domingo, 10 de abril de 2016

Nossa Senhora de Fátima entre nós

Seis paróquias unidas 
na receção à Mãe de Deus


Ontem, sábado, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima foi venerada pelo povo do Arciprestado de Ílhavo, numa Eucaristia celebrada no Jardim Oudinot, pelas 16 horas, antes da sua partida para o arciprestado da Murtosa. À Eucaristia, presidiu o nosso Bispo, D. António Moiteiro, tendo com ele concelebrado os párocos e demais sacerdotes que trabalham nas seis paróquias: S. Salvador, Gafanhas da Nazaré, Encarnação e Carmo, Costa Nova do Prado e Praia da Barra.
A Imagem Peregrina, que anda a percorrer o nosso país, entrou em terras ilhavenses na sexta-feira, vinda de Vagos. Foi recebida na Vista Alegre, seguindo depois para S. Salvador, terminando a sua estada entre nós com a passagem pelo ferry-boat, com destino à Torreia, Murtosa. Depois, rumará à Diocese do Porto.
Com o tempo bom que se fez sentir, «tempo encomendado para cada um de nós, para podermos celebrar os louvores a Deus e honrar a Sua e nossa Mãe», no dizer de D. António Moiteiro, foi muito agradável sentir o palpitar das nossas gentes, muito devotas de Nossa Senhora de Fátima. Foi aí, no meio do povo, que tivemos a oportunidade de perceber quanto a Mãe de Deus é venerada como protetora de cada um dos seus filhos.

O nosso povo (Foto de Vítor Amorim)
O nosso Bispo, numa oportuna referência ao Evangelho deste domingo (Jo 21, 1-14), sublinhou que «todos somos convidados para a pesca; todos somos chamados a lançar a rede para anunciar o Reino de Deus». E adiantou que «o convite à pesca é feito para toda a humanidade; é feito para que o Evangelho chegue a todos; é feito para que o Ressuscitado nos ponha em comunhão com o Pai e nos dê o seu Espírito». 
Dirigindo-se a Nossa Senhora, suplicou-lhe que nos abençoe e proteja, bem como as nossas famílias e paróquias, em especial aqueles que mais precisam: os doentes, os que sofrem, os desempregados, mas ainda os que fugiram das suas terras por causa da guerra.
Por sua vez, o Arcipreste de Ílhavo, Padre António Cruz, dirigiu palavras de gratidão a todos os que colaboraram nesta receção à Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, aos convidados e autoridades, cuja presença «é para nós motivo de grande alegria». Referiu que «a visita da Mãe foi uma experiência maravilhosa, que nunca mais esqueceremos», frisando que o «Arciprestado de Ílhavo é também terra de Santa Maria».
O Padre Cruz concluiu afirmando que «é hora de gratidão e de compromisso, mas também de despedida», ficando connosco a certeza do amor de Nossa Senhora, «farol e caminho», que nos conduzirá «ao único Porto Seguro — Deus Misericordioso».

Fernando Martins

sábado, 9 de abril de 2016

A Atividade Física




Foi comemorado no dia 6 de abril, o Dia Mundial da Atividade Física. Segundo dados da OMS, a inatividade física é o quarto principal fator de risco de morte no mundo e aproximadamente 3,2 milhões de pessoas morrem a cada ano em consequência disso.
Fazendo jus à efeméride, retomei o exercício físico, depois de uns meses largos de letargia, a que um longo inverno me obrigou. Como privilegio o exercício aeróbico em contacto com a natureza envolvente, fiz uma incursão na minha horta, com a benção do astro-rei. Ele é, aliás, o meu cúmplice nestas deambulações pela mãe natura. Pus de novo, o corpo a mexer, o que não foi pacífico para as articulações e toda a máquina em geral.

Gastronomia: “Prato à Casa Gafanhoa”

Bom apetite


Ingredientes:

1 posta de bacalhau 
4 batatas 
120g de feijão verde 
1 cebola 
2 dentes de alho 
Vinho Branco 
Pimento verde 
Pimento vermelho 
Louro 
Azeite 
Polpa de tomate

Preparação:

Passe a posta de bacalhau previamente demolhada pela farinha, frite em azeite e retire. 
Aproveite a fritura e coloque a cebola às rodelas, o alho picado, os pimentos às tiras, o louro, a polpa de tomate e, por fim, o vinho branco. 
Regue a posta de bacalhau com o molho e leve ao forno a gratinar. Sirva com batata cozida e feijão verde. 
Decore a gosto.

Receita gentilmente cedida pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, Associação participante no Concurso Gastronómico do Festival do Bacalhau 2015.

Fonte: Agenda "Viver em..." da CMI


Laicidade e laicismo

Crónica de Anselmo Borges 

«A laicidade do Estado é essencial 
para garantir a liberdade religiosa de todos»

1 O Papa Francisco, na visita ao Brasil, deixou uma mensagem fundamental sobre a laicidade: "A convivência pacífica entre as diferentes religiões vê-se beneficiada pela laicidade do Estado, que, sem assumir como própria nenhuma posição confessional, respeita e valoriza a presença do factor religioso na sociedade."
A laicidade do Estado, isto é, a sua neutralidade confessional, é essencial para garantir a liberdade religiosa de todos: ter esta ou aquela religião, não ter nenhuma, mudar de religião. Aliás, a laicidade é exigida pela própria religião. Porque confundir religião e política significa ofender a transcendência de Deus, e também porque só homens e mulheres livres podem professar de modo verdadeiramente humano uma religião.
Mas, para compreender o alcance da afirmação de Francisco, impõe-se a necessária distinção entre laicidade e laicismo. Uma distinção que, refere o teólogo José María Castillo, é reconhecida pelo Dicionário de Língua Espanhola da Real Academia Espanhola na sua última edição. O laicismo rejeita toda a influência ou presença religiosa nos indivíduos e nas instituições, públicas ou privadas. A laicidade admite esta influência, mas, atendendo a que há várias confissões religiosas, impede que o Estado aceite como própria uma só confissão e respeita-as a todas por igual. Se aceitasse alguma como própria e oficial, acabaria com a igualdade de todos os cidadãos.
Mas não haverá hoje cada vez mais uma deriva para confundir laicidade e laicismo?

