terça-feira, 19 de março de 2013

Escravos no século XXI?

«O presidente do conselho de administração da Sonae (dona do PÚBLICO), Belmiro de Azevedo, considerou nesta segunda-feira que as manifestações têm sido um “Carnaval mais ou menos permanente”, mas que a situação seria mais grave caso não houvesse essa possibilidade. Falando sobre a economia do país, defendeu que "sem mão-de-obra barata não há emprego".»
O empresário Belmiro de Azevedo defende a mão-de-obra barata para haver emprego. Quererá ele que voltemos aos tempos da escravatura? 

Bispo de Roma prega a bondade e a ternura


O Papa Francisco diz que "Não devemos ter medo da bondade nem da ternura". O Papa, Bispo de Roma como gosta de dizer, continua a mostrar que a simplicidade evangeliza mais que doutas teses teológicas. Que Deus o ajude a prosseguir nessa linha.


É feio não saber perder

Não gosto nada de quem não sabe perder... No desporto e na vida. Mourinho parece que não conhece o valor da humildade... Ou está isento por ser famoso?

Dia do pai - 19 de março




Sinto-me órfã
Maria Donzília Almeida 

Após 58 anos de convívio com os progenitores e 63 só com o pai, sinto-me órfã! 
Foi um privilégio privar com o Zé da Rosa, durante um período de tempo dilatado, muito fecundo, com períodos de afastamento mais ou menos longos. 
A presença dele, não física, mas espiritual, estava sempre ali, bem marcada e influente. 
Quando a vida me fez assentar arraiais na terra natal e o nosso convívio se estreitou, fui uma pessoa de sorte, que partilhou de agradáveis momentos de muita ternura, muita afetividade, muita pacificação. 
Sem nunca se intrometer nos assuntos privados da família, ia opinando, aconselhando, conciliando. 
Quis o destino que a fase final da sua vida fosse curta, sem passar por uma longa decadência, como acontece a tantas criaturas de Deus. 
Foi acompanhado de perto, pela família que lhe proporcionou o carinho e conforto, imprescindíveis à dignidade humana e a uma pessoa que tanto deu ao seu próximo! 
Partiu, sem um queixume, sem uma palavra de desalento, com a mesma serenidade com que viveu e conviveu com todos. 

segunda-feira, 18 de março de 2013

sábado, 16 de março de 2013

Que se pode esperar do Papa Francisco?


Francisco, reconstrói a minha Igreja
José Tolentino Mendonça

José Tolentino Mendonça

É verdade que o nome Francisco tem representantes de altíssimo alcance na tradição (de Francisco de Assis a Francisco Xavier ou a Francisco de Sales), mas porventura ao ouvir a escolha do nome “Francisco”, por parte do novo papa, o pensamento da maioria de nós se tenha virado para a figura dopoverello e para as palavras que lhe dirigiu o Cristo de São Damião: “Francisco, reconstrói a minha Igreja”. A Igreja de que Jorge Mario Bergoglio é agora pastor precisa evidentemente de reconstrução. Os desafios são imensos, quer internamente quer no diálogo com o mundo. Os tempos são de reconfiguração: o que se sente é que as estruturas herdadas de uma determinada época estão exaustas (por exemplo, o estrito modelo da paroquialização) e não servem convenientemente as realidades emergentes no seio da própria Igreja.

Poesia para este tempo

Sugestão de leitura do caderno Economia do EXPRESSO

Eu tinha um velho tormento
Eu tinha um sorriso triste
Eu tinha um pressentimento

Tu tinhas os olhos puros
Os teus olhos rasos de água
Como dois mundos futuros

Entre parada e parada
Havia um cão de permeio
No meio ficava a estrada

Depois tudo se abarcou
Fomos iguais um momento
Esse momento parou

Ainda existe a extensa praia
E a grande casa amarela
Aonde a rua desmaia

Estão ainda a noite e o ar
Da mesma maneira aquela
Com que te viam passar

E os carreiros sem fundo
Azul e branca janela
Onde pusemos o mundo

O cão atesta esta história
Sentado no meio da estrada
Mas de nós não há memória

Dos lados não ficou nada

Mário Cesariny


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