Foram limpas as leiras
Foram limpas as leiras, das felgas e de todas as ervas daninhas. As milhãs eram apanhadas à foicinha e iam servindo para a alimentação dos animais. Havia sempre qualquer coisa para fazer.
Agora que as terras estavam prontas, tínhamos que esperar pela chuva, para as podermos semear. Entretanto, o pai do Toino diz:
— Enquanto não chove e há pouco que fazer, amanhã pegamos na bateira e vamos à marinha apanhar uma bateirada de estrume, que servirá para as camas do gado, quando chegar o Inverno.
E o Toino que pensava que iria chegar um período de acalmia no trabalho, que lhe daria a possibilidade de ler uns livros da biblioteca existente lá em casa e que tinha sido dos seus tios… Puro engano!
O Toino era novo. Tinha ainda pouca força para puxar a bateira à cirga, pelo que o pai saltou para terra e o Toino tomou o lugar de timoneiro, tentando governar a bateira o que, dada a falta de prática, não foi nada fácil. A bateira ora batia contra as estacas de cimento, ora se afastava para o outro lado do esteiro, o que tornava difícil a sua progressão pelo esteiro adiante! E lá vinham as ameaças: