quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Forte da Barra - Ponto de encontro para alguns


O lugar do Forte da Barra, na Gafanha da Nazaré, continua a ser ponto de encontro para uns e ponto de partida para outros. Os gafanhões, em especial, gostam deste recanto, com a sua capelinha dedicada a Nossa Senhora dos Navegantes.
Quando os Estaleiros Roeder e a Aviação funcionavam em pleno, o movimento era intenso, com lanchas que estabeleciam a ligação a São Jacinto. Presentemente, está este lugar muito mais calmo, mas há sempre quem apareça para matar saudades.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Abusos sexuais de menores na Igreja e fora dela

O problema dos abusos sexuais de menores e adultos fragilizados na Igreja, mas não só, volta à cena depois das notícias oriundas de França sobre o tema. É um assunto delicado e complexo, mas dele não podemos fugir nem assobiar para o lado. Todos sabemos, contudo, que a pedofilia e outros crimes semelhantes existem na sociedade, na Igreja e fora dela, mas não estão à vista. Quem os comete tem sabido esconder os abusos sexuais, talvez na convicção de que nunca serão conhecidos, mas é sabido que, por mais graves ou insólitos que sejam, mais tarde ou mais cedo saltarão para a luz do dia. Cardeais, bispos, padres e leigos com responsabilidades nas estruturas eclesiais têm sido acusados um pouco por todo o mundo. E como é óbvio, também em Portugal já houve casos e, que me lembre, uma ou outra condenação.
Sobre o que se tem passado neste âmbito, sei apenas o que leio na comunicação social, com parangonas em caixa alta para haver mais visibilidade, mas daí a ter uma ideia concreta do que realmente existe no nosso país vai uma grande distância. Repito: Fala-se da Igreja, das famílias, das instituições, das escolas, etc. E se se fala, urge que se investigue, não apenas na Igreja, mas em todas as estruturas sociais. É claro que a Igreja, pela sua natureza e missão, tem responsabilidades acrescidas, pelo que  deve, por isso,  pôr o assunto nas mãos de comissões independentes, para não suscitarem quaisquer  dúvidas. 

Fernando Martins

Michael Barrett - Portugal Minha Pátria


As nossas cores e paisagens. Um desafio à nossa sensibilidade. O artista nasceu em Paris, em 1926. Em meados da década de 80 radicou-se na Figueira da Foz. Faleceu em 2004.
Do livro "MICHAEL BARRETT - Corpo Azul da Figueira da Foz a Buarcos", com sinais da sua passagem por outras paisagens.

terça-feira, 12 de outubro de 2021

A Lota em Aveiro passou à história


Lembro-me da polémica à roda da construção da Lota. Tinha que ficar em Aveiro, que era dona e senhora do Porto de Aveiro. E os barcos de pesca costeira, traineiras e outros,  para descarregarem o pescado, tinham mesmo de navegar até lá. Alguns empresários mais espertos procuravam pescar pelas bandas de Leixões. E em pouco tempo, sem mais despesas, descarregavam e voltavam ao mar.
Um dia questionei um sobre o motivo dessa preferência por Leixões. Respondeu-me: — Já viu a despesa de gasóleo que se poupava? O pescado, mesmo quando era pouco, tinha de ser descarregado para não se estragar e as viagens de ida e volta até à lota de Aveiro significavam um alto custo.
Políticas e políticos sem visão provocaram altos danos às pescas, aos empresários e ao país.
Décadas depois, os portos de Pesca Costeira, Comercial, Industrial e Longínqua estão todos na Gafanha da Nazaré. E os primeiros mesmo à boca da Barra. A Lota da imagem passou à história.

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Recordações: Caldeira do Forte e Esteiro Oudinot


 

Aqui partilho duas fotos do meu arquivo, guardadas numa caixa de cartão para evitar as humidades. Nas mãos de técnicos de fotografia passariam a excelentes documentos históricos. De qualquer modo, formulo votos de que os mais idosos, em especial,  possam apreciá-las. 

Efemérides


Às vezes ando à cata de efemérides da terra e pessoais. Não sou picuinhas nem voltado muito para o passado, pois prefiro pensar e agir em função do futuro. A verdade, porém, é que, por norma, a partir das efemérides conseguimos fazer caminhadas até ao presente e logo imaginamos o futuro. Digo imaginamos, mas tenho a garantia de que jamais acertamos na roda da sorte, porque, para lá do presente, só há incógnitas.
Voltando às efemérides, o Facebook tem uma memória prodigiosa ou bem organizada, pois, frequentemente, me acorda com trabalhos e datas em que escrevi e fotografei sobre assuntos importantes da minha vida pessoal ou comunitária. Realmente, as novas tecnologias já têm um lugar muito especial na sociedade. Há nelas coisas menos corretas? Há, sim senhor, mas temos sempre a oportunidade de pôr de lado o que é mau.

FM

Mas, padre, o que está a dizer?

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO



O Sínodo vai até aos limites, inclui a todos. O Sínodo também é abrir espaço para o diálogo sobre as nossas misérias.

1. Nos grandes meios de comunicação, as notícias sobre a Igreja continuam a insistir, e com toda a razão, nos crimes de pedofilia do clero. No dia 5 deste mês, foi divulgado o Relatório Final, elaborado por uma Comissão independente a pedido da própria Igreja francesa, que analisou um período de 70 anos em França, apresentando números assustadores. Dizem-me que estou a ser ingénuo: para conhecer as verdadeiras dimensões dessa tragédia falta revelar o que se passa no seio de muitas famílias. O que está a acontecer na Igreja, além das medidas para erradicar essa calamidade em todas as dioceses, é, no meu entender, uma autêntica revolução. Não se trata, apenas, de enfrentar algumas questões sectoriais. O que o Papa Francisco tem feito, por sua conta e risco, e continua a fazer, é muito importante. Agora, inaugurou um processo radical. Não quer que a Igreja seja do Papa Francisco, dos cardeais, dos bispos e dos padres. A autoridade não está na cátedra, na mitra, no báculo ou no cabeção dos padres.