Reflexão de Georgino Rocha
na humildade da natureza humana;
está a vir nos gestos
de solidariedade e tolerância»
Esta exortação é feita por Jesus aos seus discípulos, pouco antes de iniciar o processo da paixão. Tinha falado de perseguições a pessoas, de destruições de casas e do Templo. Agora alarga os horizontes e menciona o cosmos inteiro: o céu, a terra, o sol, a lua, as estrelas. E garante “ as forças celestes serão abaladas”. Não admira que, perante o caos anunciado, haja ansiedade e medo, angústia e dor.
As forças celestes são frequentemente entendidas como o rosto dos deuses que presidiam à constelação religiosa de muitos povos. Era-lhes tributado culto com grande e convicta devoção. Pessoas, coisas, ritos e festas “giravam” à sua volta e dos santuários a eles dedicados. Em linguagem típica apocalíptica, Marcos, Mateus e Lucas, narram a transformação final do mundo, da história, e o início da “nova era” com a chegada de Jesus ressuscitado, vencedor da morte e vivo para sempre.