sábado, 27 de junho de 2015

TERAPIA DO ELOGIO

Crónica de Maria Donzília Almeida



A receção do postal foi o Leitmotiv para a dissertação sobre o tema. 
Trazia como mensagem escrita, um elogio rasgadíssimo ao meu rebento. 
O efeito foi tão intenso, quanto o inesperado da situação. 
Entregue em mão própria, teve a magia que só o elogio 
na sua verdadeira essência pode produzir. 


“Quem meus filhos beija, minha boca adoça!” Senti, na pele, a força do aforismo popular. Provinha de uma pessoa que eu mal conhecia, apenas de fortuitos encontros na vida social da nossa vila. Logo visualizei aquela senhora que, no meu imaginário, eu assemelhava a Christine Lagarde, pela elegância do porte e tom argênteo do seu cabelo. 
— Deve ter uma sensibilidade humana fora do comum! — pensei com os meus botões. Um simples gesto, postura ou apenas a espontaneidade do filho a terão induzido àquele discurso elogioso. 

DEMOCRACIA NA IGREJA

Crónica de Anselmo Borges 

«O Papa Francisco 
é uma autoridade 
político-moral global, 
universalmente reconhecida»



1. Não há dúvida de que o Papa Francisco é uma autoridade político-moral global, universalmente reconhecida. Impôs-se ao mundo pela simplicidade, pela bondade, pela entrega generosa ao bem da humanidade, a começar pelos mais pobres. Exemplo para todos os que exercem o poder. Com bondade e inteligência.
Muitos, porém, perguntam-se, com razão, o que poderá suceder a seguir ao seu pontificado. Não vai haver tentativas de restauração, como se ele tivesse sido apenas um parêntesis? Depois de reconhecer que o problema não é o papa, mas o papado absoluto, que exige reforma, com democracia real, divisão de poderes, escreve o teólogo José Arregi: "A reforma radical democrática será uma condição não suficiente, mas indispensável, para que a Igreja seja espaço de liberdade e de tolerância, lar de humanidade. Chegará até aí o Papa Francisco? O tempo corre contra ele."

MINHA FILHA, A TUA FÉ TE SALVOU

Reflexão de Georgino Rocha


«Superior ao rigor do castigo
está o impulso da necessidade,
a certeza do amor»



Jesus está à beira mar. Chega Jairo, um dos chefes da sinagoga de Cafarnaum e pede-lhe para ir a sua casa. No caminho ocorre um encontro singular que Marcos realça com pormenor e beleza. Mc 5, 21-43.
Uma mulher, sem nome, deseja ser curada da doença de fluxo de sangue, pois anda cansada de sofrer e estás prestes a desanimar. Já havia gasto “todos os seus bens “ nas mãos dos médicos. Ouve falar de Jesus e sente-se atraída pela sua fama. Decide meter-se na multidão e, destemida, ir avançando até se aproximar dEle e lhe poder tocar no manto. Este gesto era punido pela lei judaica. Mas superior ao rigor do castigo está o impulso da necessidade, a certeza do amor, a força da confiança que pressentem a possibilidade da cura desejada. E, de facto, assim acontece! O diálogo que se segue é enternecedor e pode ser condensado na declaração de Jesus: “Minha filha, a tua fé te salvou”.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A VERDADE


"Nada pode mudar a verdade, só se pode buscá-la, 
reconhecê-la e segui-la"

São Maximiliano Kolbe (1894-1941)

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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Apresentação da recente encíclica do Papa

 Na igreja de S. Francisco, 
junto à Polícia Judiciária, 
dia 29 de junho, 
21.30 horas 
                                        

terça-feira, 23 de junho de 2015

Postal Ilustrado — Vitral na Residência Paroquial

 UM CONVITE À MEDITAÇÃO 

Vitral -  Foto de Gabriel Faneca

Qualquer pessoa, por mais simples ou erudita que seja, precisa de um espaço em sua casa, recatado, que convide à oração, se for crente, e à reflexão. E se a casa for residência de padres que exercem o seu múnus sacerdotal em vários setores, muito mais se torna necessário um recanto acolhedor que permita a meditação.
Este mês, para Postal Ilustrado, fomos visitar a capela da residência paroquial da Gafanha da Nazaré, onde vivem os padres Francisco Melo (pároco), César Fernandes e Pedro José, responsáveis pelas paróquias das Gafanhas da Nazaré, Encarnação e Carmo. O vitral que ornamenta a capela empresta tonalidades variegadas ao ambiente interior, qual convite à harmonia que gera partilha de sensibilidades, saberes e experiências.
Com projeto do artista plástico Manuel Ângelo Correia, o vitral suscita a quem chega um apelo às nossas raízes, desde o início da fixação do povo nas dunas até aos nossos dias. Nossa Senhora, padroeira das Gafanhas, com o Menino, o sol, a estrela e a cruz, o peixe e espigas, barcos e velas enfunadas pelo vento que sempre varreu terras e rostos. A vela  estai como proa de navio, enfrentando as ondas do mar quantas vezes bravio, protege Nossa Padroeira com o Menino, proteção essa que se estende à nossa paróquia.
Manuel Correia foi-nos debitando informações da proposta do nosso prior, que sugeriu para tema os símbolos da paróquia, até à execução do seu projeto, trabalho a cargo do artista Arnaldo Fraga, de Viseu, que fez obra digna de registo, seguindo técnicas ancestrais. Os vidros coloridos, que não pintados, são protegidos por outros vidros, o anterior e o posterior, tudo bem enquadrado por tiras de liga de chumbo soldadas.
O vitral, que se deixa invadir pelo sol desde o seu nascimento até ao ocaso, fornece ao interior matizes acolhedores, conforme as horas do dia e a intensidade da luz natural. E ainda de noite, qualquer foco luminoso ou o simples luar filtrados valorizam o convite ao silêncio e à oração.

Fernando Martins

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Se eu quiser falar com Deus



Se eu quiser falar com Deus
tenho que ficar a sós,
tenho que apagar a luz,...
tenho que calar a voz...
Tenho que ter as mãos vazias,
ter a alma e o corpo nus...
Tenho que me aventurar,
tenho que subir aos céus.
Sem cordas p'ra segurar
tenho que dizer adeus,
dar as costas caminhar
decidido, pela estrada
que ao findar vai dar em nada
do que eu pensava encontrar.

Gilberto Gil


Nota: Por gentileza do Gaspar Albino, que manifestou desejos de ver voar este poema.

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