sábado, 3 de setembro de 2016

Um Papa sem férias e com oposição

Crónica de Anselmo Borges no DN

Desde que foi eleito, Francisco não fez férias. Não será por isso que o conhecido colunista do The New York Times David Brooks escreveu que "provavelmente precisamos de alguém do estilo do Papa Francisco na política". O que se passa é que Francisco sabe que tem uma missão urgente para a Igreja e para o mundo e realiza-a com convicção, humildade e inteligência, tendo-se tornado, de facto, um líder moral planetário.
No tempo que poderia ser de férias, esteve na Polónia, para a celebração da Jornada Mundial da Juventude, com a presença de quase dois milhões de jovens, a quem deixou uma mensagem de despedida, pedindo-lhes "memória, coragem e semear para o futuro". E aquela sua peregrinação solitária e silenciosa em Auschwitz foi um grito para toda a humanidade: "Ali, compreendi mais do que nunca o valor da memória, como advertência e responsabilidade para hoje e amanhã, para que a semente do ódio não cresça na história."

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Relvado sintético do NEGE será inaugurado amanhã

 
 
A Câmara Municipal de Ílhavo vai inaugurar o relvado sintético do Parque Desportivo do NEGE (Novo Estrela da Gafanha da Encarnação) no próximo dia 3 de setembro [amanhã], sábado.
Este será o terceiro relvado sintético inaugurado pela CMI no Município, constituindo mais uma aposta no desporto e na ocupação dos tempos livres, de forma saudável e equilibrada.
Além disso, esta obra visa apoiar o trabalho e dedicação das associações, em prol da formação de todos, especialmente dos mais jovens.
A aplicação do relvado sintético, obra adjudicada à empresa Canas – Engenharia e Construções, SA, teve um custo total de 214.000 € + IVA.

Programa de inauguração:

16h00: jogo entre antigos jogadores do NEGE
17h00: jogo das camadas jovens da equipa de futebol da Gafanha da Encarnação
18h30: Cerimónia de inauguração, com a participação da Banda Filarmónica Gafanhense
 
Fonte: Texto e  foto da CMI

Efeméride: Garraiada Sensacional

1917 – 2 de setembro

Praça de touros em Aveiro

«No tauródromo do Rossio, construído em Abril de 1916, realizou-se uma garraiada sensacional (Almanaque Desportivo do Distrito de Aveiro, 1950, pg. 148) – J.»

Anotações:

«Uma fotografia antiga mostra uma praça de touros, de pedra e cal construída no Rossio, com a data registada de 1874. Em notícia inserida mais adiante, refere-se que uma praça de touros, mandada construir por Domingos João dos Reis e inaugurada em 21 de Julho de 1907, foi desmontada em 8 de Setembro de 1908 e vendida em hasta pública. Daqui se conclui que, ou há alguma imprecisão nos elementos registados ou, então, terão existido três praças de touros distintas no Largo do Rossio. Mas estas não são as únicas referidas no Calendário Histórico de Aveiro. Existem várias referências tauromáquicas. Por exemplo, consultando-se os registos referentes ao dia 11 de Setembro de 1910, encontra-se uma notícia relativa a «uma garraiada promovida pela Companhia de Salvação Pública Guilherme Gomes Fernandes» por ocasião da inauguração de uma nova praça de touros, «erguida no Chão da Palmeira, em Santo António, que teve duração efémera». Daqui parece poder inferir-se que houve uma certa tradição tauromáquica na cidade de Aveiro.
Relativamente ao rigor da data registada na fotografia da praça de touros, não há a menor dúvida, tanto mais que em 16 de Setembro de 1875 há uma notícia da realização da «primeira das duas corridas de touros levadas a efeito, por curiosos, em benefício do Asilo de José Estêvão», na praça de touros do Rossio, sendo a outra no dia seguinte. – HJCO.»

"Calendário Histórico de Aveiro” 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

Nota pessoal: Registe-se a curiosidade do gosto pela tauromaquia em Aveiro, terra que nada tem a ver com gado bravo. Na memória da minha meninice ou juventude está o movimento bastante significativo de pessoal que se deslocou para a Praia da Barra, de carro e bicicleta, mas também a pé, por mor de uma tourada que lá se realizou em arena montada para o efeito. Quem há por aí com a história dessa tourada ou garraiada? Contudo, há registo de uma garraiada, na Barra, em 1921. FM

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Festa de Nossa Senhora da Nazaré

Estátua do Prior Sardo 
No último fim de semana, a nossa paróquia, com a preciosa ajuda de uma comissão organizada para o efeito, levou a cabo a festa em honra da Nossa Padroeira. Tanto quanto sei, tudo decorreu dentro da normalidade, com foguetes, música, procissão e Eucaristia solene. 
Não faltaram os doces típicos, as quinquilharias, os comes e bebes e a presença indispensável da alegria. As festas são para isso mesmo, ou não precisasse o povo de quem o anime de vez em quando para poder espairecer e esquecer vidas penosas, carregadas de sacrifícios e de tristezas. 
Quem, porém, não tenha por hábito passar pelo Jardim 31 de Agosto, data comemorativa da criação da paróquia, em 1910, por decreto do Bispo de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina, atendendo ao pedido de uma comissão de gafanhões, presidida pelo Padre João Ferreira Sardo, que veio a ser o primeiro pároco da Gafanha da Nazaré, talvez não identificasse a estátua do sacerdote que se torna figura central do Jardim 31 de Agosto. É que, por maldade de algum ou alguns vândalos, as legendas foram roubadas e tardam a ser repostas. E o nosso primeiro prior, se calhar, até estará um pouco triste. 

