sábado, 14 de maio de 2016

O ESPÍRITO SANTO QUE JESUS NOS ENVIA

Reflexão de Georgino Rocha


Jesus cumpre a promessa feita aos discípulos no discurso da despedida. Havia-lhes garantido que não ficariam órfãos, que lhes enviaria o Advogado defensor, o Espírito Santo. Enuncia a sua principal missão: fazer memória do sucedido, guiar para verdade plena, ser garante da paz e do mútuo entendimento, mostrar o pecado do mundo, acompanhar e animar os discípulos na realização fiel do “ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho”, perdoai os pecados, sede minhas testemunhas.
João, o narrador do episódio, coloca a realização desta promessa no próprio dia da ressurreição, o primeiro da semana. Lucas prefere fazê-la coincidir com o pentecostes judaico, a festa das primeiras colheitas que atraia ao templo de Jerusalém os peregrinos da diáspora que falavam as línguas das culturas onde residiam. Tanto um como outro, recorrem a imagens muito expressivas que conservam toda a actualidade. Destacam-se algumas pelo seu alcance simbólico.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Eugénio Fonseca distinguido pela Segurança Social

Presidente da Cáritas distinguido 
com Medalha de Honra da Segurança Social


O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, foi reconhecido pelo Governo com a Medalha de Honra da Segurança Social, pela sua dedicação ao serviço público e o trabalho desenvolvido no âmbito do sistema de segurança social.
Num discurso enviado hoje à Agência ECCLESIA, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social  disse que a Medalha de Honra da Segurança Social distinguiu  a “excecional competência e dedicação” de Eugénio Fonseca, bem como “o seu empenho na luta pela justiça social”.
António Vieira da Silva enalteceu ainda uma figura que “dedicou toda a sua vida às causas da solidariedade, do desenvolvimento e da inclusão social”.
Para Eugénio Fonseca, é tempo de “o Estado central e autárquico, as organizações da sociedade civil, bem como o voluntariado social” se “unirem a favor da erradicação da pobreza e da exclusão social”, tendo como base a “cooperação”.

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Envelhecimento ativo

No 25.º aniversário da Inauguração
do Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Nazaré

Inauguração do Lar Nossa Senhora da Nazaré
1. Não é novidade para ninguém que os avanços extraordinários das ciências médicas e outras, associados às campanhas generalizadas e em atualização permanente, relacionadas com a alimentação regrada, com a higiene e estilos de vida saudáveis, muito têm contribuído para o aumento significativo da esperança de vida. No último século, o crescimento foi notório e isso foi muito bom, rondando presentemente os 80 anos, para homens e mulheres. Entre nós, tanto quanto se sabe, tendo em conta a implementação do chamado Estado Social, com o Serviço Nacional de Saúde e a Segurança Social, cresce exponencialmente e bem o número de aposentados e reformados, muito embora, e como é sabido, a grande maioria esteja a receber pensões insuficientes para uma vida digna.
Pelas notícias vindas a lume, e sem querer entrar em seara alheia, que esse campo está entregue a académicos e demais estudiosos do tema, temos de convir que há cada vez mais idosos com baixíssimas fontes de rendimento e menos jovens e adultos no mundo do trabalho, de onde vêm as receitas para a sustentabilidade do Estado Social. Isso significa que, para os idosos, apesar da esperança de vida continuar em crescendo, a qualidade de vida não está nem estará tão cedo garantida, como se confirma, de forma insofismável, pela realidade.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Santa Joana Princesa: Padroeira da cidade e diocese de Aveiro


«Cerca das duas horas da madrugada, faleceu no Mosteiro de Jesus a «excelente Infanta e singular Princesa» Santa Joana, cuja morte causou a maior consternação. A notícia propagou-se tão rapidamente que, momentos depois, a igreja de Jesus estava apinhada de fiéis (Memorial, pg. 168) – A.»
"Calendário Histórico de Aveiro" 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

