O banco não está ali para decorar o espaço. Ele serve bem para que os transeuntes possam sentar-se. Dali, tranquilamente, pode contemplar-se o nosso mar.
segunda-feira, 17 de abril de 2023
A grande mentira
Crónica de Bento Domingues
Os temas litúrgicos não podem esquecer as condições pessoais e sociais da sua verdade ou da sua grande mentira.
no PÚBLICO

1. Não sou historiador do processo da reforma litúrgica desencadeada por Pio XII, em 1946, de forma mais ou menos clandestina para não ter de enfrentar aqueles que, perante qualquer reforma, levantam o muro da repetição do passado: sempre assim foi, sempre assim será. Essa tendência ainda não foi completamente vencida, mas é legítimo dizer que, a partir de 1955, tornou-se irreversível a chamada Reforma da Semana Santa de Pio XII e continuada por João XXIII (1962). Não foi por acaso que o primeiro documento aprovado, no Vaticano II, foi o Sacrosanctum concilium, sobre a Liturgia (4/12/1963). Não sou historiador, mas fui testemunha entusiasta desta reforma.
domingo, 16 de abril de 2023
Paz saborosa
Cadeira que me espera
O verde que me envolve
No sítio em que estou sentado também ouço o chilrear da passarada que habita por aqui. É uma paz, apesar de tudo, usufruir de um ambiente como este. Agora ouço o chilrear de um pássaro que não pára um segundo. Que pedirá ele? Chilreia por chilrear? Ou estará a chamar alguém? Ou o seu chilreio será algum aviso para a filharada que deve andar a brincar neste dia de sol maravilhoso?
O nosso quintal, com árvores de fruto, arbustos, cada um com sua cor e flores, cria na alma uma paz inexplicável.
Bom domingo para toda a gente.
Um dia lindo!
Aí está, para nosso regalo, um dia lindo. O sol brilha e, para já, garante um domingo que permite boa disposição a quem passou por um inverno agreste. As crianças e os idosos são os que mais sofrem. Os outros, talvez porque andam sempre a ligar, vão suportando os dias invernais.
Hoje é domingo e já ouvi cá em casa que temos de aproveitar este sol para espairecer. Isto quer dizer que é preciso sair de casa para apanhar sol, sentindo o ar puro e benfazejo da natureza. Estou pronto, neste domingo, 16 de Abril. E o 25 de Abril está a chegar!
ESCUTISMO - Promessas na Eucaristia das 19 horas
Ontem, sábado, na Eucaristia das 19 horas, encontrei a Igreja matriz da nossa paróquia, Gafanha da Nazaré, completamente cheia, com o Grupo Coral instalado no coro. Sinal evidente de festa. O agrupamento n.º 588 do CNE (Corpo Nacional de Escutas) apresentava jovens, meninos e meninas para a cerimónia das Promessas, seguindo o ritual habitual e repleto de significado.
O chefe do Agrupamento, João Vilarinho, antes de desejar “boa caça” a todos os escuteiros e aos que iam assumir compromissos, lembrou que a cada um de nós foi dado o poder de “transformar o mundo”, utilizando todas as ferramentas que “estão ao nosso alcance”, para, como BP (Baden-Powell) ensina, podermos “deixar um mundo melhor”.
Em vários momentos, o nosso prior, P.e César, disse que cabe a todos “fazer do escutismo um espaço seguro e harmonioso, um espaço onde se faça a experiência da fé e do amor aos outros e à natureza”. E frisou: “Sem a referência a Deus, a humanidade perde o sentido da eternidade".
Como Assistente Religioso que fui, por convite do nosso prior de há anos, P.e Miguel Lencastre, evoquei nesta cerimónia a alegria e o sentido de comunidade dos escuteiros de então, repetido hoje.
Além dos nossos escuteiro, pais e familiares, participaram também amigos e entidades oficiais, nomeadamente, o presidente da CMI, João Campolargo, e o presidente da Junta de Freguesia, Carlos Rocha.
Desejo que o Agrupamento 588 prossiga com entusiasmo a sua missão entre nós.
sábado, 15 de abril de 2023
Voltar ao essencial
Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias
no Diário de Notícias
1. Nestes tempos do imediatismo, do ruído ensurdecedor causado pelas centrais da estupidificação, é urgente voltar ao essencial. E o que há de mais fundamental, essencial, do que a questão de Deus? Há Filosofia sem a pergunta por Deus? Se não quisermos permanecer na superfície ou nas simples convenções, se quisermos apresentar seriamente o fundamento da dignidade humana, dos direitos humanos, não é aí que vamos desembocar? Como diz Kant, o ser humano é fim e não simples meio. Ora, o que é que é fim em si mesmo senão o Infinito? E o que tem o ser humano de infinito senão a pergunta ao infinito pelo Infinito? O ser humano tem dignidade porque de pergunta em pergunta acabará por desembocar na pergunta pelo Fundamento último e o Sentido último, por outras palavras, na pergunta por Deus, independentemente da resposta que lhe dê: uns decidir-se-ão pela fé, outros pelo agnosticismo, outros pelo ateísmo.
Aprofundando, voltamos sempre à questão de Deus. Na sua obra Der Gott der Philosophen (O Deus dos filósofos), Wilhelm Weishedel mostrou que a questão de Deus constitui precisamente "a problemática central da Filosofia", de Tales e Anaximandro a Nietzsche e Heidegger. "Mesmo onde a teologia filosófica está em decadência, continua a ter uma importância decisiva, pelo menos como algo que há que superar antes de qualquer outra coisa. Por isso, com razão o discurso sobre Deus é considerado como o problema essencial da Filosofia."
sexta-feira, 14 de abril de 2023
Mostrar o que de muito bom temos para oferecer
Ando há anos a fotografar para a comunicação social e para os meus arquivos na qualidade de amador. Não frequentei nenhum curso nem recebi lições de ninguém. Fotografo ao sabor da maré e às vezes com a pressa que as edições exigem. Cheguei a pensar nisso, mas nunca dei um passo na direção certa. E assim vou andando.
Não tem conta o número de vezes que me coloquei na posição da fotógrafa da imagem extraída, legalmente, do Pixabay. Mas a posição não basta. O importante são os objetos ou as paisagens que a toda a hora nos desafiam e esperam pelo momento de serem mostradas ao mundo.

Este céu do Vietname, com todo o seu esplendor, convida-nos a uma visita, para in loco saborearmos a beleza da paisagem. Nós, os da beira mar e da ria, também temos para oferecer a quem nos visita imagens belíssimas, como as que por aqui tenho mostrado. Se não posso ir ao Vietname também os vietnamitas não terão possibilidades de passar pelas nossas paisagens. Contudo, haverá possibilidades de trocar informações e imagens pelos meios que as ciências e as tecnologias nos proporcionam. Vamos então fazer isso.
Da Noruega, selecionei esta paisagem lindíssima e asseada. Talvez longe do povoado ou simples casa de férias de algum amante da natureza ou eremita com necessidade de paz e harmonia. E não teremos no nosso lindo Portugal, em geral, e na região da Ria de Aveiro, em especial, recantos capazes de nos desafiarem a viver momentos de paz interior e de contemplação enriquecedora?
Subscrever:
Comentários (Atom)







