terça-feira, 11 de março de 2014

Título Nobre Cidadão para Joana Pontes



Dedicou a distinção à comunidade 
que se envolveu  na recolha de tampinhas

«Joana Pontes, a jovem da Gafanha da Nazaré reconhecida pela campanha de recolha de tampas de plástico que são “convertidas” em material ortopédico, é uma das 8 figuras nacionais distinguidas com o Título Nobre Cidadão. Trata-se de uma iniciativa da Nobre Casa da Cidadania que atribuiu louvores a 24 cidadãos que estavam na corrida ao título de “nobre Cidadãos”.
A seleção foi feita pelo Conselho Institucional (composto pela Autoridade Nacional para a Proteção Civil, Corpo Nacional de Escutas, Direção Geral de Educação, Estado-Maior-Geral das Forças Armadas, Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, Fundação para a Ciência e Tecnologia, Grace - Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, Instituto Nacional de Emergência Médica, Liga dos Bombeiros Portugueses, Plataforma Portuguesa das ONGs para o Desenvolvimento e Policia de Segurança Publica) e uma Comissão de Honra que contou com nomes como António Barros Cardoso, Daniel Serrão, General Loureiro dos Santos, Júlio Isidro, Manuel Sérgio, Padre Vítor Melícias, Pedro Bacelar de Vasconcelos e Rosário Farmhouse.
A jovem, que trabalha na áreas social ao serviço do Centro Social e Paroquial da Gafanha da Nazaré, confessou surpresa e dedicou a distinção à comunidade que se envolveu e envolve na recolha de tampinhas.»

Li aqui 

Francisco: Um Papa próximo


O jornalista Henrique Monteiro 
e o cronista social Pedro Mexia 
falam sobre o Papa Francisco


O jornalista Henrique Monteiro e o cronista social Pedro Mexia consideram que a atenção da imprensa mundial à volta do Papa se explica pelos seus “gestos simples”.
“O facto da imprensa achar que o Papa Francisco é cool não mostra nada, apenas revela que através dos seus gestos simples agradou a muita gente fora da Igreja”, disse Henrique Monteiro durante a conferência ‘Francisco: Um Papa do fim do Mundo’, promovida pela Agência Ecclesia, Rádio Renascença e Universidade Católica Portuguesa (UCP) para assinalar o primeiro aniversário do pontificado.
“Este último ano serviu para reorientar o foco da Igreja na questão da justiça social o que é muito importante nomeadamente neste momento que se vive, em tempos de crise, e isso toca as pessoas que vivem o desemprego, esta mensagem toca muito as pessoas”, acrescentou o cronista Pedro Mexia que lembrou que o facto de que o “mensageiro conta tanto como a mensagem e este ano mediático tem servido para muita gente conhecer e redescobrir algo que a Igreja sempre defendeu mas que não tinha tanta atenção.”
Para o jornalista e comentador Henrique Monteiro o segredo do Papa Francisco é “a sua linguagem afetiva e próxima, é um homem que fala a cada um e chega a toda a gente, é muito intimista, muito pessoal que fala por parábolas”.
“O papa é aquele tio que toda a gente gostava de ter, que fosse lá a casa dar uns bons conselhos, que manda umas piadas e conta histórias” e isso cria “expectativas não só na imprensa mas também em pessoas simples e até nos não cristãos”.

Ler mais na ECCLESIA 

domingo, 9 de março de 2014

O SER HUMANO TEM CURA (2)

Crónica de Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO de hoje

Frei Bento Domingues


1. Dizem-me que a verdadeira cura do ser humano seria a sua substituição pelo pós-humano, realidade sem memória nem futuro, sem infância nem velhice, liberto da doença e da morte, despido de qualquer interrogação metafísica ou preocupação ética. Ao que parece, existem ciências e técnicas disponíveis para uma “saída limpa” da nossa humanidade cansada e, mesmo assim, irritantemente belicosa.

Como já sou velho, tenho dificuldade em me adaptar à ideia e não alinho em soluções de desespero. Prefiro recorrer a um aforismo de Heráclito: sem esperança, não encontrarás o inesperado. S. Paulo também não prometeu muito mais. Na célebre Epístola aos Romanos (cap.8), depois de muita ginástica mística e antropológica, observa com modéstia: vivemos suspirando e gemendo pela redenção do nosso corpo, num mundo em dores de parto, pois só estamos “salvos em esperança e ver o que se espera não é esperar. Acaso alguém espera o que vê? Se esperamos o que não vemos, é na perseverança que o aguardamos”.

sábado, 8 de março de 2014

Uma viagem no tempo com o Foral de Ílhavo

Foral de Ílhavo

O Foral de Ílhavo, outorgado por D. Manuel I, o rei venturoso, em 8 de março de 1514, à vila de Ílhavo, fez hoje 500 anos. Mas o documento, cujo original pudemos apreciar na exposição que integra as comemorações, só chegou a Ílhavo dois anos depois, decerto por dificuldades próprias da época, inerentes às deslocações, mas também ao afastamento entre o poder central e o poder local. Ontem como hoje, afinal.
Na cerimónia de abertura das comemorações, no Centro Cultural de Ílhavo, o presidente da autarquia ilhavense, Fernando Caçoilo, afirmou que os forais manuelinos representam um marco histórico para as povoações, pois estão na base da reorganização administrativa de Portugal. Serviram de estímulo ao desenvolvimento económico, enquanto ofereceram uma certa autonomia às vilas. 

