sexta-feira, 13 de março de 2020

SACIA-TE NA FONTE DE ÁGUA VIVA

Reflexão de Georgino Rocha: 
A caminho da Páscoa

«A solidariedade nas causas justas humaniza-nos, reforça os laços da família que constituímos e abre o coração a novas dimensões: a ética da convivência social, a cultura do suficiente, o estilo de vida sóbrio e partilhado, a fraternidade sem limites, a dignidade acrescida, fruto do reconhecimento agradecido a Deus Pai por nos constituir seus filhos e irmãos em Jesus Cristo.»

A samaritana acorre ao poço de Jacob, para buscar água fresca. Leva consigo o cântaro vazio, símbolo do seu coração ansioso que procura saciar as sedes que manifestamente o inquietam e perturbam. Habita-a o sonho de felicidade, sempre adiada, apesar das tentativas fugazes de prazeres efémeros. Acolhe o pedido ousado do judeu desconhecido e questiona-o sobre o seu atrevimento. Abre-se ao diálogo num “taco-a-taco” impressionante pelo realismo personalizado e pela caminhada espiritual de abertura e comunicação. Jo 4, 5-42 
Jesus, paciente e confiante, situa-se ao nível da samaritana. Aproveita a oportunidade de estar cansado e de ser pleno dia, para manifestar a necessidade de saciar a sua sede. “Dá-me de beber” – diz-lhe. “Como?” – pergunta ela. “Se conhecesses quem te pede” – acrescenta Jesus, abrindo horizontes novos às sedes humanas que só podem ser satisfeitas por águas vivas oferecidas por quem as possui e está pronto a reparti-las.
“Por muito que nos desconcerte, afirma o cardeal Tolentino de Mendonça, Jesus dirige-nos essas mesmas palavras, na boca do poço que representa este momento das nossas vidas. «Dá-me o que trazes contigo. Abre o teu coração. Dá-me o que és». A quaresma é uma chamada a reactivar o dom da graça”.

quinta-feira, 12 de março de 2020

O DOURO COM TODA A SUA BELEZA


Sem apetência por qualquer tema, que o coronavírus (COVID-19) me tem envolvido demais, aqui fica o Douro com toda a sua beleza para me fazer esquecer, se é que tal é possível, os dramas da pandemia que nos envolve.

ÍLHAVO - Recordações


Com a qualidade possível, já que não sou nenhum especialista em digitalizações, ofereço 12 registos, tipo selo, do que me chegou às mãos.  A data situa-se na década de 1960.

terça-feira, 10 de março de 2020

A LITA FEZ ANOS HOJE


A Lita completou hoje, 10 de março, a sua 80.ª primavera. Diz-se, não sei por que razão, que não se deve perguntar nem dizer a idade das senhoras, como se tal desse azar ou coisa do género. Penso que a Lita tem motivos de sobra para se regozijar pela idade que tem. Já viveu, até agora, uma vida longa,  e todos, os que a amamos, queremos continuar a usufruir da sua juventude, sempre disponível para servir, mesmo quando lhe faltam as forças… próprias das canseiras. 
Permitam-me que diga, de passagem, que a vida não é só a que o calendário inexoravelmente regista e os documentos atestam. A vida não tem idade no dia a dia da nossa existência terrena. Cada minuto com sonho lindo apaga anos de sombras indefinidas. 
Costumamos dar uma volta por aí no dia 10 de março, mas este ano, por força dos sustos coronavíricos, ficámos por casa, mas prometemos que na próxima oportunidade sairemos para saborear o ar fresco da maresia que nunca nos cansa, decerto em dia com céu azul a franquear-nos horizontes de paz e de cumplicidades bem próprias de um matrimónio com 55 anos, alimentado pelas bênçãos de Deus e pelo apoio indispensável de familiares e amigos. 
Com incómodos de saúde aqui ou ali, agora ela depois eu, ambos em simultâneo algumas vezes, o rolar da vida vai passando por invernos frios, logo seguidos de primaveras e verões reconfortantes… E o outono da existência não nos rouba a alegria dos filhos, netos e demais familiares, nem a simpatia de amigos sem conta.

Fernando Martins

Carlos Matos expõe “Do Sagrado: Figurações”

Casa da Música
Sexta-feira
20 de março
18 horas 

Carlos Matos no seu Nicho D'Artes (Foto do meu arquivo)
Com organização do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, vai ser apresentada ao público, na Casa da Música, no próximo dia 20 de Março, pelas 18 horas, uma exposição do artista Carlos Matos, que tem por título “Do Sagrado: Figurações”. A mostra de alguns dos seus múltiplos e expressivos trabalhos ficará patente de 20 a 22 de março. Uma exposição para ver e pensar. 
Diz o título da exposição que se trata de figurações do sagrado, o qual faz parte de forma notória da sua sensibilidade criativa, que me espanta diáriamente com os seus apelos ao divino, ao transcendente. Estou, pois, com curiosidade de apreciar os trabalhos expostos, indubitavelmente selecionados por si. 
Para já, os meus parabéns. 

F. M.

Ler mais sobre Carlos Matos 

domingo, 8 de março de 2020

O ESSENCIAL E O SECUNDÁRIO

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

"Para que as celebrações da Quaresma e da Semana Santa não se percam no ritualismo fundamentalista, importa não se deixar dominar pelo que está mandado ou proibido. Uma festa precisa de um ritual, mas não há nenhum ritual que faça a festa de uma comunidade ou de um povo."

1. Algumas Igrejas cristãs – católica, ortodoxa, anglicana, luterana – fazem preceder a Páscoa de um grande retiro, a Quaresma, para vincar que as “cerimónias litúrgicas”, sem a transformação da vida, são uma mentira.
Os rituais e tradições da Quaresma podem ser muito diferentes de continente para continente, de país para país e mesmo dentro de cada país, as expressões, sobretudo as da Semana Santa, podem revestir aspectos que uns consideram fidelidade à religião popular e outros apreciam-nas como folclore bizarro para turistas do insólito. Também não falta quem as denuncie como traições à pureza da fé cristã.
Certas tradições foram esquecidas, outras alteradas e são, agora, em muitos casos, objecto de investigação histórica e até de reconstrução etnográfica. Não convém esquecer que foram, por vezes, modos muito criativos de inculturação popular da fé cristã, mais ou menos ortodoxa. O mundo rural em que nasceram e se desenvolveram ou já não existe, ou existe de forma tão precária, que as reconstituições parecem sobretudo trabalho de arqueologia da memória. Em algumas zonas do país, onde o clero não impôs a sua ortodoxia oficial, ainda hoje são fiéis às expressões da fé que os alimentaram durante séculos [1].

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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