quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Saramago nasceu neste dia

16 de novembro de 1922


PARÁBOLA                  

Num caroço de mentira
Trouxe a verdade escondida
Pus o caroço na terra
Nasceu verdade fingida
Não faltou água dos olhos
Ao viço desta palmeira
Que frutos daria o ramo
Da maligna sementeira
Se do sal que nela morde
Um sabor amargo sobra
É coisa que vai no rasto
Que ficou depois da cobra
Lá em cima onde a verdade
Tem a franqueza do vento
Negam ninhos as raízes
Porque é outro o seu sustento
E o tronco tão levantado
Sobre o caroço partido
Não é tronco mas é homem
Alto firme e decidido

NB - A minha homenagem a um  grande escritor. Prémio Nobel da Literatura em 1998.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

DILEMA

Confesso que já ando saturado de ver e ouvir os principais canais das nossas Televisões, pela razão muito simples de os temas que abordam serem, maioritariamente, baseados na política. E o dilema é este: Se é verdade que necessitamos de estar informados, temos de concordar que tanta repetição nos satura. Pelo menos a mim.
Às vezes desligo, mas logo vem a curiosidade de saber como estão as coisa políticas, está bem de ver. É que me incomodam, realmente, estes negócios colaterais que mancham a credibilidade dos nossos políticos. Há sérios? Claro que há, mas como será possível detectar a seriedade dos homens e mulheres do nosso tempo só pelo olhar?

Ria de Aveiro — A melhor de junho


 O Google teve a amabilidade de me comunicar que esta fotografia foi considerada a minha melhor de junho. E quem sou eu para duvidar?

Missa marca aniversário do Correio do Vouga

No dia 16 de novembro de 1930, o Correio do Vouga surgiu em Aveiro. Completam-se amanhã 93 anos de publicação ininterrupta do semanário que desde a restauração da Diocese de Aveiro, em 1938, é o órgão oficial da Igreja aveirense. O aniversário será assinalado com uma Missa de Ação de Graças, presidida pelo Bispo de Aveiro, na Igreja do Carmo, no dia 20 (próxima segunda-feira), às 18h30. A direção e a administração do jornal, com o Bispo de Aveiro, pretendem agradecer o trabalho desenvolvido e rezar pelos colaboradores, leitores, assinantes, anunciantes e parceiros privilegiados. Os leitores que quiserem podem associar-se a este momento.

NOTA: Transcrito do semanário Correio do Vouga desta semana.

Uma lição de história


 Por onde quer que passemos há sempre uma lição de história, entre outras. Só é preciso ter olhos abertos.

AVEIRO - Novo edifício do seminário em 1951

O Seminário Diocesano de Santa Joana Princesa, instituído em 1939, foi transferido para o novo edifício, no lugar de Santiago, da freguesia da Glória, em 14 de Novembro de 1951.

João Gonçalves Gaspar

In Calendário Histórico de Aveiro

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

“Palavras Descruzadas” — Um trabalho muito oportuno

Um livro de Bagão Félix

"Palavras Descruzadas” é um livro de António Bagão Félix, um ilhavense que conhecemos pela sua intervenção política, académica, social e cultural, a nível nacional. Além disso, sabíamos que era especialista, também, em assuntos relacionados com plantas, que identifica até pelos seus nomes em latim.
´Um dia destes, porém, ficámos a saber, numa livraria, que Bagão Félix publicou um trabalho sobre a língua portuguesa, escrita e falada, apostando em “Exemplos de bem falar e escrever em português. Observações e curiosidades sobre a nossa língua portuguesa são bastante oportunas.
Na badana da capa, sublinha-se que o autor “partilha um conjunto de reflexões sobre a nossa língua”, sendo um “defensor escrupuloso do valor patriótico do português e da sua importância como quinta língua nativa mais falada no mundo”.

Na introdução, o autor afirma que a palavra sempre o fascinou, sublinhando o mistério por trás da palavra por dizer. Confessa-se defensor escrupuloso do valor patriótico do nosso idioma, enquanto sublinha que não tem a pretensão de ser infalível ou de se achar imaculadamente certo. Por isso, Bagão Félix continua atento aos seus erros, procurando sempre aprender. “Raro é o dia em que não consulto um dicionário”, disse.“Palavras descruzadas” é um livro composto por 78 textos, mas o autor garante que muitos outros ficaram por escrever. São 343 páginas cheias de exemplos e considerações muito oportunas sobre o nosso idioma, imensas vezes maltratado no falar e escrever do dia a dia de muitos de nós e nos mais diversos órgãos de comunicação social. Por tudo isso recomendo o livro aos nossos leitores, em especial aos professores e a quem gosta de escrever e falar corretamente a nossa língua.

Fernando Martins