domingo, 29 de julho de 2018

Festa em honra de Nossa Senhora do Pranto

Associação de Amigos da Nossa Senhora do Pranto, 
Cimo de Vila - Ílhavo, 
trabalha na defesa da história e da festa da padroeira! 






A Associação de Amigos da Nossa Senhora do Pranto foi fundada em Março de 2016 e é uma instituição exclusivamente constituída por particulares, com o único objectivo de manter e divulgar as tradições e a história das festividades em torno da Nossa Senhora do Pranto, cuja Capela se situa em Cimo de Vila, existindo desde o séc. XVII, segundo os historiadores. 
O actual elenco directivo foi eleito este ano, devido à demissão da anterior direcção. Desde essa altura, tem desenvolvido várias iniciativas de índole popular, como a noite de fados, que teve casa cheia, o festival da sardinha que, durante dois dias, teve a presença de muitas centenas de pessoas, e, ainda, a edição de Pagelas — "Gentes da nossa Terra" — que já vai na 13.ª publicação. 
Recentemente, foram mandados reparar, numa fábrica, em Braga, os dois sinos da capela, os quais não estavam em condições de segurança, devido à madeira e às ferragens que necessitavam de serem substituídas. Curiosamente, e após limpeza dos mesmos, estão agora visíveis as datas de 1866 da fundição de Cantanhede de Joaquim Dias Sorrilha de Campos e de 1939 da Fundição Sinos Nova Lusitânia de Ermesinde.
Outra iniciativa a decorrer é a recuperação do Arco Alegórico, peça centenária e que representa o principal ícone das gentes de Cimo de Vila e da festa de 15 de Agosto para a qual elementos da direcção e muitos residentes em Ílhavo já se encontram a trabalhar.

V Mini Maratona Museu Marítimo de Ílhavo



A V Mini Maratona Museu Marítimo de Ílhavo realiza-se no dia 11 de agosto, voltando a ligar o Museu Marítimo de Ílhavo ao Navio Museu Santo André. Inserida no programa do Festival do Bacalhau, a prova decorre à noite, num percurso de aproximadamente 10 quilómetros. Esta iniciativa cumpre objetivos sociais, revertido a sua receita a favor de uma instituição de solidariedade social do Município.

Fonte: MMI

Uma religião inteligente


"Os escritos bíblicos são testemunhos de homens e mulheres de Deus, que viveram uma experiência e a exprimem. A sua experiência vem do Espírito e, neste sentido, pode dizer-se, com razão, que a Bíblia é inspirada, mas, ao mesmo tempo, é preciso não esquecer a mediação humana, histórica, contingente. Nunca existe encontro directo de Deus, só a sós, com o homem. Efectua-se sempre através de mediações. São os seres humanos que falam de Deus. Não aceitar mediações históricas é cair, necessariamente, no fundamentalismo"

1. Para António Damásio, “não temos qualquer relato científico satisfatório quanto à origem e ao significado do Universo, ou seja, não temos uma teoria de tudo que nos diga respeito. Serve isto para recordar que os nossos esforços são modestos e hesitantes, e que devemos estar abertos e atentos quando decidimos abordar o desconhecido” [1].
Em certas formas de espiritualidade e de teologia, a modéstia não é a regra. Na orientação espiritual, não falta quem se julgue conhecedor da vontade de Deus e com capacidade de a discernir para si e para os outros. Implorar o Espírito Santo para acolher a sua luz é uma condição essencial para estarmos prontos a dar razão da nossa esperança, como recomenda S. Pedro [2]. Sem esse cuidado, seremos cegos guias de cegos. Pedir conselho é próprio de quem reconhece os seus limites. Daí a convencer-se que podemos coincidir, nas nossas opiniões, com a vontade de Deus, é presunção a mais.
Em teologia, sempre me agradou a extrema modéstia de Tomás de Aquino. Foi discípulo de Alberto Magno, assim chamado pelo seu saber enciclopédico e pela sua curiosidade insaciável. Tomás tinha uma consciência pedagógica mais apurada. Notava que os mais novos tinham dificuldade em seguir a multiplicidade de questões no campo científico, filosófico e teológico. Comentou Aristóteles e muitos livros da Bíblia, participou em muitas questões disputadas e não receava ser exposto à curiosidade dos estudantes acerca dos temas mais variados. Resolveu elaborar um imenso guião para principiantes. Acabou por ser muito apreciado pelos investigadores. Trata-se da Suma de Teologia.
Modesta era a sua própria ideia de teologia. Depois de expor o seu projecto, as suas exigências, o seu método e de estabelecer os argumentos humanos que apoiam a fé na existência de Deus, ao dizer vamos tentar saber como Deus é, suspende esse atrevimento: vamos saber como Deus não é [3]. A sua teologia é, sobretudo, uma anti-idolatria. Não atribuir a Deus e à sua vontade o que são construções nossas.