Lançamento do selo comemorativo

Sendo certo que a importância da vila de Ílhavo já havia sido reconhecida por D. Dinis, é oportuno frisar que a reorganização administrativa de Portugal, levada a cabo por D. Manuel I, na época áurea dos descobrimentos, veio mostrar o progresso em crescendo da nossa terra, disse o autarca. 
Fernando Caçoilo lembrou que «somos hoje um município desenvolvido», fruto do trabalho de toda a comunidade, nomeadamente, «das empresas, instituições e pessoas». Contudo, adiantou que importa valorizar os talentos, apostar na formação e na cultura a todos os níveis, tendo em conta as nossas tradições. E referiu a mais-valia que significa para Ílhavo o contributo dos nossos símbolos, bem representados «no Museu Marítimo e no Navio-museu Santo André», sinais concretos da nossa identidade, que tem o «Mar por Tradição».
O autarca concluiu afirmando que Ílhavo depende da vontade de todos os munícipes aqui radicados, mas também realçou o precioso contributo  dos ílhavos na diáspora. 

A alcoviteira
A lição de história, que nos trouxe certezas do nosso passado e dúvidas que exigem estudo, veio do docente universitário e especialista em História Medieval, Saul Gomes, que elaborou a introdução histórica, transcrição paleográfica e revisão científica da edição do Foral Manuelino, editado pela Câmara de Ílhavo em 2009. E a lição conduziu os presentes numa viagem através do último milénio, frisando que a «história está espelhada no espaço em que vivemos».
Paira no horizonte a necessidade de descobrirmos se os fenícios e romanos, ou outros povos, por aqui andaram nos princípios de Ílhavo, de onde nasceu este vocábulo que deu nome à terra e suas gentes; porém, deixou-nos como certeza que a organização urbanística tem razões históricas, tal como a toponímia, patente em lugares e templos. Do brasão, sublinhou que as três vieiras significam terra de passagem e hospitalidade, nas rotas dos que peregrinavam a São Tiago, e que as ermidas são sinal de terra despovoada.

Na feira
Os forais, documentos passados pelo Rei ou Senhor a uma terra e que estiveram na base da criação dos municípios, permitem-nos conhecer a demografia dos povoados, as atividades económicas exercidas, em especial o comércio praticado, a agricultura e pescas, a alimentação e os impostos a pagar. 
Saul Gomes mostrou quanto a igreja de São Salvador traduz o crescimento da vila de Ílhavo nos séculos XVII e XVIII, enquanto adiantou que Ílhavo, no espaço marítimo, nos mostra o Portugal ligado ao mar. 
A jornada comemorativa dos 500 anos do Foral de Ílhavo saiu enriquecida com a exposição aberta no Centro Cultural (patente ao público até 9 de junho) e com a encenação da Outorga do Foral pelo rei. No átrio, o século XVI passou por Ílhavo, com a alcoviteira, o arauto, os músicos, as feiras,  os trovadores, as bruxas, a inquisição e a pobreza. E ficou no ar a ideia de que a semelhança com a atualidade é pura realidade. 

Fernando Martins

FRANCISCO SOBRE TEMAS EM DISCUSSÃO

Crónica de Anselmo Borges 
no DN de hoje

Anselmo Borges


Já sabíamos, mas agora é o próprio Francisco, entrevistado pelo Corriere della Sera, a dizê-lo: "Gosto de estar com as pessoas, com os que sofrem. O Papa é um homem que ri, chora, dorme tranquilo e tem amigos como toda a gente. É uma pessoa normal." Por isso, não gosta que façam dele um mito, e cita Freud: "Em toda a idealização há uma agressão.

"Não decide sem ouvir o conselho de muitos, e ouve mesmo, não finge. Mas, claro, "quando se trata de decidir, de assinar, fica só com o seu sentido de responsabilidade". Na entrevista, enfrenta os temas mais delicados. Com uma liberdade e clareza desarmantes. Assim: "Nunca entendi a expressão "valores não negociáveis". Os valores são valores e pronto.

" Sobre a pedofilia: "Os casos de abusos são terríveis, porque deixam feridas profundíssimas. Bento XVI foi muito corajoso e abriu o caminho. E, seguindo esse caminho, a Igreja avançou muito. Talvez mais do que ninguém. As estatísticas sobre o fenómeno da violência contra as crianças são impressionantes, mas mostram também com clareza que a grande maioria dos abusos provém do ambiente familiar e das pessoas próximas. A Igreja Católica é talvez a única instituição pública que se moveu com transparência e responsabilidade. Ninguém mais fez tanto. E, no entanto, a Igreja é a única a ser atacada.

LIBERTA-TE E VEM COMIGO

Uma reflexão de Georgino Rocha
para esta semana

Georgino Rocha

Jesus dá o exemplo e faz o apelo. Após o baptismo vê confirmada a sua dignidade de Filho de Deus que vê questionada ainda antes de iniciar a missão pública. Mateus – o narrador do episódio – elabora um diálogo provocador entre dois contendores: O tentador com as suas propostas sedutoras e Jesus com as suas respostas contundentes. Umas e outras afectam o núcleo mais consistente do ser humano e constituem o espelho mais polido da ”trama/drama” da nossa existência. Dão por suposto o reconhecimento da realidade assumida – a novidade da missão de Jesus – e procuram fazer a sua interpretação, descobrindo e reencaminhando o sentido original.

Dia Internacional da Mulher - 8 de março

Crónica de Maria Donzília Almeida

Maria Donzília Almeida



É do conhecimento geral, que muitas das grandes convulsões sociais têm o seu embrião nos Estados Unidos da América. Aí germinam, crescem e explodem.
Assim, a comemoração da data de hoje teve também origem nesse país. Em 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas, para 10 horas, por dia. Estas mulheres que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, tendo sucumbido 130. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido comemorar o 8 de março como "Dia Internacional da Mulher" em homenagem àquelas lutadoras. Desde então, o movimento a favor da emancipação da mulher tem subido de nível, chegando até a alguns exageros, como se constata nos movimentos feministas, um pouco por todo o mundo. 

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