segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ENGUIAS DE AVEIRO, UM EX-LÍBRIS A PRESERVAR






A Universidade de Aveiro vai desenvolver trabalhos técnicos no âmbito do projecto “Enguias da Ria de Aveiro, um ex-líbris a preservar. Biologia, sanidade e pesca”. Trata-se de uma ação promovida pela CIRA, que visa "analisar a evolução da distribuição e abundância da enguia na Ria de Aveiro, determinando a produtividade ecológica como base para a boa gestão da pesca, a fim de serem efetivadas as diligências necessárias à certificação da enguia como produto de qualidade inequívoca e assegurada".
Tantas especialidades gastronómicas já mereceram a honra da certificação, mas, afinal, as nossas enguias ainda estão à espera. Pode ser que desta vez elas venham a ocupar o lugar a que têm direito.

CLARA FERREIRA ALVES: O ASSALTO À EDP

PARA QUEM AINDA NÃO LEU




domingo, 15 de janeiro de 2012

AS JANEIRAS NA GAFANHA DA NAZARÉ







Hoje foi noite de receber as Janeiras na Gafanha da Nazaré. O grupo que passou pela minha casa e cantou era formado por membros do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré. Respeitaram a tradição tocando e cantando melodias que estão no ouvido de muita gente, sobretudo da mais idosa.
Sempre gostei de respeitar as boas tradições e isso passa por receber quem as preserva e divulga, apesar da chuva que na altura caía e do frio que se fazia sentir.
O fundador e diretor do Grupo, Alfredo Ferreira da Silva, formulou votos de bom ano, prometendo voltar em 2013, apesar dos seus 81 anos. Afinal, a sua idade não o impede de exibir uma juventude que é exemplo para muitos jovens que envelhecem prematuramente, sem honra nem glória.

ANA MARIA LOPES HOMENAGEADA PELO LIONS




NOTA: No Diário de Aveiro de hoje

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 273


PITADAS DE SAL - 3 



OS MARNOTOS DA GAFANHA 

Caríssima/o: 

Já tanto se tem escrito sobre esta figura, agora quase lendária, que pouco sobra para mim. 
João Pedro Marnoto, no seu blogue, registou: 

«O marnoto é o trabalhador que nos meses entre a Primavera e o final do Verão se dedica às salinas, ou marinhas — como se diz na gíria em Aveiro —, na produção de sal. Encher e remexer os tabuleiros com água nova, quebrar e puxar o sal após a cristalização e carregar o sal em canastras pesadas sobre a cabeça é o ofício do marnoto, que trabalha de corpo robusto e queimado pelo sol intenso. Às vezes, só de cueca.» 

Nos desdobráveis turísticos lá vem: 

«O marnoto é o tradicional trabalhador das salinas, acompanhante de todas as actividades que elas exigem, dos meados da primavera ao final do outono; Era por regra bronzeado do sol de verão, vestia camisa de lã branca sobre a qual usava, em volta do pescoço, um lenço de cor vermelha preso com uma caixa de fósforos, enquanto na cabeça se protegia com chapéu preto de feltro com abas largas; Para baixo, vestia bragas ou calções largos de cor azul em algodão, aos quais chamavam manaias. ... é caracterizado por ser uma figura de braços hercúleos, traços morenos e pele bastante bronzeada pelo sol devido às actividades desenvolvidas nas salinas, ... Apresenta mãos calejadas dos remos e pés endurecidos pelos cristais do sal.» 

E o nosso João Magueta acrescenta como bom conhecedor: 

«... limpar a marinha e prepará-la para uma produção de qualidade, rer e transportar o sal, à cabeça, numa canastra, até ao cocuruto do monte, debaixo de um sol escaldante, sete dias por semana. Não havia domingos, nem feriados, nem dias santos. Folgas, só quando chovia, mas nem assim podiam abandonar as salinas, porque um ou outro temporal podia fazer estragos, exigindo pronta reparação.» 

VINDE VER, RESPONDE O MESTRE

Um artigo de Georgino Rocha


Esta resposta é, no mínimo, surpreendente, mas profundamente apelativa. É dada por Jesus de Nazaré aos discípulos de João Baptista que seguiam no seu encalço e lhe haviam feito a pergunta crucial: Mestre, onde moras?
Os discípulos, pescadores de profissão e habituados a arriscar, vão, vêem e ficam. E em consequência, desencadeiam um dinamismo vocacional digno de registo.
A resposta de Jesus, embora situada no tempo, é dirigida a todos os que buscam sinceramente algo ou alguém que a sua consciência pede de formas diversificadas. De facto, que procuramos na vida? Tem sentido o que fazemos? Se reservássemos uns instantes para “balanço”, que saldo positivo verificaríamos? Estamos a atender o que é prioritário e se enriquece à medida que a vida desliza ao longo dos anos?

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