sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Como criar a autêntica solidariedade no seu sentido mais pleno?



SER CRISTÃO NA VIDA PÚBLICA
Georgino Rocha

A afirmação parece redundante. Toda a pessoa é relação. A sociedade nasce dos laços de relacionamento entre os cidadãos. Os cristãos são cidadãos de “corpo inteiro”. Tudo o que é humano lhes diz respeito. Nada acontece que esteja fora dos espaços de vida. Também públicos: na sociedade, na política, na educação, na economia, na cultura, na religião.
Esta realidade interpela-nos fortemente: Como superar a ética individualista e vencer a indiferença em que tantos humanos dão sinais claros de viver? Como lançar pontes de contacto e fomentar laços de união, reforçando a natural sociabilidade e criando a autêntica solidariedade no seu sentido mais pleno? Como ajudar tantas pessoas a libertarem-se da indolência face às mudanças em curso; ou com manifesta inércia e preguiça face ao bem de todos, o bem comum? Como passar de ideias generosas e conselhos ponderados a atitudes éticas coerentes?

POESIA PARA ESTE TEMPO



No caderno Economia do EXPRESSO

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

REDISTRIBUIR RIQUEZA PARA GARANTIR A PAZ





O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Alfredo Bruto da Costa, reconduzido no cargo pela Conferência Episcopal Portuguesa, considera que o apelo à emigração feito pelo Governo aos desempregados “é uma estratégia de quem desistiu e declara a sua derrota”. O responsável, convidado pela Agência ECCLESIA a analisar alguns passos da mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz de 2012, considera que a ação do Executivo se opõe à “redistribuição da riqueza” defendida pelo Papa, ao não taxar todos os rendimentos.
O especialista em questões de pobreza diz também que o Governo, mesmo que queira, pouco pode fazer para adequar as suas políticas à Doutrina Social da Igreja enquanto o lucro for o objetivo principal da economia mundial.
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PEDRO MEXIA "SEGUE COM MUITA ESPERANÇA" OS PASSOS DADOS PELA PASTORAL DA CULTURA



O escritor Pedro Mexia considera que a Pastoral da Cultura da Igreja Católica em Portugal tem boas perspetivas de futuro, depois de anos em que «o empenho cultural foi dado como perdido ou inútil» desde que «a sociedade se laicizou».
«Não tem de ser assim», como Bento XVI tem mostrado: «Ganhou-se uma consciência renovada, que está a dar alguns frutos», sublinhou o crítico literário, que esta sexta-feira apresentou em Lisboa o mais recente livro do padre José Tolentino Mendonça, “Pai-nosso que estais na terra”.
Como promover a relação da Igreja com a cultura? Recorrer a um «diálogo» que não seja apenas uma «junção de monólogos» mas um «dar e receber» e fazer com que a teologia «possa existir autonomamente no campo cultural».«Como católico tenho seguido com muita esperança os passos que têm sido dados» na Pastoral da Cultura. «Estou a sentir, nos últimos anos, o que não tinha sentido antes», acrescentou.
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Uma estória de Natal



Sem o pão da consoada 
Fernando Martins

A tarde de inverno, de nuvens carregadas a ameaçarem chuva, era propícia a recordações. À memória do Jorge Torpedo veio o filme de uma vida em bolandas, depois de se afastar da família por razões que nunca soube nem procurou explicar. Trabalhou nas marinhas do sal em Alcácer, foi estivador em Lisboa, tratou de animais num circo em Itália, labutou de sol a sol nas colheitas em França e Espanha e estava há uns anitos no Alentejo, numa herdade com horizontes a perder de vista. Ao seu redor e à sua guarda, gado e mais gado, tratores e outras máquinas agrícolas, que sabia manobrar e cuidar. Para o gado tinha atenções redobradas, não fosse aparecer por ali, como quem não quer a coisa, um qualquer ladrão, disposto, com a sua trupe, a carregar depressa qualquer animal que lhe surgisse mais à mão. 
Jorge Torpedo, conhecido pela sua força descomunal, de onde lhe veio o apelido, já conhecera muitos patrões, uns de encontros quase diários e outros de nome. Alguns foram suficientemente espertos para explorar a sua qualidade de homem valente, bem apoiado em músculos possantes que pareciam rebentar-lhe a camisa. Mas o Jorge não fazia gala da fama e do proveito da sua valentia, antes parecia e era pessoa capaz de se deixar vencer por uma qualquer ternura ou olhar amigo. Por índole, não fazia mal a uma mosca e nem sequer pressentia qualquer maldade nas pessoas com quem lidava e com quem se cruzava. 
Nesse dia de nuvens carregadas, caiu em nostalgias e pôs-se a rever a sua vida de saltimbanco, sem família próxima e sem amigos íntimos. Sonhava com mulher e filhos que nunca teve, com festas familiares da infância e juventude, com brincadeiras de escola e da rua, com carinhos que nunca experimentou. Agora, com outros colegas de camarata, qual deles o mais isolado e fugidio, o Torpedo por ali andava sem rumo que pudesse aliviar a solidão que o envolvia.

Poesia para este tempo: Poema inédito de Jorge Sousa Braga

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Das Boas Festas do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Concerto de Natal do Coral Juvenil da Gafanha da Nazaré




O Grupo Coral Juvenil da Paróquia da Gafanha da Nazaré convida toda a comunidade a assistir ao Concerto de Natal que irá ter lugar no próximo dia 22 de Dezembro (quinta-feira), pelas 21h00, na igreja matriz. Neste espetáculo serão apresentadas composições de âmbito religioso, natalício e, ainda, de música ligeira. Entrada livre.