domingo, 17 de junho de 2012

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 295


PITADAS DE SAL – 25



OS PALHEIROS


Caríssima/o: 

Quando dizemos «palheiros», queremos tão só falar daquelas casinhas que se encontravam espalhadas pelas marinhas, esquecendo todos os outros tipos que ainda se podem ver mais ou menos perto de nós (Mira, Aveiro - Canal de S. Roque, Costa Nova, … Logo ali fica o Palheiro de José Estêvão!). 
Uma espreitadela sobre o que se escreveu; e o difícil é escolher… 

«O palheiro das salinas aveirenses era uma casa rudimentar, de planta retangular, edificada com tábuas de pinho, dispostas em escama horizontal. O telhado, inicialmente de bajunça ou estorno, foi substituído por madeira, obedecendo ao mesmo esquema de aplicação das paredes. Posteriormente, passou a ser coberto por telha de canudo ou mesmo telha marselha. Por vezes o palheiro ostenta, por cima da porta, o nome da marinha a que pertence. 
O chão de terra batida era coberto com bajunça ou junco. Atualmente alguns palheiros apresentam revestimento do solo com mosaico cerâmico. Ao longo dos tempos, a função primordial do palheiro foi o armazenamento dos instrumentos de salinagem.» [Rafael Carvalho] 

Por sua vez João Pereira de Lemos acrescenta pormenores curiosos:

sábado, 16 de junho de 2012

Um homem livre pode crer em Deus?

Por Anselmo Borges,

 no DN



«Deus é uma questão livre. Porquê? Deus não é objecto de demonstração científica e, portanto, não sendo possível demonstrar a sua existência, fica entregue à liberdade. Se se pudesse demonstrar a sua existência, não se estaria no plano da fé, do crer, mas do saber. Uma vez que Deus não é demonstrável, é possível acreditar ou não acreditar. Como dizem aliás as próprias palavras crença, que vem de credere, crer, crédito, dar crédito, e fides, fé, confiança, ter confiança.»

A SEMENTE É A PALAVRA DE DEUS

Por Georgino Rocha




Jesus anda em missão. Encontra-se com pessoas de diferentes níveis de compreensão. A todas respeita e procura ajudar. Recorre por isso a diversos modos de comunicar. Escolhe cada modalidade de acordo com a capacidade dos ouvintes. Para apresentar o reino de Deus a marítimos, serve-se das lições de quem trabalha com redes, anda na pesca, conhece os segredos do mar. De igual modo, faz com comerciantes, camponeses, escribas letrados, políticos de carreira, homens do culto oficial.
É belo este modo de proceder! É exemplar esta pedagogia! É apelativa esta proximidade para todos os que são chamados a lançar a semente da Palavra no coração humano, tendo em conta o o pulsar do seu ritmo, das suas alegrias e dores.

O reino de Deus é a expressão bíblica que melhor designa a realidade nova anunciada por Jesus: Deus é Pai, os humanos são filhos deste Pai comum e, por isso, irmãos por natureza e por graça, os bens pertencem a todos por mandato divino, a biodiversidade faz parte da harmonia e do equilíbrio dos seres criados e dos sistemas em que se desenvolvem, a vida é “sagrada” e, enquanto peregrina na terra a caminho da situação definitiva, está marcada pelas regras do tempo e da cultura, a convivência social alicerçada no amor e na justiça constitui uma das manifestações humanas mais qualificadas do “rosto” público deste reino em germinação na história.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Bucólica


Por Maria Donzília Almeida 


No bosque

Bucólica 


A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas
Pelo vento; 
(...) 

Miguel Torga (1907-1995) 
Escrito em S. Martinho de Anta, 30 de Abril de 1937

Reinava a paz dos bichos, na Quinta do Briol. Granjeara o nome da sua situação geográfica, virada a norte e das nortadas que ali se fazem sentir, no inverno. Ali, próximo... da Quinta das Brisas. De permeio, apenas uma avenida e meia dúzia de ruas e ruelas. Reminiscências de um ambiente rural. 
Habitavam a quinta, apenas as sobreviventes da lei da naifa – 4 galinhas pedreses, velhas, de carnes duras, pelo tempo e pelo alimento farto que a dona lhes prodigalizava. Passeava-se, também, por lá, uma aspirante a galinha, mas que não passava de uma amostra de galináceo – uma garnizé! Também as rolas, os melros e raramente um cuco de dorso listrado, por ali paravam no seu voo de reconhecimento. 
Tempos áureos para a quinta, aqueles em que cabrinhas anãs faziam o deleite dos transeuntes! Era o casal Bamby/Miura que foram tão felizes no seu habitat. A maldade dos homens desfez aquilo que Deus unira e o Bamby perdeu a sua companheira. Em segundas núpcias, ele e a Lia trouxeram ao mundo dois novos rebentos que por cá nasceram e foram batizados: duas cabrinhas de palmo e meio: a Benilde e a Marília. No bosque, cresceram, cabriolaram, seguiram as pisadas dos pais. Pulavam e comiam tudo o que lhes aparecia pela frente. Os pinheiros, esses não gostavam muito das insistentes investidas daquelas boquinhas pontiagudas, que apesar de serem pequenas, iam fazendo os seus estragos! Não chegaram a derramar lágrimas de resina, mas com o tempo, chegariam ao pranto!

A noite cai e o farol acende-se


Mais um belíssimo pôr do sol na Barra, altura em que o farol acende a sua lâmpada rotativa e cadenciada. A sensibilidade do Ângelo Ribau a mostrar a beleza de mais um pôr do sol na paisagem mágica de um recanto da nossa terra.

Seniores expõem na Biblioteca Municipal



Até dia 30, está patente na Biblioteca Municipal em Ílhavo a exposição de fotografias de onze alunos da turma de comunicação e fotografia da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo. Estes trabalhos resultam de diversas viagens de estudo feitas pelo país e da escolha feita por todos os alunos. 
No próximo mês, esta mostra estará no Café Farol da Praia da Barra, seguindo para Albergaria e Pateira de Fermentelos.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A alegria do futebol

Por José Tolentino Mendonça



Em raros momentos simbólicos se sentem os países assim em uníssono, revendo-se completamente no esforço e no génio de uns poucos


“Às vezes o futebol é uma alegria que dói”. Sábado à noite não houve português que não sentisse na carne esta verdade que o escritor Eduardo Galeano assinou, mas esse é apenas um dos sentidos possíveis que a frase tem. O futebol ganhou, de facto, a função representativa que, em outros períodos da história, pertenceu, por exemplo, também ao teatro ou às artes, conseguindo, no estilhaçado panorama das nossas sociedades, convergências que se diriam improváveis. Tornou-se habitual o encontro de despedida da equipa com o presidente da República, numa espécie de investidura civil: eles são os nossos, eles somos nós. Em raros momentos simbólicos se sentem os países assim em uníssono, revendo-se completamente no esforço e no génio de uns poucos, galvanizados pelo seu sucesso ou solidários nas suas derrotas. Mas seria injusto reduzir a festa do futebol à matemática imediata dos resultados. Ele é “uma alegria que dói” por que é uma alegria verdadeira.

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