domingo, 16 de outubro de 2011

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 259

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 42 



PADEIROS E CARTEIROS 

Caríssima/o: 

A imagem de hoje fala por si. 
Convicto estou que os ciclistas da actual geração não experimentam (não podem...) o sabor a pão fresco que as nossas papilas gulosa e enganadoramente nos trazem à boca. 
Os padeiros e as padeiras, manhã cedo, pedalavam pressurosos para venderem o pão do almoço dos trabalhadores... e muitas vezes, a fiado! Se cheirava! 
Nesses tempos, como as estações do ano eram marcadas por flores e frutos, com os seus odores e sabores, assim também várias actividades nos brindavam com cheiros e paladares que nos regalavam... Tal e qual: o pão fresco do padeiro! 

Há dias em conversa amena recordaram-se estas bicicletas e um nome veio à baila: o Dionísio Padeiro. Alguém dirá melhor que eu mas a forma física obtida a pedalar raivosamente a bicicleta e o cesto permitiram-lhe competir nas corridas oficiais da época.

sábado, 15 de outubro de 2011

Um poema para este sábado






Meditação sobre os poderes


Rubricavam os decretos, as folhas tristes 
sobre a mesa dos seus poderes efémeros.
Queriam ser reis, czares, tantas coisas, 
e rodeavam-se de pequenos corvos, 
palradores e reverentes, dos que repetem: 
és grande, ninguém te iguala, ninguém. 
Repartiam entre si os tesouros e as dádivas, 
murmurando forjadas confidências, 
não amando ninguém, nada respeitando. 
Encantavam-se com o eco liquefeito 
das suas vozes comandando, decretando. 
Banqueteavam-se com a pequenez 
de tudo quanto julgavam ser grande, 
com os quadros, com o fulgor novo-rico 
das vénias e dos protocolos. Vinha a morte 
e mostrava-lhes como tudo é fugaz 
quando, humanamente, se está de passagem, 
corpo em trânsito para lado nenhum.
Acabaram sempre a chorar sobre a miséria 
dos seus títulos afundados na terra lamacenta.
José Jorge Letria, in "Quem com Ferro Ama"
Sugestão do caderno de ECONOMIA do EXPRESSO

O ensino primário foi promulgado no século XIX


Uma história singular
Maria Donzília Almeida


O ensino primário, obrigatório, foi promulgado, no século XIX, mais precisamente, no dia 7 de Setembro de 1835. Por curiosidade, dei-me ao trabalho de analisar o Decreto do Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino: determina as matérias a serem ensinadas na Instrução Primária; estabelece que a instrução primária é gratuita para todos os cidadãos em escolas públicas; incumbe às Câmaras Municipais e aos párocos empregar todos os meios prudentes de modo a persuadir ao cumprimento desta obrigação, junto dos pais. 
A partir daí, foram-se sucedendo os decretos e Cartas de Lei, que regulamentavam a institucionalização e obrigatoriedade do Ensino Primário. Dessa legislação emitida pelo governo, saltou-me à vista pelo insólito do texto, o Decreto do Governo de 28 de Setembro de 1884, que passo a transcrever: Os que faltarem a este dever, (Ensino Primário Obrigatório) serão avisados, intimidados, repreendidos e por último multados em 500 até 1000 reis; serão preferidos para o recrutamento do exército e da armada os indivíduos que não souberem ler nem escrever; serão criadas escolas especiais para meninas e definidos os objectos de ensino. