segunda-feira, 7 de novembro de 2011

SEM-ABRIGO VAI MESMO PARA A CADEIA?

A Justiça vai julgar um sem-abrigo que foi apanhado a roubar uns chocolates num conhecido supermercado. O segurança conseguiu reaver os chocolates, mas nem assim o sem-abrigo pode livrar-se da tentativa de furto. Anda a monte, mas não escapará, porque a nossa Justiça tem a noção dos seus deveres.
É claro que roubo é roubo e, portanto, ninguém pode ficar acima da lei. De certeza que o homem sabe disso, mas a fome talvez o tivesse levado a cometer o crime.
Também é claro que a nossa Justiça tem algumas singularidades. Se em vez do sem-abrigo fosse um indivíduo com dinheiro, jamais haveria julgamento e muito menos cadeia. Bons advogados, recursos em cima de recursos, requerimentos e mais requerimentos, e entretanto o caso prescreveria. Mas como é um sem-abrigo, sem cheta para pagar a um bom causídico, arrisca-se a malhar com os ossos na cadeia. Se calhar é mesmo isso o que ele quer neste momento. Ao menos fica uns dias com tacho garantido.
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A TROIKA JÁ ESTÁ POR CÁ...

A Troika aí está para mais uma avaliação ao trabalho dos nossos políticos. Decerto já ouviu falar que está a ser debatida, entre o Governo e o PS, a hipótese de aos funcionários públicos e aposentados desta área apenas se cortar um subsídio. Tudo, pensa-se, já estará agendado, conforme disse o Prof. Marcelo, mas com a Troika a decisão não será assim tão linear. É ela quem manda nesta fase do campeonato, quer queiramos quer não.
Uma vez que não nos soubemos governar, por ignorância ou incompetência, então teremos de obedecer a quem devemos o dinheiro que gastámos ou esbanjámos, como meninos que nunca se entenderam com mealheiros. Falamos muito, mas a Troika já saberá o que fazer, quando chegar a hora de nos deixar por aqui a sonhar com menos cortes...
Temos de nos convencer que os senhores dos créditos estão mais preocupados em receber o seu dinheirinho do que em evitar cortes salariais aos funcionários públicos e aposentados. E se começarmos a protestar muito, já sabemos qual vai ser a sua reação, que será a mesma que usaram na Grécia: a porta está aberta para quem quiser sair do EURO.

O QUE É MAIS IMPORTANTE NA RELAÇÃO DA IGREJA COM A CULTURA?





Alice Vieira: Pastoral da Cultura usa «linguagem nem sempre acessível a todos». «Penso que a Pastoral da Cultura está com muita força e a fazer um bom trabalho mas por vezes usa uma linguagem nem sempre acessível a todos. Temos de pensar que há muitas camadas diferenciadas de pessoas, pelo que é importante chegar a todas e que todas cheguem a nós, sem afastar ninguém.» 

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PÚBLICO de hoje: Coroa de Nossa Senhora de Fátima

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domingo, 6 de novembro de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 262


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 45 



SALTANDO DO SELIM COM RITMO 

Caríssima/o: 

Vem do lado do Forte; boa velocidade! 
Quase se não senta! Mal toca no selim! 
Pedala furiosamente! 
E afogueado, vermelho. 
Parece que está a participar na volta a Ílhavo! 
Até, se não me engano, há lágrimas nos seus olhos! 
Mas continua a pedalar. 
E ele que é tão folgazão, nem adeus diz, nem acena! 
Lá vai na sua corrida desenfreada, furiosa. 

O amigo que me faz companhia sentado no muro das Portas d'Água também estranhou: 
- Não, ali há coisa! Deve ter feito alguma aposta! 
É que o nosso homem já nem se via. 

No dia seguinte, a cena repetiu-se. Mas agora dava duas-três pedaladas, levantava-se, ... ia rolando a aproveitar o balanço e... lá se sentava.... Para logo a seguir, duas-três pedaladas, levantar... 
Seguiu até ao Forte. Passado algum tempo, retornou e a cena repetia-se: duas-três pedaladas, levantar, rolar... e sentar. 
Passou por nós sem olhar, com as lágrimas a correr pela face e a ... rugir. 

Mau! Aguçou-nos a curiosidade, mas ninguém teve coragem para se meter com ele. 
Pelo contrário, a chacota era dominante e, ganhando-lhe o jeito, uma-duas-três pedaladas, levantar, rolar e voltar a sentar! 

Andávamos nisto com gosto e sonoras gargalhadas, que o jogo prometia, quando passou a alta velocidade e, lançando um urro, nos atirou: 
- O que vos falta é o ... furúnculo, seus garotos! 

Manuel         

Uma reflexão para este domingo



VIGILANTES E ACTIVOS
Georgino Rocha


Insensatas, umas, e prudentes, outras. Assim se divide o grupo das jovens que aguardam a chegada do noivo da amiga. Néscias, umas e sábias, outras. Qual o critério para esta distinção, se o grupo todo se diverte durante o tempo da espera, se está apetrechado com as lanternas para iluminarem o cortejo nupcial, se escuta o mesmo anúncio, sente o correspondente apelo e entra num mesmo corrupio: “Eis que chega o noivo, ide ao seu encontro”?
Jesus, o autor das parábolas agrupadas numa só pela comunidade de Mateus por razões que têm a ver com a compreensão da última vinda do Senhor, quer dar uma resposta clara aos discípulos preocupados com a chegada do reino dos Céus e com os sinais que a manifestam. E a resposta começa assim: “Cuidado, para que ninguém vos engane” e prolonga-se por uma série de ensinamentos apresentados em parábolas, sentenças, recomendações. O cenário, onde esta “catequese” ocorre é o Monte das Oliveiras que, segundo a tradição, seria o espaço assinalado para esse derradeiro acontecimento. Aqui tem início, pouco tempo depois, o drama da paixão que leva Jesus à morte e à ressurreição.