sexta-feira, 3 de maio de 2019

O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa



Celebra-se hoje, 3 de maio, o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, com o propósito de promover os princípios fundamentais da liberdade no mundo da comunicação social. Urge combater os ataques aos media e impedir as violações às liberdades, enquanto importa evocar os jornalistas que têm sido vítimas de ataques, de torturas e assassinados. 
Todos os anos surgem notícias de jornalistas mortos quando exercem as suas missões de informar e mostrar ao mundo os dramas das guerras, dos que sofrem, dos que são violentados ou vilipendiados. 
Partindo do princípio de que a imprensa tem mesmo de ser livre e isenta de pressões, políticas ou outras, convivo mal com a mentira descarada, com as falsas notícias, com a publicação de textos pagos e camuflados de propaganda e publicidade. 
O mundo da imprensa, com excelentes órgãos independentes de informação, ainda nos animam a acreditar que é possível a seriedade. Repugna-me, porém, verificar a falta de educação e de tolerância na apreciação de jornais e revistas, só porque defendem ideias políticas da direita ou da esquerda, como se a verdade estivesse só de um lado. 

Fernando Martins

Georgino Rocha: Refeição de Jesus na praia com os discípulos


Jesus ressuscitado surpreende os discípulos em diversos locais e fases do dia. E também de ocupações. Prossegue as iniciativas para os reagrupar e comprovar a realização da promessa que lhes havia feito de ressuscitar após a morte de que iria ser vítima. É a Maria Madalena, a Cléofas e sua companhia, aos discípulos fechados em casa e aos que estavam na margem do mar de Tiberíades, após a faina da pesca. E a muitos outros.
O autor do relato, que leva o nome de João, faz uma bela composição catequética, lançando mão a elementos históricos de grande alcance simbólico. E redige o capítulo final em que, após a refeição na praia, realça o “papel” de Pedro como pastor que segue o Bom Pastor, a missão que é confiada a todos os discípulos a ser sempre realizada. E hoje com coragem redobrada.
O Papa Francisco ao dirigir-se especialmente aos Jovens, após o Sínodo que lhes foi dedicado, afirma: “É verdade que nós, membros da Igreja, não devemos ser ‘bichos estranhos’. Todos se devem sentir como irmãos e próximos, como os apóstolos, que ‘tinham a simpatia de todo o povo’. Ao mesmo tempo, porém, devemos atrever-nos a ser diferentes, a mostrar outros sonhos que este mundo não oferece, a dar testemunho da beleza, da generosidade, do serviço, da pureza, da fortaleza, do perdão, da fidelidade à própria vocação, da oração, da luta pela justiça e pelo bem comum, do amor aos pobres e da amizade social” (Cristo Vive, n. 36).
O relato de João, hoje meditado 21, 1-19, centra-se na refeição da praia, que segue de perto a narração do “pic-nic”, após a multiplicação dos pães e dos peixes. (Mt 15, 29-39). Vamos deter-nos em alguns pontos significativos.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Praias da Barra e Costa Nova continuam com Bandeira Azul




A Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) voltou a galardoar as praias da Barra e da Costa Nova, no Município de Ílhavo, com a Bandeira Azul, numa cerimónia realizada em 30 de abril, em Lisboa.
Esta distinção é atribuída anualmente, desde 1987, por um júri internacional da Fundação para a Educação Ambiental (FEE) a praias (marítimas e fluviais) e marinas que cumpram um conjunto de requisitos de qualidade ambiental, segurança, bem-estar, infraestruturas de apoio, informação aos utentes e sensibilização ambiental.
 
Fonte: Texto da CMI

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Igreja Católica distingue o historiador José Mattoso

Prémio Árvore da Vida 
- Padre Manuel Antunes para um grande historiador

José Mattoso (foto de Clara Azevedo)

«O historiador José Mattoso foi distinguido com o Prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes 2019, atribuído pela Igreja católica, através do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, para destacar um percurso ou obra que, além de atingirem elevado nível de conhecimento ou criatividade estética, refletem o humanismo e a experiência cristã. O alto valor científico da sua investigação historiográfica, o pensamento sobre a identidade nacional portuguesa e a trajetória espiritual foram algumas das virtudes relevadas pelo júri, que decidiu, por unanimidade, atribuir pela primeira vez a um historiador o prémio, que este ano chega à 15.ª edição.»

Ler mais aqui 

NOTA: A vida e a obra do medievalista  José Mattoso sempre suscitaram o meu interesse  e a minha admiração. Tive o prazer de o ouvir, ao vivo, e de perceber a sua sensibilidade e humildade comoventes. Por isso, o meu aplauso pelo prémio,  que só pecou por tardio.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Dia Internacional do Jazz e o apelo à criatividade


O Dia Internacional do Jazz celebra-se a 30 de abril de cada ano. Foi criado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e anunciado pelo pianista Herbie Hancock.
Em 2012 comemorou-se pela primeira vez e ao longo destes anos mantêm-se os objetivos que consistem em lembrar a importância deste género musical e do seu contributo para a promoção de diferentes culturas e povos ao longo da história, sendo certo que o Jazz está associado à luta pela libertação e abolição da escravatura, como é sabido e li no Google.
Também é importante dizer que o Jazz é um estilo musical que apela à criatividade e à improvisação, facetas que entusiasmam os ouvintes, tanto mais que cada artista nunca se repete nas suas interpretações. 
Já agora, é justo referir que a Gafanha da Nazaré tem uma renomada artista de Jazz, a nossa Jacinta Bola, professora universitária no Brasil, a cujo lançamento do seu mais recente disco tivemos a feliz oportunidade de assistir.

