segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

A GAFANHA DA NAZARÉ MERECE SER VISITADA


 

Falar da terra que me viu nascer, já lá vão mais de 80 anos, é obrigação ou devoção que não dispenso. Que mais poderei fazer, se já ando afastado dos areópagos regionais? Então, hoje aposto, mais uma vez, no nosso Jardim Oudinot. Quando o inverno passar ou num dia de sol a brilhar, dê uma volta  por lá.

O TIMONEIRO NASCEU HÁ 66 ANOS

O nosso Timoneiro nasceu há 66 anos, concretamente no Natal de 1956, por iniciativa dos párocos da Gafanha da Nazaré e Gafanha da Encarnação, respetivamente, Pe. Domingos Rebelo dos Santos e Pe. António Augusto Diogo. Tinha apenas quatro páginas e, na prática, era o Pe. Domingos quem assumia as maiores responsabilidades, quer a nível da administração quer da redação.
O Timoneiro era um mensário de expressão católica, mas não deixava de divulgar acontecimentos de natureza civil, através de pequenas notícias, que os seus leitores, em especial os emigrantes, muito apreciavam.
Numa mensagem dirigida aos gafanhenses, com o título Saudação, garantidamente escrita pelo Pe. Domingos, lembram-se os que trabalham “nos campos verdejantes da Gafanha ou nas oficinas e secas”, os que sorriem na “felicidade relativa de um tranquilo viver”, “ao prostrado no leito”, tendo por “fiel companheira a própria dor”, e ainda aos que, “riscando poemas de heroísmo”, vão para o “alto mar em frágil embarcação, arrancar dos abismos o pão para os seus filhos”. Também se dirige às crianças que crescem “para a vida” e aos velhinhos “que dela se estão despedindo”, o Pároco os saúda no Natal de 1956.

A VIOLÊNCIA É UMA DERROTA



"A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota."

Jean-Paul Sartre,
filósofo



Em Escrito na Pedra do PÚBLICO de domingo

domingo, 29 de janeiro de 2023

A INSPIRADA E INSPIRADORA SERRA DO PILAR

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

Serra do Pilar

1. Algumas Igrejas cristãs viveram o Oitavário de Oração pela Unidade de todos os cristãos, purificando a memória das guerras do passado e trabalhando a erguer pontes, num tempo em que se voltou ao ridículo de acreditar que só podemos construir o bem de uns com o mal dos outros. Em vez da cooperação, voltamos às rivalidades de destruição. A vontade de servir a alegria não será melhor do que a vontade de dominar?
A história das divisões, entre cristãos, remonta ao primeiro século. No Domingo passado, já S. Paulo perguntava se Cristo estava dividido, para que alguns andassem a dizer: “Eu sou de Paulo, eu sou de Apolo, eu sou de Pedro, eu sou de Cristo.” Para se colocar fora dessa competição, acrescenta: “O baptismo que recebestes não é de Paulo nem de Pedro nem de Apolo. É de Cristo.”

sábado, 28 de janeiro de 2023

A GRANDEZA DE SER HUMILDE

Reflexão de Georgino Rocha 
para este fim de semana

Jesus é perentório no evangelho deste domingo: Vós sois o sal da terra; vós sois a luz do mundo. Longe de vós só há trevas e corrupção. E se não há luz fica tudo às escuras, tudo a deteriorar-se. Junta â sua palavra o exemplo da vida e a força do testemunho dizendo: Aprendei de Mim que sou manso e humilde do coração. A Homilética destaca no seu comentário a humildade como núcleo base da liturgia de hoje.
A humildade, ensina a Igreja, faz-nos realistas e permite-nos relacionar-nos com Deus e com os outros seres humanos admirando neles o rasto divino num amor feito serviço e não orgulho nem vã glória.

RAMOS SECOS ESPERAM A PRIMAVERA

 

A beleza não está só na forma e colorido das flores ou dos trajes garridos. Não estará ela, também, nos ramos secos que em breve despontarão para a Primavera? 

BENTO XVI MORREU. E AGORA, FRANCISCO?

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias

Bento XVI morreu no passado dia 31 de Dezembro. As suas últimas palavras foram: "Senhor, eu amo-te." Não há dúvida de que o seu grande legado para a História foi a renúncia, sinal de humildade e dessacralizando o papado. Para lá disso, fica também, como sublinhou José Manuel Vidal, "o milagre da coabitação e da transição tranquila". Francisco punha fim a uma Igreja piramidal, clerical, carreirista, autorreferencial, e, agora, a caminho de uma Igreja sinodal, circular, "hospital de campanha". E podemos imaginar o sofrimento de BentoXVI ao "ver como a sua obra era derrubada" ao mesmo tempo que era "duro para o Papa Francisco este trabalho de desmontagem perante os olhos de Bento XVI... No entanto, de modo geral, a convivência durante quase dez anos foi delicada e até fraternal". Seja como for, não se deve de modo nenhum ignorar a diferença entre Bento XVI e Francisco, bem clara ao ler a obra póstuma de Bento XVI, Che cos"è il Cristianesimo (O que é o cristianismo), onde, por exemplo, defende uma ligação, dir-se-ia intrínseca, entre a ordenação sacerdotal e a obrigação do celibato.