Aveiro, cidade, está hoje em festa, em homenagem a Santa Joana, falecida a 12 de maio de 1490, com fama de santidade. Adotada como padroeira da Diocese, a Beata Joana de Portugal foi canonizada há muito pelo povo da cidade e da Igreja Aveirense. A canonização oficial, por decreto do Papa, há de chegar. O nosso Bispo, D. António Moiteiro, prometeu que vai apostar em reabrir o processo de canonização. De qualquer modo, para nós, a Princesa Joana, que deixou Lisboa para se entregar a Deus na então vila pouco conhecida de Aveiro, já é nossa protetora. 
É famosa a procissão de Santa Joana animada e dignificada pela Irmandade que tem o seu nome. O rigor do traje e porte dos irmãos e demais membros, de ambos os sexos, de todas as idades, é  por demais conhecido no país. E o culto à nossa padroeira é manifesto em vários recantos de Portugal.
Morreu com fama de santidade pelos méritos de entrega a Deus, mas também pela forma corajosa como defendeu o povo de Aveiro. E não é por acaso que o seu túmulo, artisticamente trabalhado, é visitado por turistas de vários quadrantes, no Museu de Aveiro, mais conhecido por Museu de Santa Joana. 
Há variada literatura sobre a nossa padroeira e desde há décadas que a sua santidade é apresentada ao povo, sem esquecer as crianças. Até um livro do Ensino Primário, 3.ª classe, lhe dedica uma página com a conhecia história de que, à passagem do féretro, as árvores de despiram de flores e folhas em homenagem à princesa Joana que partira, neste dia, do ano de 1490, para a ternura maternal de Deus. 

Fernando Martins

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Em repouso absoluto


Os barcos também precisam de repousar. Regularmente, quando os pescadores deixam tudo para dormir ou quando o tempo não permite a saída para a pesca. Mas este barco do mar, usado na arte da xávega, está mesmo em maré de descanso absoluto. Passei por ele e certifiquei-me de que era mesmo isso. Degradado pelas batidas do mar? Talvez. E por ali ficou como velho desanimado simplesmente à espera da hora da partida final. Será? 
Bom feriado para os amigos aveirenses. Santa Joana merece a devoção de todos. 

O Deus do padre Halík

Crónica de Carlos Fiolhais no PÚBLICO 

Halík busca consequências da sua tese 
para o enevoado futuro da Europa

«O autor de Quero que Tu sejas! busca consequências da sua tese para o enevoado futuro da Europa. Vê a necessidade, na construção do futuro, de um diálogo entre o humanismo cristão e o humanismo secular. É mais do que uma coincidência que o filósofo Luc Ferry, ex-ministro da Educação francês e representante do humanismo secular, tenha vindo a defender a centralidade do amor no que ele chama “espiritualidade laica”. Escreveu em A Revolução do Amor (Temas e Debates, 2011): “É o amor que dá todo o sentido às nossas existências. É ele que nos obriga, nem que seja pelos nossos filhos, a não ceder ao pessimismo, a nos interessarmos, apesar de tudo, pelo futuro...”»

Leiam toda a crónica que vale a pena.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Couto de Esteves não me sai da memória

Casa bem restaurada 
Rua estreita e casario
Pelourinho e serra ao longe
Casas de pedra bem reconstruída
Largo da Igreja em dia de leilão
Interior da Igreja Matriz
Igreja Matriz
Santo Estêvão numa parede de casa particular
Couto de Esteves, no concelho de Sever do Vouga.

Lê-se na Wikipédia que «em 1128 D. Teresa e D. Afonso Henriques, conjuntamente, assinaram o foral que tornou Couto de Esteves vila e sede de concelho, tornando-o couto do mosteiro de Lorvão e concedendo-lhe grande quantidade de privilégios. Era constituído pelas freguesias de Arões, Couto de Esteves, Junqueira, Rocas do Vouga e Ribeiradio. Em 1801 tinha 820 habitantes e era conhecido também como Castelo de Santo Estêvão. O concelho foi extinto em 1836. Resta ainda o vetusto pelourinho e o velho edifício que foi a Câmara. Antiquíssima é também a sua Igreja Matriz. Nos sécs. XVI-XVII foi erigido o solar da Casa da Fonte, no Couto de Baixo, que foi residência da ilustre família Sequeira e Quadros


Depois desta referência, porventura demasiado sucinta, permitam-me que confesse que gosto daquela bonita freguesia, um pouco longe dos meus habituais percursos. Gostar ou não gostar não terá grande forma de se justificar. Gosta-se porque sim...
Há décadas, andei por aquelas bandas ao serviço do Ministério da Educação. Mesmo com curtas estadas, apreciava a rusticidade da terra, o acolhimento que me foi prestado por amigos, a simpatia do povo, a beleza das paisagens, a pureza dos ares.
Voltei há uns dois ou três anos, se não me engano, e encontrei Couto de Esteves de ruas sinuosas, casario de pedra, Igreja Matriz asseada, marcas de um passado antiquíssimo, que remonta à fundação da nacionalidade e mesmo antes. E prometi voltar, mas o tempo foge de mim a passos apressados. 
Um dia destes encontrei na revista "Ilustração" uma foto de pastora que publiquei no ciberespaço. Foi registada por um tal Coutinho, apelido de gente importante daqueles lados. E voltei a recordar caminhos por ali calcorreados e imagens que me não saem da memória. Pode ser que um dia volte a Couto de Esteves.

Fernando Martins