“Os Últimos Terranovas Portugueses” – Um trabalho para ler e consultar

O mais recente livro de Senos da Fonseca 



Na segunda-feira da Páscoa, feriado municipal em Ílhavo, para além dos festejos próprios do dia, com condecorações e exposição “Ílhavo, Terra Milenar: do Paleolítico à atualidade, herança arqueológica”, patente na Casa da Cultura, houve também no Museu Municipal o lançamento do mais recente trabalho de Senos da Fonseca, “Os Últimos Terranovas Portugueses”, uma obra para ser lida, refletida e consultada, neste caso por todos os amantes das nossas terras, nomeadamente o povo que sente nas veias o som das ondas e os académicos voltados para a investigação da saga dos ílhavos na costa marítima portuguesa ou nos mares do fim do mundo.
“Os Últimos Terranovas Portugueses” apresenta-se numa edição cuidada, capa cartonada, e as suas 581 páginas integram um espólio fotográfico a cores e preto e branco trabalhado por mão de mestre, que enriquece sobremaneira o texto do autor, fruto de exaustiva investigação, por terras de perto e de longe, nem sempre navegadas por historiadores mais voltados para coleções das bibliotecas.
Senos da Fonseca disse que começou esta investigação  há 20 anos e nos seus planos «este livro seria o único que pensava escrever; e já escrevi 18». «Eu sou um eterno perguntador: quem eram estas gentes que integraram a Faina Maior?», questionou. Frisou depois a importância das razões que obrigaram os ílhavos a navegar litoral fora três séculos e, pé ante pé, foi à procura dessa gente, de norte a sul do país, tendo concluído que «somos um povo que não tem uma história em livro».
Salienta Senos a Fonseca, em "Breve emposta…", que, ao longo da investigação, percorreu «dez séculos do historial dessa grande saga que dá pelo nome de Faina Maior». E refere que o seu trabalho nos oferece fotografias, «muitas delas inéditas, que retratam diversos e interessantes aspectos da vida a bordo», tratadas com saber e arte por Rui Bela, que «reviu, formatou, alinhou, selecionou e tratou as imagens», enquanto concebeu todo o trabalho gráfico.
Para além dos agradecimentos dirigidos a quem o informou, esclareceu e lhe indicou pistas, o autor frisa que da leitura desta obra os leitores perceberão as razões por que este livro «só poderia ter a sua primeira edição em Ílhavo. A Câmara Municipal, assim o compreendeu, e desde a primeira hora desejou dar o seu apoio.»
Fernando Caçoilo, presidente da Câmara de Ílhavo, enalteceu o trabalho do autor, que ilustrou, com verdades indiscutíveis, «vivências familiares associadas à vida de pescador, nomeadamente «as mulheres viúvas de homens vivos», verdadeiros pilares do equilíbrio familiar que garantiam o sustento do agregado, na ausência dos homens».
Para abrir o apetite, que seria fastidioso tecer algumas considerações, por mais breves que fossem, sobre cada capítulo, deixamos apenas, em jeito de desafio para a leitura ou consulta mais serena e demorada, os títulos gerais e capítulos: Abertura, À Laia de Explicação, Capítulo I - Seculo X ao Século XX; Capítulo II – Segunda Investida aos Mares da Tera Nova; Capítulo III – O Dóri; Capítulo IV – Recrutamento, Higiene, Assistência e Segurança; Capítulo V – O Arrasto; Capítulo VI – História Trágico-Marítima. E ainda Glossário, Bibliografia Geral, Nota Biográfica e Créditos.
Do muito que já lemos, podemos afiançar que a releitura, olhando fotos que não cansam, será, garantidamente, um propósito que nunca poderemos pôr de lado.

Fernando Martins

segunda-feira, 29 de abril de 2019

O Ilhavense venceu a borrasca

O perigo de morte do mais antigo jornal do concelho de Ílhavo — O ILHAVENSE — suscitou entre a população local, concelhia e emigrantes espalhados pelo mundo, entre outros que laboram os se fixaram noutras paragens do nosso país, uma onda de tristeza. E tantos se manifestaram contra essa eventual ou quase garantida perda, que tanto bastou para uns briosos ilhavenses, fazendo das tripas coração, apostarem na continuidade daquele quase centenário  jornal. Parabéns aos que manifestaram a sua solidariedade e aos que agarraram com unhas e dentes a ousadia de continuar com O ILHAVENSE.
Permitam-me uma palavra amiga e solidária ao meu querido amigo Torrão Sacramento que tanto fez por Ílhavo e suas gentes, remando vezes sem conta contra a maré. Espero que a sua colaboração, agora sem dores de cabeça, possa continuar.
A nova administração precisa do nosso aplauso pela sua determinação,  e à nova diretora, Maria José Santana, jornalista que muito aprecio e felicito, formulo votos de que possa levar a bom porto a barca, cujo leme já tens em mãos.

Fernando Martins

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