quarta-feira, 17 de julho de 2013

Treino para férias


FIGUEIRA DA FOZ
Farol da Serra da Boa Viagem
Um dia de férias na Figueira a Foz para ensaio, que férias a valer só mais tarde. Nem sei quando.
A agitação doutros tempos anda fugidia. Compreende-se. Já lá vai o tempo em que a Figueira da Foz pontificava no turismo balnear, com a alta burguesia a marcar presença e a impor o ritmo social. Agora a praia democratizou-se sem ser preciso pedir licença a ninguém.
Hoje vi pouca gente, mas pode ser que em agosto as ruas, areais, esplanadas, cafés e bares, restaurantes e hotéis, espaços verdes e sombras venham a encher-se. Eu gostaria imenso, porque sem gente a Figueira fica mais triste.


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terça-feira, 16 de julho de 2013

Hortas


As hortas estão de regresso. As hortas têm de estar de regresso. Por prazer e por amor à natureza e ao gosto pela agricultura. Ainda  por causa das crises, que essas não perdoam e não têm compaixão por quem passa necessidades. As hortas são, na nossa região e noutras, um complemento para as receitas de qualquer família. Sobretudo de famílias onde entra pouco dinheiro. As hortas, que o arquiteto Ribeiro Teles defende há muito, como fundamentais na paisagem, estão a surgir também nas cidades. Esta encontrei-a na cidade do Porto, a capital do trabalho. 

Coragem


"Sucesso não é o final, falhar não é fatal: 
é a coragem para continuar que conta." 

Winston Churchill (1874 - 1965)


Fátima ajuda famílias

Publicado na Ecclesia 




Santuário propõe semana de férias 
para famílias com filhos 
portadores de deficiência

O Santuário de Fátima vai promover durante todo o mês de Agosto e início de Setembro um campo de férias gratuito para famílias com crianças, jovens e adultos portadores de deficiência.
O projeto solidário, que começou há sete anos com o objetivo de ajudar pais e mães que se dedicam a 100 por cento aos seus filhos, dando-lhes a oportunidade de “descansar durante uma semana”, transformou-se progressivamente numa iniciativa familiar, realça o reitor do Santuário, em entrevista concedida à Agência ECCLESIA.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

domingo, 14 de julho de 2013

Maria Virgínia e Manuel Olívio

50 anos de matrimónio

Olívio e Virgìnia


Há aniversários que merecem ser celebrados de forma muito especial. Não por se tratar de alguém que estimamos, mas sobretudo pelo exemplo demonstrado ao longo da vida na família e na sociedade, de amor e de responsabilidade comunitária e eclesial. Refiro-me concretamente a um casal amigo,  Maria Virgínia e Manuel Olívio Rocha, ela do Monte, Murtosa, e ele da Gafanha da Nazaré, que ontem, 13 de julho, comemorou 50 anos de matrimónio, com os seus filhos e netos, a que se associaram familiares e amigos.
Conheço este casal desde o tempo em que ambos eram jovens, solteiros e militantes da Ação Católica, tal como eu. Depois o amor, sorrateiramente, brotou nas suas vidas e continuou em crescendo, projetando-se nos filhos e netos, mas também nos amigos que a Virgínia e o Olívio souberam preservar e multiplicar.
Nos dias conturbados em que nos situamos, não será fácil viver um matrimónio tão duradoiro e capaz de testemunhar o amor com tanta serenidade. A sociedade, caracterizada pela competição desenfreada e a qualquer preço, repudiando, com que frequência!, a ética, o amor e a solidariedade, numa clara demonstração da prevalência do egoísmo entre os homens e mulheres deste século das altas tecnologias, das ciências e do mundo do ciberespaço, não tem sabido educar para  amores e casamentos duradoiros, com raízes que alicercem futuros mais fraternos e mais cristãos. Felizmente,  tal não aconteceu neste casal constituído por amor há 50 anos e noutros de formação semelhante, os quais bem podem servir de modelo a quem estiver interessado em aprender, estimulando-se nos seus testemunhos de compreensão, de tolerância, de respeito e de aceitação dos outros, tal como são, e no amor aberto à doação plena.
Daqui, deste meu recanto, saúdo os meus amigos Virgínia e Olivio, com votos sinceros de muita paz, alegria e amor, na companhia de filhos e netos, e também dos amigos que souberem manter nos seus corações.

Fernando Martins


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Gafanhões vistos por outros — 3


Joaquim Matias define o gafanhão deste modo:

«um homem persistente em seu querer, teimoso no trabalho, inquebrantável na fé de vencer. E há-de haver um dia, por justiça imanente da vida, cinzel ou caneta de homem de génio que materialize em forma artística a epopeia sublime desse camponês que ninguém conhece, quando ele é maior ainda do que o guerreiro da reconquista e o marinheiro das descobertas».

E mais adiante:

«O Gafanhão pretendeu apenas bastar-se, arrancar alimentos da areia, ser útil. Não tem consciência da epopeia magnífica erguida em três gerações, com suor e enxadadas, à sombra da proa recurvada dos seus moliceiros. Mas nem por isso é menor o seu mérito. Nem por isso a sua Gafanha, a Gafanha que ele fez sozinho, contra tudo e contra todos — nem por isso a sua Gafanha deixa de ser um triunfo monumental que aí temos a atestar ao País e ao Mundo que o braço do Homem continua sendo a grande alavanca da Criação, e que em boa verdade vence quem teima, porque “a fé revolve montanhas”.»

"Arquivo do Distrito de Aveiro", n.º36, 1943