sábado, 28 de julho de 2018

BI do cristão

Anselmo Borges

«"Será com os descartados desta humanidade vulnerável que, no fim dos tempos, Deus plasmará a sua última obra de arte." "Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, estava nu e vestistes-me, estive na prisão e fostes ter comigo. Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos foi a mim que o fizestes."»

O que é que verdadeiramente queremos? A realização plena de todas as dimensões do ser humano, a plenitude, a felicidade. O Papa Francisco sabe disso e escreveu a exortação Alegrai-vos e Exultai, para indicar o caminho dessa realização, na convicção de que Deus, "aquele que pede tudo, também dá tudo, e não quer entrar em nós para mutilar ou enfraquecer, mas para levar à perfeição". Sempre sob o desígnio da alegria. Francisco lembra o livro da Bíblia, Ben Sirá: "Meu filho, se tens com quê, trata-te bem. Não te prives da felicidade presente" e também São Francisco de Assis, "capaz de se comover de gratidão perante um pedaço de pão duro ou de louvar, feliz, a Deus, só pela brisa que acariciava o seu rosto". Não se trata, portanto, da "alegria consumista e individualista. Com efeito, o consumismo só atravanca o coração; pode proporcionar prazeres ocasionais e passageiros, mas não alegria". A verdadeira alegria é aquela que "se vive em comunhão, que se partilha e comunica", porque, segundo uma palavra de Jesus, "a felicidade está mais em dar do que em receber". Não será por acaso que na cultura de hoje se manifestam alguns riscos e limites, a evitar: "a ansiedade nervosa e violenta que nos dispersa e enfraquece, o negativismo e a tristeza, a acédia cómoda, consumista e egoísta, o individualismo e tantas formas de falsa espiritualidade sem encontro com Deus que reinam no mercado religioso actual". "O consumismo hedonista pode enganar-nos, porque, na obsessão de nos divertirmos, acabamos por estar excessivamente concentrados em nós mesmos, nos nossos direitos e na exacerbação de ter tempo livre para gozar a vida..., acabando por nos transformar em pobres insatisfeitos que tudo querem provar. O próprio consumo de informação superficial e as formas de comunicação rápida e virtual podem ser um factor de estonteamento que ocupa todo o nosso tempo e nos afasta da carne sofredora dos irmãos. No meio deste turbilhão actual, volta a ressoar o Evangelho para nos oferecer uma vida diferente, mais saudável e mais feliz", adoptando cada um o seu caminho e discernindo segundo os tempos e as circunstâncias, sem, por outro lado, ficar sujeito a um zapping constante. Deus é eterna novidade e não se pode cair na sedução da habituação, do "sempre foi assim": a Igreja não é "uma peça de museu nem uma propriedade de poucos".

