrato). Uma tradição é uma tradição e, afinal de contas, esta é daquelas que não prejudicam ninguém e não pagam impostos, e talvez nem sequer contribua para aumentar o buraco na camada de ozono. Calhando, faz até bem à pele e ao espírito, à circulação sanguínea e a outros achaques da espécie, coisa de que dificilmente se poderão gabar aqueles que começam o ano preguiçando no quente da cama, babando as respectivas fronhas e fazendo contas aos dias que faltam para que seja Natal outra vez.
Jorge Marmelo»
Classe política é um mundo à parte, diz Ferreira Leite
Diz quem sabe do que está a falar: a classe política é um mundo à parte. Manuel Ferreira Leite, antiga ministra, garante que «As medidas tomadas e o proclamado objectivo de credibilizar a classe política têm sido marcados por demagogia e de demagogia em demagogia a classe política tornou-se num mundo à parte em que os cidadãos não se revêem». E acrescentou: «A situação é tão grave que a representatividade pode ser posta em causa» até porque «nenhum país se desenvolve com base em incompetência de dirigentes». Mais: A classe política está «completamente desacreditada» e tem líderes que «infelizmente se habituaram a sobreviver com promessas que nunca cumpriram».
É triste mas é verdade, também na minha maneira de ver.
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O amor a Deus sem amor ao próximo é uma ilusão
O que diria Jesus hoje?
Anselmo Borges
Os dias de Natal são especiais. Há uma atmosfera diferente, o melhor de nós pode revelar-se: mais proximidade, mais intimidade, mais amor, mais solidariedade. Directa ou indirectamente, há uma presença inegável: o nascimento de um Menino, com "a mensagem mais bela e revolucionária da história mundial", no dizer de Heiner Geissler, que foi ministro do Governo Federal da Alemanha e que escreveu um livro admirável precisamente com o título: "O que diria Jesus hoje?"
Mesmo se muitas vezes os que se reclamam de Jesus fizeram da sua mensagem um Disangelho, como disse Nietzsche, ela é real e verdadeiro Evangelho, notícia boa e felicitante.
Essa mensagem tem na sua base a afirmação de que é o ser humano, com a sua dignidade inviolável e fundamentada em Deus, que ocupa o centro de toda a actividade política e económica. Essa dignidade e os direitos que dela derivam constituem o critério de todas as leis, mesmo das leis "divinas", e o fundamento para a convivência em igualdade de todos os seres humanos, independentemente do sexo, cultura, etnia, religião, classe, nação, estatuto social ou jurídico.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
A polémica das ações de Cavaco Silva
Todos sabemos que em política vale tudo ou quase tudo para certos agentes. Se for preciso desacreditar um adversário, alguns tentam logo descobrir maneira de o passar para o lado dos inimigos a abater. Assim está a acontecer com a questão das ações que Cavaco Silva comprou à sociedade que também era dona do BPN. Vai daí, cai o Carmo e a Trindade por todo o país.
José Manuel Fernandes esclareceu no PÚBLICO de hoje uma série de questões, há muito divulgadas, mas que uns tantos políticos não estão interessados em aceitar. Isto é, para destruir o adversário (ou inimigo?) vale tudo. É a política que temos.
Só mais um esclarecimento: nunca fui seguidor das políticas defendidas pelo Prof. Cavaco Silva.
ler a crónica de José Manuel Fernandes aqui.
“Luz do Mundo”: um livro para ler e meditar
Acabei de ler “Luz do Mundo”, o livro que contém o essencial de várias entrevistas concedidas pelo Papa Bento XVI ao jornalista Peter Seewald. Bento XVI foi o primeiro Papa com a coragem de se sentar para responder a perguntas feitas por um jornalista, abarcando, livremente, muitos e diversos temas da Igreja Católica e do planeta em que vivemos. O Papa, pelo que percebi, não fugiu a qualquer questão, por mais complexa que fosse, nem esteve com rodeios para manifestar a sua opinião, sem esconder as suas dúvidas. Talvez por isso, foi um crente, cidadão, teólogo, pensador, estudioso e próximo, humanamente falando, que se expôs com toda a humildade, mas ainda com toda a frontalidade.
Confesso que fui daqueles que, ao ouvir o anúncio da sua eleição, depois do fumo branco dizer ao mundo que já havia Papa, ficaram perplexos, porque outra coisa esperavam: Um Papa mais novo e com capacidade para imprimir um outro rosto à Igreja, sem se esquecer de prosseguir o espírito universalista e intimista selado por João Paulo II com toda a gente, crentes e não crentes.
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