a «ir mais longe» na promoção da liberdade religiosa
O presidente da República afirmou ontem, na sessão comemorativa dos 20 anos da Lei da Liberdade Religiosa, que Portugal tem de ser uma sociedade “mais tolerante, mais integradora, mais generosa”. “Neste tempo pós pandemia em que saímos de tanto sacrifício, tanta solidão, tanta luta pela sobrevivência, física, mental, económica e social, tanta tentação do salve-se quem puder, do egoísmo, desconfinar passa por reencontrar os outros, a sua diferença, os seus valores e as suas práticas, a riqueza das diversidades”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.
Referiu que é importante "ir mais longe no aprofundamento da ligação entre a liberdade religiosa e outras liberdades e condições económicas, sociais, culturais, jurídicas e politicas dos seus titulares”.
Em entrevista à Agência Ecclesia, o Presidente da Comissão de Liberdade Religiosa, Vera Jardim, referiu que “As religiões podem vir a dar um contributo importante para um entendimento maior entre as forças sociais, políticas", frisando que o Papa, quer se queira, quer não, quer se seja católico ou não, é hoje visto como a figura universal aceite e marcante da sociedade mundial moderna, pelo que tem escrito, pelas mensagens essenciais que tem mandado para o mundo, mensagens até para a sobrevivência da própria humanidade”.
Vera Jardim assinala “um ambiente que pode ser extremamente positivo para o futuro da Europa”, fruto do diálogo entre as várias religiões, e que apesar de a história europeia estar cheia de “lutas religiosas”, “o movimento generalizado de diálogo entre as Igrejas de que o Papa Francisco é um dos grandes obreiros” tem conduzido a um “clima de entendimento”.