terça-feira, 5 de abril de 2016

Morreu a nossa gatinha Gutti

Uma gata independente e solitária

A Biju deitada e a Gutti em pé
Hoje de manhã não fui abrir a janela do salão nem a porta que dá acesso ao sótão onde viviam as nossas gatinhas. A Biju morreu há precisamente um mês e hoje foi a vez da sua filha Gutti. Ambas de cancro, mal tão odioso que nem as pessoas o querem pronunciar, substituindo-o por “doença que não perdoa”.
A Gutti era uma gatinha filha de pai siamês, extremamente independente e solitária. Tal como todos os gatos, mas de forma mais acentuada. Não era gata de andar por aí, nem de correr a casa toda. Tinha o seu espaço, apenas dando alguma importância à dona, a Lita, que havia acolhido as duas há uns 15 anos, tratando-as como "princesas",  no dizer justo de um dos meus filhos. Foi durante muito tempo saudável, mas a idade, como nas pessoas, não perdoa. Foi operada, cuidadosamente tratada, alimentada com parcimónia, escovada frequentemente e sobretudo acarinhada. 
Na hora da escova, deitava-se tranquilamente numa mesa, no sótão, ao jeito de quem recebe massagens, mostrando o gosto que sentia com as escovadelas. Era meiga quando lhe apetecia e todas as manhãs, quando sentia a porta aberta, descia, senhora do seu nariz, atenta mas sem medo do Totti e da Tita, o cão e a cadela que têm sensivelmente a mesma idade. Postava-se à janela, previamente aberta, deliciando-se com o ar fresco e o sol a aquecê-la. Assim toda a sua vida. Olhava a paisagem e de vez em quando enchia-se de coragem, dava um salto para a figueira e outro para a cobertura do alpendre. E ali ficava indiferente ao mundo agitado dos homens.
Em pequena era um pouco ladina. E um dia, sem se saber como, saiu de casa e perdeu-se. A Lita espalhou um edital, com endereço e número de telefone, por cafés, lojas e esquinas, apelando à descoberta da gatinha. E seguimos para a Figueira da Foz como estava combinado. Dias depois, alguém telefona a informar que tinha encontrado provavelmente a Gutti. O meu filho Pedro foi confirmar se era a nossa gatinha. E era. Pegou nela, agradeceu à senhora e comunicou-nos que a Gutti já estava em casa a recompor-se da aventura. Talvez por isso, nunca mais saiu. E a Lita, nesse mesmo dia, não resistiu e veio visitá-la à Gafanha. Hoje ficou debaixo de uma laranjeira ao lado de outros animais que morreram de velhice na nossa casa. 

F.M.

A nossa gente — Diogo Lourenço



Neste mês de abril, em que se assinala do Dia Mundial do Livro (dia 23) e em que se realiza a Cerimónia da entrega dos prémios do XV Concurso Literário Jovem (dia 22), promovido pela Câmara Municipal de Ílhavo, dedicamos a rubrica “a nossa gente” a Diogo Lourenço, um jovem de 16 anos que começou já a dar os seus passos no mundo da escrita. 
Nascido a 16 de julho de 1999, Diogo Lourenço vive na Gafanha da Nazaré, onde se encontra a frequentar o Curso Profissional de Receção (11.º ano) na Escola Secundária e joga basquetebol há cinco anos no G.D. Gafanha. 
O gosto pela escrita sempre existiu, intensificando-se após um desgosto amoroso. Foi quando viveu esse período “menos bom” da sua vida, que se apercebeu de quão magnífica a escrita podia ser. A vontade de se exprimir de outra forma para além da verbal levou-o a refugiar-se na escrita. Começou a redigir textos pessoais e, mais tarde, após o incentivo de algumas pessoas, decidiu criar o seu blogue, iniciando aquilo que chama de “Viagem de volta à felicidade”. 

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Nossa Senhora de Fátima no Arciprestado de Ílhavo

8 e 9 de abril


A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima vai estar no Arciprestado de Ílhavo nos dias 8 e 9 de abril. Vem de Vagos e às 21 horas será o acolhimento na Vista Alegre, seguindo em procissão de velas para a igreja matriz de S. Salvador. No dia seguinte, agora em procissão automóvel, vem para o Jardim Oudinot, passando pelas Gafanhas da Encarnação e Nazaré, onde será celebrada uma Eucaristia, pelas 16 horas, presidida pelo Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro. No final da Eucaristia, a Imagem Peregrina seguirá em procissão com todo o povo do Arciprestado até ao ferryboat até S. Jacinto. Depois, na  Torreira, 10 de abril, será o Dia da Igreja Diocesana e entrega da Imagem de Nossa Senhora de Fátima à Diocese do Porto.
Os devotos de Nossa Senhora terão uma boa oportunidade para manifestarem a sua alegria pela visita da Mãe que nos conduzirá a Jesus.

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