Por Maria Donzília Almeida
Isabel Jonet
“A história da mulher é a história
da pior tirania que o mundo
conheceu:
a tirania do mais fraco sobre o mais forte.”
A mulher ocupou um
lugar subalterno, no seio da família e da sociedade, durante séculos, que a história
justifica pelo modelo de organização e subsistência, nas sociedades primitivas.
Homens e mulheres
viviam em grupos, em que os homens se dedicavam à caça, para suprir as necessidades
da alimentação. As mulheres, predestinadas à procriação, limitavam-se a colher
plantas, nas imediações do seu habitat. A caça era uma atividade nobre, pois
implicava argúcia e destreza, em oposição à colheita de plantas, sem qualquer
valorização. A partir desta dicotomia de funções, surgem as desigualdades. A
mulher fica confinada ao espaço do lar, cuida dos filhos e dos parentes. Com
base neste quotidiano, surgem extrapolações bem conhecidas: o homem
caracteriza-se pelo rigor do pensamento, pela capacidade do raciocínio, pela
força muscular...... o que lhe dá autoridade! À mulher, resta-lhe a intuição, a
paciência, a capacidade de dedicação aos outros, de sofrimento!