Conselheiro Bernardino Machado em Aveiro

1893 - 1 de setembro
Bernardino Machado 
«O Conselheiro Dr. Bernardino Machado visitou o Colégio de Santa Joana Princesa, os edifícios da Câmara Municipal e do Quartel de Cavalaria, a piscina-modelo que o ilustre aveirense Dr. Edmundo de Magalhães Machado possuía em Santiago e a Fábrica da Fonte Nova, onde o industrial Carlos da Silva Melo Guimarães lhe lembrou a necessidade da criação de uma Escola Industrial em Aveiro (Marques Gomes, Subsídios para a História de Aveiro, pgs. 246-248) – A.»

"Calendário Histórico de Aveiro"
de António Christo e João Gonçalves Gaspar


Nota: No dia anterior, 31 de agosto,  o Ministro das Obras Públicas, Bernardino Machado, inaugurou o Farol.O aparelho iluminante foi ligado e posto a funcionar em 15 de outubro do mesmo ano.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Viajando pela Rússia

Crónica de viagens de Maria Donzília Almeida

Escadaria do Palácio de Yusopov
Forte de S. Pedro e de S. Paulo
Palácio de Yusopov
Palácio de Yusopov - Salão
Teatro de Yusopov  Palácio se S. Peterburg.
A Rússia, um país que suscita as mais controversas emoções, foi o destino do grupo de viajantes da Vera Cruz, neste ano da Graça de 2016.
Visitar a Rússia é mergulhar nas páginas da sua história, que se abrem perante nós em cada pedra que pisamos, cada palácio que visitamos, cada catedral que admiramos.
É tão vasta a sua história, quanto a dimensão do país, que duplica a área do Brasil. Na sua imensa superfície, uma parte europeia, outra asiática, confina com países como a Coreia do Norte, a China, a Mongólia, o Cazaquistão, o Azerbaijão, a Geórgia, a Ucrânia, a Bielorrússia, a Letónia, a Finlândia e Noruega e ainda o Alasca.
Para compreender a Rússia de hoje, convém conhecer um pouco da sua história que se inicia com os eslavos do leste, um grupo étnico reconhecido na Europa entre os séculos III e VIII. Fundado e dirigido por uma classe nobre de guerreiros vikings e pelos seus descendentes, o Principado de Kiev, o primeiro estado eslavo, surgiu no século IX. Adotou o cristianismo ortodoxo do Império Bizantino em 988, dando início à síntese das culturas bizantina e eslava, acabando por definir a cultura russa.

domingo, 28 de agosto de 2016

Saborear enguias na terra do bacalhau — Li no FUGAS

Texto José Augusto Moreira
com fotos de Hugo Santos

Sala principal do restaurante A Cave, na Gafanha da Encarnação

Há que passar por Ílhavo para se entender a saga heróica da pesca do “fiel amigo” e para o saborear nas suas receitas mais tradicionais. Foi n’ A Cave, na Gafanha da Encarnação, que nos repimpámos com um abafado de bacalhau e umas enguias de caldeirada. Duas tachadas de truz!
Sendo o bacalhau uma paixão nacional, bem se pode dizer que Ílhavo há-de ter um cantinho especial no coração dos portugueses. Mas sobretudo no palato, já que foi a partir daí que se formou o grosso da frota bacalhoeira e continua a ser com base no seu porto bacalhoeiro que o país se alimenta do “fiel amigo”. Do verdadeiro, o gadus morhua. Aquele que vem das águas frias do Atlântico Norte, que amarelece com a cura, que lasca quando chega ao prato e é apaixonadamente apreciado.
Há que passar por Ílhavo para se entender a saga heróica da pesca à linha do bacalhau. Tem o Museu Marítimo, moderno e exemplar, onde a toda a história está muito bem documentada e exposta, e que inclui até, desde há três anos, um aquário de bacalhaus; Tem também, atracado no porto, o arrastão Santo André, para mostrar como era dura a vida daqueles que fizeram a história da “faina maior”; e tem até um festival dedicado ao bacalhau onde este é saboreado nas múltiplas tasquinhas segundo as receitas mais típicas e tradicionais, e que todos os anos atrai centenas de milhar de visitantes, tal como mais uma vez aconteceu no final da semana passada.
Ler tudo aqui
NOTA: Fico sempre satisfeito quando leio na comunicação social referências à nossa terra. E se essas referências são de aplauso, mais satisfeito fico. Quando posso, partilho o que vou sabendo.

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