sexta-feira, 4 de maio de 2018

Amar sem condições prévias

Georgino Rocha

A ALEGRIA DO SENHOR É A NOSSA AMIZADE FRATERNA

A despedida última de pessoas amigas está sempre recheada de confidências, desabafos e recomendações. É humano, uma exigência do coração e da experiência de vida em relação. É humano, uma garantia de memória feliz no tempo de ausência e de privação. É humano, um elo de ligação entre quem parte e quem fica. É humano, é comunhão.
Jesus vive integralmente a sua humanidade. O ser quem é, Deus humanado, em nada o priva de desvendar horizontes novos ao homem/mulher, à relação interpessoal, à sexualidade humana, ao respeito e cuidado da criação e das criaturas. E como o rio que se mostra no caudal que corre para o mar e lança braços pela terra, originando enseadas e irrigando campos, Jesus faz-nos remontar à fonte primeira do amor, seiva nutriente da comunhão e de toda a relação humanizada. João, o discípulo amado, guia hoje a nossa reflexão na peregrinação a este manancial divino e a alguns dos seus rostos humanos, salientando atitudes fundamentais. (Jo 15, 9-17).

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Festa da Padroeira da Cidade e Diocese de Aveiro


ÍLHAVO - Concurso de fotografia



Nota: Vivemos na época do digital, onde pontifica a arte fotográfica. Nas redes sociais, há artista por todo o lado, o que torna mais luminosa a vida de muita gente. Muitos terão agora mais uma oportunidade de mostrar aquilo que valem. Este concurso pode contribuir, e muito, para revelar grandes sensibilidades.

Corrupção - uma vergonha

Carlos César



NOTA: O Partido Socialista, pela voz do seu líder parlamentar, Carlos César, assumiu a vergonha que sentem pelas suspeitas de corrupção que recaem sobre alguns dirigentes. Todos sabemos que a corrupção não será exclusivamente obra de políticos daquele partido, mas percebe-se que há corruptos, mentirosos, traidores de ideais em todo o lado. Mas também se sabe que tal prática não é só de agora.
Quando há tempos li "Memórias de Raul Brandão" fiquei estupefacto ao verificar que há 100 anos já era assim, com políticos sem vergonha a roubarem o povo indefeso. Em 100 anos, em plena democracia, não se aprendeu nada. E não há leis que escorracem esta gente da esfera dos que nos governam... ou desgovernam.

Nota: Refiro-me aos políticos, embora se saiba que a corrupção não mora só nessa classe sociais, que tem, garantidamente, gente muito séria. 

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Festival de Sopas



Gosto de festivais. Naturalmente, porque geram convívios e estabelecem amizades. Também, porque há sempre muito a aprender. Neste caso, não faltarão, julgo eu, sopas para todos os gostos. Bom apetite para todos.

João Gaspar evoca muralhas de Aveiro

TORRE EVOCATIVA DA MURALHA DE AVEIRO

Aveiro – Zona muralhada (desenho de 1696)

João Gaspar

«Na verdade, agrada-me deveras o projeto idealizado e desenhado com maestria pelo conceituado arquiteto Álvaro Siza Vieira, para recordar a muralha. Todavia, discordo do local apontado pela Autarquia para a colocação da torre memorativa; justifico o meu pensamento.»

A partir de 1418, a fisionomia do nosso antigo burgo de Aveiro começou a mudar, porque o infante D. Pedro, filho de el-rei D. João I e senhor de Aveiro, tomou a iniciativa de mandar cingir a sua parte secular e nobre por uma muralha, além de incentivar a fundação do convento dos padres dominicanos; por outro lado, a estadia em Aveiro da sua neta, a princesa D. Joana, a partir de 1472, também foi importantíssima. A muralha, embora de construção simples, era dotada das seguintes portas: - a da Vila (da Cidade, depois de 1759), a do Sol, a do Campo, a do Cojo, a da Ribeira, a do Cais (ou do Norte), a do Albói, a de Rabães e a de Vagos. Com o andar dos tempos, apesar de vários reparos durante a primeira metade do século XVIII, a muralha foi-se arruinando sucessivamente, pelo abandono a que foi votada e pela frágil solidez dos seus alicerces. 

terça-feira, 1 de maio de 2018

Hoje saí do trilho habitual




Hoje saí do trilho habitual que liga Aveiro à Gafanha da Nazaré. Quis repescar da memória a paisagem das salinas que semeavam, na altura própria, os cónicos montes de sal que emprestavam aos cartazes turísticos um desafio a quem nos visitasse. Aveiro e região lagunar tinham, realmente, uma paisagem única, com as salinas a servirem de janelas do céu. 
Não vi essa paisagem, mas a minha imaginação fez-me o favor de avivar a minha memória, levando-me lá para trás, quando de bicicleta ou motorizada circulava por estradas já quase ignoradas. Porém, ainda vi restos de palheiros e o azul vibrante da toalha de água que é de todos os tempos.