sexta-feira, 27 de julho de 2018

VOZ SÉNIOR é uma boa notícia

"VOZ SÉNIOR"
Um jornal da Universidade Sénior 
da Gafanha da Nazaré


O jornal “VOZ SÉNIOR”, editado pela Universidade Sénior da Gafanha da Nazaré, iniciou recentemente a sua publicação. Trata-se de um periódico, “sensivelmente semestral, que se orienta "por princípios de rigor situado e de criatividade proativa», lê-se no Estatuto Editorial. Ainda se inscreve num “desígnio de qualidade para gerar atividade de públicos seniores para a causa coletiva da US-GN», pretendendo “estender-se pelas várias vias de comunicação tecnológica, aprendendo de experiências semelhantes”. 
No Editorial, o diretor, César Fernandes, pároco da Gafanha da Nazaré, sublinha que “O mundo está repleto de notícias, e, muitas vezes — no sensacionalismo que reina nas praças mediáticas — têm mais eco as más que as boas notícias”. Diz também que é importante que todos nós, enquanto cidadãos, “sejamos portadores e criadores das melhores notícias», porque “as boas notícias atraem o otimismo que dá esperança e confiança à vida de cada dia”, sendo este “o melhor futuro”. 
O nosso prior lembra que “cada texto é um retrato de experiências partilhadas de vida e sabedoria acumuladas ao longo dos anos”, respeitando o lema seguido na US — Venha Connosco Partilhar Saberes!
Li e reli alguns textos de colaboradores, alunos e docentes, que nos mostram, de forma simples e objetiva, muito do que se faz na US-GN. Além de notícias, o jornal apresenta-se com diversas fotografias ilustrativas de atividades realizadas ao longo do último ano. E a poesia não poderia faltar, ou não houvesse por ali bons poetas, que bem conheço.

Poema, página 14

Sénior- Idade

Não se sente só e triste
Quem da vida não desiste!
E após longa caminhada
Arduamente trilhada
Há uma nova dimensão
Na vida de um cidadão:
A sua apresentação!
‘Inda há sonhos e projetos
E tantas vezes os netos
Preenchem o novo espaço
Como um amistoso abraço.
E a nossa sociedade
Atenta à realidade
Criou a Universidade!
Onde há tempos pr’ó lazer
E também p’ra conviver!
A cada um o que aprouver 
Seja homem ou mulher.
Só é velho quem quiser!

Maria Donzília Almeida 

Gosto das férias e preciso delas como de pão para a boca



Gosto das férias. Quem não gosta? E preciso delas como de pão para a boca. Preciso de arejar o espírito e de refrescar a alma. E preciso de oferecer algum descanso ao corpo. Preciso de fugir do trivial e sonhar com o possível... ou impossível. Não é o sonho que comanda a vida? Vou pensar nisso. 

Adquire um novo olhar

Georgino Rocha

«“Do que sobrou, que nada se perca”, recomenda Jesus, após os comensais se terem saciado. A medida do alimento foi a necessidade. E a recolha é orientação de vida dada pelo Mestre. Há fome em muitas partes. O desperdício não é humano nem cristão. A ética dos bens económicos tem necessariamente implicações práticas. Também aqui o Evangelho é luz para a nossa passagem à outra margem do mar da vida. Faz-te conviva de Jesus. Alcançarás um novo olhar.»


Jesus continua a missão à beira do mar da Galileia. Vinha da outra margem, acompanhado por numerosa multidão. As atitudes que assume denotam o ânimo de cansado peregrino. Sobe ao monte, lugar de repouso e de oração. Com ele vão os discípulos. Senta-se, como bom Mestre a fazer os seus ensinamentos. Levanta o olhar e vê quem vem ao seu encontro: A multidão que persiste em ficar com ele. Parece “esquecer” o que pretendia com o refúgio procurado.
E age imediatamente. É preciso dar de comer àquela gente. O amor compassivo move-o a tomar a iniciativa. Embora saiba o que há-de fazer, quer envolver na busca de solução os discípulos. E assim nos ensina com o seu proceder. As maravilhas de Deus, de que ele é portador/realizador, passam por mãos humanas. Que alegria! Que responsabilidade! Agora, somos nós os “felizardos”.

João, o narrador, apresenta a cena ocorrida com detalhes significativos (Jo 6, 1-15). Indica o local e o tempo, narra o diálogo em busca da melhor solução, mostra a acção dos discípulos, faz-nos ver o proceder de Jesus e o comportamento da multidão que segue prontamente as suas orientações. E deixa, em relevo, a atitude do rapazinho do farnel. É nele que está a reserva do presente e a esperança do futuro: Partilha dos dons e promessa do Pão da vida, a Eucaristia; base de alimentação para os convivas acompanhantes, agora, e símbolo da refeição dos “convidados para a ceia do Senhor”, sempre, como se recorda antes da comunhão na missa. E tudo acontece em ambiente de pic-nic, diríamos em linguagem de hoje!

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