quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Não se realiza o Cortejo dos Reis

A pandemia dita as suas leis




Este ano, devido à pandemia, não haverá o tradicional Cortejo dos Reis. Contudo, querendo lembrar o bonito ato dos nossos antepassados, quando levavam à Igreja as suas ofertas, vamos assinalar da forma possível no próximo domingo, dia 9 de janeiro, esta tradição tão arreigada nas gentes da nossa paróquia. Assim, voluntariamente, podemos entregar as nossas ofertas até ao dia 8 de Janeiro no Cartório Paroquia.
Não podendo haver leilão das ofertas, o Conselho Económico e Pastoral encarrega-se de, no domingo, dia 9 de Janeiro, no fim das Eucaristias, atender no hall da entrada do Auditório Mãe do Redentor todos os que pretenderem comprar alguma oferta para ajudar nas despesas da paróquia. Agradecemos a colaboração de todos e pedimos que os bens perecíveis que queiram oferecer, como merendas e doces, sejam entregues no dia anterior ou no próprio dia.

Nota da Paróquia  

********

A paróquia de Nossa Senhora da Nazaré tornou público, no final das Eucaristias do passado fim de semana, que este ano não se realizará o tradicional Cortejo dos Reis, tão apreciado e participado pelo nosso povo. Todos compreenderão as razões, mas também percebem que um dos objetivos da festa dos reis é a angariação de fundos para as múltiplas despesas da nossa comunidade paroquial. Daí acreditarmos que todos se mobilizem para entregar os seus contributos como se recomenda. 

Nota: Fotos de Cortejos anteriores 

Gafanha da Nazaré - Rua Trindade Coelho

José Francisco Trindade Coelho nasceu em Mogadouro, a 18 de junho de 1861. Filho de João Trindade Coelho, negociante, e Narcisa Rosa.
No seu percurso académico frequentou o ensino primário e secundário na sua terra natal, em Travanca e depois num colégio do Porto. A 15 de outubro de 1879 matriculou-se em Direito na Universidade de Coimbra, onde se licenciou a 16 de junho de 1885.
O período em Coimbra foi conturbado. No seu primeiro ano chumbou e como punição, o pai cortou-lhe a mesada. Trindade Coelho decidiu enfrentar esta contrariedade, continuando os estudos a expensas próprias através de explicações e escrevendo para jornais, usando o pseudónimo de Belistírio. Fundou ainda dois periódicos – Porta Férrea e Panorama Contemporâneo. Entretanto, contraiu matrimónio, do qual nasceu o seu primeiro filho.
Após a conclusão da licenciatura ainda se dedicou, por um breve período, à advocacia, mas os rendimentos eram escassos e decidiu enveredar pela carreira administrativa, sendo nomeado Delegado do Procurador Régio do Sabugal e depois de Portalegre.

Sabemos que para conseguir o cargo, Camilo Castelo Branco, um amigo próximo, teve de intervir junto do Ministro, mas Trindade Coelho superou as expetativas revelando-se um magistrado notável.
Em 1891, foi transferido para Ovar com o objetivo de ser elegível como deputado, porém recusou o mandato. Foi depois transferido para Lisboa para o Tribunal Auxiliar do 2.º Distrito, onde colaborou com os Conselheiros Neves e Sousa e Francisco Maria Viegas. Com este último fundou a Revista de Direito e Jurisprudência.
Durante o período do Ultimatum Inglês a sua função passava por fiscalizar a imprensa, algo que lhe valeu duras críticas e o colocou numa posição muito desconfortável. Como forma de se afastar desta situação, solicitou a sua transferência para Sintra, para só regressar à capital em 1895, onde pediu a exoneração dois anos depois.
Além da carreira jurídica, dedicou-se ainda ao jornalismo, fundou os periódicos Gazeta de Portalegre e Comércio de Portalegre. Colaborou com diversos jornais como Portugal, Novidades e Repórter e fundou a Revista Nova. Na literatura destacam-se obras como: Os Meus Amores (1891) e In Illo Tempore (1902).
Apesar de ter uma carreira de sucesso como magistrado, um casamento feliz e um elevado prestígio como escritor, vivia constantemente atormentado e inconformado, sendo talvez essa uma das razões que o conduziu ao suicídio.
Trindade Coelho faleceu, em Lisboa, a 9 de junho de 1908.

