quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Mensagem de Natal do Bispo de Aveiro













No “sim” de Maria, o Verbo fez-se carne e habitou entre nós. Ele é verdadeiramente o Emanuel, o Deus connosco. «Sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos», diz-nos Ele (cf. Mt 28,20). Em ocasiões de crise do povo de Israel (Is 7,14), Ele já tinha sido anunciado como o Deus que nunca abandona o seu povo, apesar das suas infidelidades.

Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, veio anunciar o Reino de Deus. Toda a sua vida e toda a sua obra são a realização deste novo tempo, a que todos estamos chamados a construir. É Jesus, o menino do presépio, o homem da cruz e o Cristo ressuscitado, quem entrega livremente a sua vida; e o sangue derramado sela a nova Aliança com o novo e verdadeiro Israel – a sua Igreja. Eis que fica, para sempre, no meio de nós e ao nosso dispor.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Não é lixo, não senhor!


Não... não é lixo. Pode parecer que é, mas não é. ,E simplesmente o reflexo do sol que caiu sobre a laguna aveirense. Ao fundo, num tom acinzentado como que a ameaçar chuva, vê-se a ponte que nos liga às nossas praias da Barra e Costa Nova, Mas o Sol lá descobriu uma nesga para nos saudar com magia. Quando quer, o astro rei fica sempre a ganhar.

Painéis cerâmicos de VIC na igreja matriz

Painel com sacrário

Painel dos Santos Óleos

As igrejas são, muitas vezes, repositórios de artes que nos enchem a alma, enquadrando de forma especial as diversas cerimónias litúrgicas, enriquecendo-as sobremaneira. E a nossa igreja matriz não foge à regra. Neste número do Timoneiro debruçamo-nos apenas sobre a capela do Santíssimo Sacramento e o pórtico dos Santos Óleos, ambos com painéis cerâmicos de um artista aveirense, Vasco Branco, que esteve ligado à Gafanha da Nazaré, tendo sido fundador, proprietário e diretor técnico da Farmácia Branco, na Cale da Vila.
Vasco Branco, que se notabilizou pela sua polivalência artística, em especial como escritor (contista, novelista e romancista), pintor, ceramista e cineasta, assumiu VIC como nome artístico. O nosso povo, decerto, ao olhar para os dois painéis, fixando os olhares em VIC, talvez nem saiba que se trata do Dr. Vasco Branco, que frequentemente ocupava o seu lugar de técnico responsável na farmácia que ostentava o seu apelido.
O nosso conterrâneo Armando Cravo informou-nos há dias que colaborou com o artista VIC, ao fazer «os moldes em papel de cenário, tamanho natural, com todos os cortes e recortes, especialmente o do Sacrário, por terem uma configuração mais complexa». 
Também projetou «os pórticos de granito que emolduram e servem de suporte a tão maravilhosas obras de arte».
Armando Cravo sublinhou ainda que Vasco Branco «era uma pessoa de trato afável, com quem dava gosto trabalhar, e com muita sensibilidade artística».

Fernando Martins

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Bombeiros Voluntários de Ílhavo esperam por nós

Lançamento de uma litografia
de António Neves
17 de dezembro, 15 horas


No próximo sábado, 17 de dezembro, pelas 15h, no Salão Nobre Dr. João Resende, os Bombeiros Voluntários de Ílhavo vão fazer a apresentação de uma Litografia da autoria do artista António Neves, que estará presente para as autografar.
Será possivelmente uma boa prenda de Natal e, desta forma, quem a comprar estará a ajudar os nossos Bombeiros.

Natal 2016: Somos portadores da alegria

Crónica de Maria Donzília Almeida 



Com a entrada de dezembro, começa a sentir-se o ar impregnado do cheirinho a Natal. Os primeiros sinais bem visíveis e apelativos começam nos mass media, com particular incidência na caixinha mágica que entra em casa e nos seduz. Aí, a publicidade de tão insistente começa a impor-se de forma subliminar, chegando a ser agressiva. Os perfumes, por exemplo, que têm um alvo específico, ocupando largo tempo de antena, metem-se pelos olhos dentro a quem quer impressionar pelo olfato. 
Sendo o 67.º Natal que eu vivencio, se Deus quiser e me der saúde, como dizia a minha mãe, é com algum distanciamento que assisto a este materialismo. 
Recordo, com saudade, os natais da minha infância, que tinham a magia e a candura da idade da inocência. Com os parcos recursos das famílias, a mesa de Natal era pobrezinha, mas à volta dela reunia-se a família, que na altura ainda era uma instituição de peso. 
Pai e mãe presidiam à celebração e os filhos, sem as pretensões das crianças de hoje, aguardavam a chegada do Menino Jesus. No imaginário pueril, aquela criaturinha diáfana era o centro das atenções, pois lhes trazia as prendinhas tão ansiosamente esperadas. 
Os pais, que viam no Menino Jesus a personificação do filho de Deus que nascera nas palhinhas, também lhe confiavam a sua saúde, o que lhes permitia serem os intermediários entre Deus e os filhos. O Menino Jesus era uma criação romântica que reluzia e inspirava numa sociedade pouco industrializada, quase rural. 
Hoje, com a laicização da sociedade, esbateu-se essa criação e apareceu a figura bizarra do pai natal, empoleirado nos telhados a fazer uma escalada interminável. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

