quarta-feira, 7 de julho de 2021

Portugal tem capacidade para vencer adamastores

Texto escrito em 6 de Julho de 2011


Pouco ou nada sei dos jogos das economias modernas, com agências a espiolharem e a ditarem leis sobre as capacidades económicas dos países e, mais ainda, sobre a honorabilidade dos mesmos. Os países pagam a sobrevivência e o trabalho dessas agências, ditando elas pareceres que podem deitar por terra a credibilidade dos Governos e dos Estados.
A Moddy’s, umas dessas agências, diz: “Portugal é um país que não recomendamos.” Trocado por miúdos, quer dizer que não vale a pena emprestar dinheiro a este recanto da Europa, com mais de oito séculos de história, porque não seremos capazes de liquidar as dívidas. E se mesmo assim alguém nos emprestar o que é preciso para vencermos dificuldades sérias, mas ultrapassáveis, então que não se esqueça de nos exigir juros altíssimos, mas nos derrotarem de vez.
Durante o dia de hoje já ouvi e li que esta classificação de “lixo” com que nos “brindou” a Moddy’s, é injusta, ofensiva, terrorista e inexplicável, entre outros mimos e desabafos. Outros aconselham a cortar com essa gente, que terá, como meta, ferir de morte a Europa, começando por tentar liquidar os países periféricos, nos quais se integram Portugal e a Grécia.
Para aquela agência, não importa que tenhamos um Governo com larga maioria a apoiá-lo, que luta, denodadamente, para pôr as contas em dia, com o sacrifício consentido do povo português. Tão-pouco lhe interessa que tenhamos o apoio da UE e do FMI e que Portugal tenha um passado histórico de que se pode orgulhar.
É preciso dizer frontalmente a essa gente que o nosso país, como Estado e como Nação, continuará com ou sem euro, dentro ou fora da UE, porque tem capacidade para vencer crises, para vencer adamastores, para desbravar mundos.

FM

terça-feira, 6 de julho de 2021

O tempo não se convence

Ora chove, ora se anuncia calor de abrasar, ora sopra vento brando, ora surgem rajadas de destruição. O tempo não se convence que tem de olhar para os humanos. Pode ser que um dia destes nos surpreenda, cansado de nos incomodar.

O surfista à espera das ondas



O surfista na praia de São Pedro em Cova e Gala - Figueira da Foz. Um desafio ao equilíbrio sobre as ondas. 

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Pedras que dão vida

 

Pedras que dão vida à beira mar. Motivo inspirador para começar a semana bloguista. Boa semana com votos de ideias inovadoras.

domingo, 4 de julho de 2021

D. António Moiteiro - Bispo de Aveiro há sete anos

No dia 4 de Julho de 2014, D. António Moiteiro foi nomeado Bispo de Aveiro pelo Papa Francisco, sucedendo a D. António Francisco dos Santos. Completa hoje, portanto, sete anos como Bispo da Igreja Aveirense. Como Diácono Permanente, mas também como cidadão desde que a Diocese de Aveiro foi restaurada, sinto ser meu dever felicitar D. António pelo seu trabalho empenhado como pastor ao serviço do povo de Deus, mas não só, radicado na área diocesana.
Mesmo limitado na minha intervenção social, que a idade dita as suas leis irrevogáveis, continuo a dar o meu contributo cristão na Igreja e na sociedade pela forma que mais se coaduna com a minha sensibilidade, na área da comunicação social. E nesse trabalho diário vou reconhecendo o mérito indiscutível do labor do nosso Bispo, entre nós, em especial,  e na Igreja de Cristo, em geral. Formulo  votos  de saúde e otimismo a D. António Moiteiro,  na certeza de que as bênçãos de Deus para o seu ministério episcopal não lhe faltarão.
Aqui deixo o meu abraço de felicitações e estima ao nosso Bispo.

Fernando Martins

Pescadores de terra e de mar

 

Que andariam a fazer por ali aqueles barquinhos a motor? Perguntei com alguma curiosidade. Garantiram-me que andavam à pesca. E com que velocidade andavam eles! Há artes para tudo.

A alegria de uma nova liberdade

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

A história do Mundo, das Religiões e da Igreja 
não está fechada. Tudo tem de ser recreado.

1. Hans Küng, ao escolher o desafiante modelo cristão para a sua vida, não deixou de se confrontar com outros modelos: hindu, budista, confucionista, judaico e muçulmano. Não para os desvalorizar, mas para permitir um diálogo lúcido entre todos. Tendo aprendido muito com todos, não quis, no entanto, deixar de manifestar a sua preferência. Para ele, a vida, os ensinamentos e a actividade de Jesus de Nazaré sobressaem, claramente, em comparação com outros fundadores de religiões. 
O melhor é dar a palavra ao ilustre investigador: “Jesus não foi uma pessoa formada na corte, como aparentemente foi Moisés, nem filho de príncipe, como Buda. Mas também não foi um erudito e político, como K'ung Fu-tzu, nem um comerciante rico e cosmopolita, como Maomé. É precisamente pela sua condição social ser tão insignificante que a sua importância douradora parece ainda mais espantosa. Ele não defende a validade incondicional de uma lei escrita que se desenvolve sem cessar (Moisés), nem o retiro monástico em ascético ensimesmamento dentro da comunidade regulamentada de uma ordem (Buda), nem a renovação da moral tradicional e da sociedade estabelecida em consonância com uma lei cósmica universal (k’ung Fu-tzu), nem revolucionárias conquistas violentas em luta contra os infiéis e a fundação de um Estado teocrático (Maomé).