quinta-feira, 21 de abril de 2022

Álvaro Garrido — "As pescas em Portugal"

"As pescas em Portugal" é um livro de Álvaro Garrido, que foi diretor do Museu Marítimo de Ílhavo e é, presentemente, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e seu atual diretor. Investigador, tem obra valiosa na área da história das pescas e economia marítima. 
Hoje, neste espaço, aconselho mais um livro da Fundação Francisco Manuel dos Santos, na esperança de que nossos leitores o leiam, ou não fosse o tema aliciante para quantos se interessam pelo mar e pelas pescas.
Diz Álvaro Garrido que o tema "carece de um debate público", sublinhando que "as pescas e os pescadores ora são objecto de invocações lendárias, ora se inscrevem numa atividade económica considerada decadente, condenada ao declínio".
Em 145 páginas, Álvaro Garrido, para além da introdução, aborda Ideias feitas e tendências longas, A política de pescas do Estado Novo, Da Revolução de Abril à Comunidade Económica Europeia, Impactos da política comum das pescas e Dilemas para o futuro: um declínio inevitável? e Fontes.
Na contracapa, na última das três notas, lê-se: "Com contributos de pescadores, armadores, cientistas e decisores políticos, esta é uma história das pescas portuguesas e um retrato do actual estado do sector, num ensaio que lança as bases para um debate urgente e sério sobre as pescas em Portugal."

F. M.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

AVEIRO: Um grafite oportuno


Os grafites têm a vantagem de chamar a nossa atenção para algo importante. Cenas do quotidiano, crítica social e política, evocações do passado, o que se discute no presente. Os artistas de rua,  chamados grafitis, que abordavam estes e outros temas,  ora denunciando, ora sublinhando realidades do presente e do passado, deixaram de ser ostracizados e malquistos, passando a ser considerados e respeitados, com toda a dignidade. 



Há muito que eu passava por este recanto de Aveiro, a caminho do Hospital, e sempre no meu íntimo criticava  o estado de abandono daquela parede, provavelmente  à espera de um arranjo condigno. Burocracias ou direitos estariam a atrasar obras necessárias. 
Há tempos, porém, verifiquei que, afinal, a parede a cair de velhice estava pichada, homenageando uma profissão a cair em desuso entre nós. 



As marinhas de sal ou salinas da nossa ria. em maré de extinção, deram lugar a alguns espaços para turista ver. E nesta velha parede a figura típica do marnoto de outrora mostra a sua arte de rer/raer o sal que seria depois transportado, em canastras, pelos moços contratados, no olho da cidade, na época da Feira de Março,  para a safra salineira. Os típicos montes de sal, cónicos e branquíssimos, emprestavam, realmente, uma beleza rara à nossa região. Tempos depois, porém, eram cobertos por bajunça seca, aplicada com saber e arte, para enfrentarem o Inverno.

Fernando Martins

NOTA: Com a pressa, não vi o nome do artista. Quando lá passar, tentarei saber.

SOPHIA: MAR SONORO




MAR SONORO

Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim,
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho,
que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.


In CEM POEMAS DE SOPHIA

terça-feira, 19 de abril de 2022

Por vezes, mais vale estar calado

Por vezes, mais vale estar calado. Ontem, quando acordei, senti que o dia estava primaveril. Nem necessitei de roupa quente, porque quente estava o tempo. Disse que estava a chegar o rosto aberto da Primavera e fiquei feliz, porque o Inverno não me agrada nada. 
O Inverno torna-me melancólico, temeroso, alheio ao que me cerca e sem capacidade de concentração. Penso até que me torno agreste e sem ouvidos para nada nem para ninguém. No Inverno, sinto-me infeliz. E hoje, enraivecido com o rosto que a Primavera nos havia ofertado, o Inverno voltou. Mas a Primavera, mais dia, menos dia, triunfará.

Gafanha da Nazaré é cidade há 21 anos

A Gafanha da Nazaré celebra hoje, 19 de Abril, o 21.º aniversário da sua elevação a cidade. Criada freguesia em 23 de Junho de 1910 e paróquia em 31 de Agosto do mesmo ano, a Gafanha da Nazaré é elevada a vila em 1969. A cidade veio em 2001 por mérito próprio. O seu desenvolvimento demográfico, económico, cultural e social bem justifica as promoções que recebeu do poder constituído no século XX, a seu tempo reclamadas pelo povo.
A Gafanha da Nazaré é obra assinalável de todos os gafanhões, sejam eles filhos da terra ou adotados. De todos os pontos do País, das grandes cidades e dos mais pequenos recantos, muitos chegaram e se fixaram, porque não lhes faltaram boas condições de vida.
A Gafanha da Nazaré é uma mescla de muitas e variadas gentes que, com os seus usos e costumes e muito trabalho, enriqueceram, sobremaneira, este rincão que a ria e o mar abraçam e beijam com ternura.
O Decreto-lei n.º 32/2001, publicado no Diário da República de 12 de Julho do mesmo ano, foi aprovado pela Assembleia da República em 19 de Abril de 2001, registando em 7 de Junho desse ano a assinatura do Presidente da República, Jorge Sampaio.

F. M. 

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Curiosidades da natureza

 

A natureza está cheia de originalidades. Tenho pena de ser um tanto ou quanto analfabeto sobre muita coisa e em especial sobre as variedades e respetivos nomes da flora portuguesa. Hoje apresento uma planta no mínimo curiosa. Existe cá em casa e vive do ar. Não precisa de terra para existir, nem de adubo para crescer. Normalmente, esta planta é colocada num muro, como esta está, e ali fica. Floresce e embeleza. Não tem vaso com terra e bebe a água da chuva. Capta, penso eu, do ar que inspira os  nutrientes que lhe estão associados. E aqui está há anos. Qual é o  seu  nome? não sei.

O rosto aberto da Primavera

Acordei hoje com a sensação física e mental de que, finalmente, chegou o rosto aberto da Primavera. Não necessitei de agasalhos especiais e um sol acalentador inebriou-me. Até que enfim! É certo que estava um ventinho desagradável, mas nem protestei por isso. Vento é realidade quase permanente nas Gafanhas e arredores.
Fui ao quintal olhar as árvores, arbustos e demais plantas, respirei fundo, sorri para mim próprio e fiquei com a sensação de que já estou a caminho da minha normalidade que me dá ânimo para sentir o palpitar da vida.
Segunda-feira de Páscoa, feriado municipal em Ílhavo, cerimónias habituais a nível autárquico, descanso para muitos. E, diga-se de passagem, dia de visita à Feira de Março em Aveiro, com história de séculos. Terei coragem de passar por lá para apreciar o que há de novo? Ou será melhor num dia de semana sem grande movimento? Logo verei!
Votos de Primavera com vida para todos.

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