terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Gafanha da Nazaré - Rua Cesário Verde



José Joaquim Cesário Verde nasceu em Lisboa, a 25 de fevereiro de 1855. Filho de José Anastácio e de Maria da Piedade, família de comerciantes e lavradores.O seu pai era proprietário uma loja de ferragens na Rua dos Bacalhoeiros, em Lisboa, onde em 1872, Cesário Verde começou a trabalhar.
No ano letivo de 1873-1874 ingressou no Curso Superior de Letras da Universidade de Lisboa, que nunca chegou a terminar. Mas a frequência daquele estabelecimento de ensino permitiu-lhe estabelecer relações de amizade com outros escritores, em particular Silva Pinto.
Em dezembro de 1873, iniciou a sua colaboração com o Diário de Notícias e mais tarde, com Diário da Tarde, do Porto, onde publicou muitos dos seus poemas.
O ano de 1874 revelou-se de grande atividade literária para o escritor, e além dos jornais já referidos, começou a publicar também na revista Harpa, do Porto, e na Tribuna, de Lisboa. No final desse ano chegou mesmo a ser anunciado no jornal A República a publicação de um livro de poesias de Cesário Verde, porém este projeto não se concretizou.
Durante o seu percurso literário temos a notícia da colaboração com as revistas Evolução de Coimbra, O Porto, Ocidente e Ilustração.
Em 1878 viveu durante algum tempo nos arredores de Lisboa, na quinta da família em Linda-a Pastora.
Em 1884 publicou um dos seu poemas mais aclamados - Nós, onde, talvez pressagiando a sua morte, alude à sua débil saúde.
Faleceu em Lisboa, a 19 de julho de1886, com apenas 31 anos de idade, vítima da tuberculose.
Após a sua morte, o seu amigo Silva Pinto compilou diversos poemas do autor, publicando num único volume a única obra deste escritor – O Livro de Cesário Verde (1887). Esta obra permitiu que o poeta pudesse ser apreciado e admirado postumamente, apesar de, em vida, ter recebido críticas muito duras pelo seu estilo de escrita peculiar.


NOTAS:
1. Trabalho elaborado pelo CDI (Centro de Documentação de Ílhavo) da CMI;
2. Na Gafanha da Nazaré encontramos a Rua Cesário Verde. Este topónimo figura no Plano Geral de Urbanização das Gafanhas da Câmara Municipal de Ílhavo de 1984 e surge mencionado numa Escritura de 29 de outubro de 1982, relativa à empreitada de pavimentação a betuminoso.

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