No Farol, a noite estava a chegar


Foi à tardinha. A noite vinha a caminho. Apressada. E o nosso Farol, o mais alto de Portugal, estava atento. O foco rotativo dava sinais de que estava próxima a dança intermitente da sua luz anunciadora de que é preciso cuidado, A costa pode ser fatal para quem navega sem radar afinado. Há muitas histórias de tristes destinos. Todo o cuidado é pouco. E então imaginei-me lá no cimo, olhando à volta, mas tanto degrau para subir já não me permite tais  devaneios. Pode ser que um dia o elevador me leve ao cocuruto do Farol da Barra de Aveiro. Há tantos anos que não vivo essa experiência!

domingo, 11 de dezembro de 2016

A restaurada Diocese de Aveiro faz hoje 78 anos

 Os Bispos da Restaurada Diocese de Aveiro

D. João Evangelista 

D. Domingos da Apresentação 

D. Manuel de Almeida Trindade

D. António Marcelino

D. António Francisco
D. António Moiteiro 
A Diocese de Aveiro foi criada pelo papa Clemente XIV a 12-04-1774, a pedido do monarca D. José I, abrangendo uma área destacada do território da Diocese de Coimbra; em 24-03-1775 deu-se execução ao documento pontifício. A catedral foi instalada na igreja da Misericórdia e, mais tarde, em 1830, na igreja que fora do extinto Recolhimento de S. Bernardino. Posteriormente, foi extinta pelo papa Leão XIII em 30-09-1881, executada em 04-09-1882. 
Pela bula Omnium Ecclesiarum, de 24-08-1938, o papa Pio XI restaurou-a, dando-lhe novos limites, com oitenta e duas freguesias de dez concelhos, desmembrados das Dioceses de Coimbra (Águeda, Anadia, Aveiro, Ílhavo, Oliveira do Bairro e Vagos), do Porto (Albergaria-a-Velha, Estarreja e Murtosa) e de Viseu (Sever do Vouga); foi então elevada a catedral a secular igreja do extinto Convento de S. Domingos e matriz da Paróquia de Nossa Senhora da Glória. A sentença executória da restauração deu-se em 11-12-1938.
Curiosamente, eu, Manuel Fernando da Rocha Martins, que nasci em 24 de novembro de 1938, Diocese de Coimbra, fui batizado no dia 25 de dezembro do mesmo ano, já na Diocese de Aveiro.
Nesta data comemorativa dos 78 anos, a Diocese de Aveiro merece os meus e nossos parabéns, na pessoa do seu Bispo atual, D. António Moiteiro.
Permitam-me que recorde os Bispos da restaurada Diocese de Aveiro, que tive o privilégio de conhecer. Falei com todos, exceto com D. João Evangelista. Mas participei no seu funeral, que foi grandiosos, na minha ótica.
Ao evocá-los, a minha memória diz-me que todos foram importantíssimos para a Igreja Aveirense, cada um a seu modo: D. João, bispo prático, sereno e poeta em muito do que dizia e escrevia. Levou a cabo o Primeiro Sínodo Dicesano, o sínodo da unidade. As paróquias vieram de três dioceses;  D. Domingos, o bispo do fervor pastoral. Queria chegar a tudo e a todos quanto antes; D. Manuel, um homem bom, sensível, e um bispo de grande cultura teológica e do concílio Vaticano II; D. António Marcelino, com todo o seu entusiasmo, criou estruturas pastorais abertas ao futuro, nomeadamente, o Congresso dos Leigos e o Sínodo Diocesano para enfrentar os desafios de tempos novos; D. António Francisco, um bispo próximo que nos abriu portas de bondade, de atenção aos outros e de grande dinamismo no diálogo constante com que soube sensibilizar-nos para a ação; D. António Moiteiro, o bispo dos nossos dias e para nós, atento ao que importa fazer e ao que o cerca, sem descurar a atenção aos mais sofredores. 

Fernando Martins 

Fonte: Diocese de Aveiro

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