 NOTAS:

1. Trabalho elaborado pelo CDI (Centro de Documentação de Ílhavo) da CMI, integrado no projeto "Se esta rua fosse minha";

2. Na Gafanha da Nazaré encontramos a Rua Trindade Coelho. Este topónimo é referido pela primeira vez na ata de reunião da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré de dia 15 de abril de 1983 (Ata da JFGN n.º 6/83, de 15 de abril de 1983). O arruamento figura no Plano Geral de Urbanização das Gafanhas da Câmara Municipal de Ílhavo de 1984;

3. Pode ler um bonito conto de Trindade Coelho aqui.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Porto de Aveiro com novo recorde


No passado dia 29 de dezembro, o Porto de Aveiro atingiu um novo recorde anual, ao atingir a marca de 5,632 milhões de toneladas movimentadas, data em que entrou um navio proveniente do Brasil carregando 27 915 toneladas de toros de madeira. Para conseguir esse resultado, foi determinante a entrada de navios de maiores dimensões de boca e comprimento. O anterior melhor ano de sempre no Porto de Aveiro tinha sido se registado em 2018 com a marca de 5,623 milhões de toneladas movimentadas.
Sou dos que acompanharam de perto o crescimento do Porto de Aveiro, em diversos setores (Porto de Pesca Longínqua, Porto de Pesca Costeira, Porto Comercial e Industrial), todos instalados na Gafanha da Nazaré, o que me leve a sentir a obrigação de sublinhar este recorde. Tenho dito e redito que a cidade da Gafanha da Nazaré é, de certa forma, filha do Porto de Aveiro. Há, no entanto, quem goste de inverter as posições. Tudo certo.

F. M.

D. João Evangelista faleceu neste dia

EFEMÉRIDE
1958
5 de Janeiro

No dia 5 de janeiro de 1958, pelo meio-dia, faleceu no hospital da Santa Casa da Misericórdia, onde se encontrava internado desde 11 de dezembro anterior, o arcebispo-bispo de Aveiro, D. João Evangelista de Lima Vidal. A infausta notícia espalhou-se rapidamente, causando profunda consternação.
D. João Evangelista foi o primeiro bispo da restaurada Diocese de Aveiro. Quando ele faleceu já eu tinha 19 anos e conheci-o por força da minha ligação, desde a minha adolescência,  à Ação Católica.
D. João escrevia primorosamente e nas crónicas que publicava utilizava um estilo muito poético. Mons. João Gaspar publicou vários livros alusivos ao nosso primeiro Bispo da restaurada Diocese de Aveiro. Aproveitem para ler D. João  Evangelista. 

Visita à Livraria Lello





Tenho ido ao Porto, cidade a que me ligam gratas recordações, mas há cerca de quatro anos que não visito a célebre e histórica Livraria Lello. Não estará tão recheada como os espaços mais modernos vocacionados para a venda de livros, mas quem lá vai sente uma satisfação especial que nem sabemos explicar muito bem.
Já estive várias vezes na famosa Lello e senti realmente um prazer diferente, daí o vir hoje com esta evocação. Deduzo que este meu gosto terá a ver com o ambiente artístico e arquitectónico que acolhe as estantes com os mesmos livros que poderemos encontrar em qualquer outra livraria.
Há uns quatro anos a entrada era franca, mas agora e desde há anos é preciso comprar bilhete que será abatido na hora de pagar o que se adquiriu.
Na minha agenda registarei uma recomendação para na Primavera visitar a Lello no Porto. Tentarei cumprir.

F. M.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Vamos ter mais frio

A Nina já está no seu lugar
Vamos ter mais frio! Esta informação chegou aos meus ouvidos ao jeito de quem me anuncia uma grande novidade. Mas como poderia ser diferente se o Inverno começou há dias? Foi o que esclareci.
Fiquei com a impressão de que as pessoas associam à expressão Ano Novo Vida Nova a ideia da eterna primavera com os seus dias amenos e naturalmente agradáveis. 
O Inverno é a estação fria, ventosa e chuvosa pelas leis da natureza e da situação geográfica em que assentamos os pés e respiramos. E não há volta a dar.
A solução está em usar roupa adequada, procurar o aconchego do lar, sentir o crepitar das achas nos borralhos ou nas salamandras e, sobretudo, saborear o calor humano que dimana da alegria de viver. Umas boas risadas não afugentarão o Inverno? E não podemos esquecer que a estação mais fria só vai pregar para outras bandas lá para fins de Março.

F. M.

Gafanha da Nazaré - Rua Cesário Verde



José Joaquim Cesário Verde nasceu em Lisboa, a 25 de fevereiro de 1855. Filho de José Anastácio e de Maria da Piedade, família de comerciantes e lavradores.O seu pai era proprietário uma loja de ferragens na Rua dos Bacalhoeiros, em Lisboa, onde em 1872, Cesário Verde começou a trabalhar.
No ano letivo de 1873-1874 ingressou no Curso Superior de Letras da Universidade de Lisboa, que nunca chegou a terminar. Mas a frequência daquele estabelecimento de ensino permitiu-lhe estabelecer relações de amizade com outros escritores, em particular Silva Pinto.
Em dezembro de 1873, iniciou a sua colaboração com o Diário de Notícias e mais tarde, com Diário da Tarde, do Porto, onde publicou muitos dos seus poemas.

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue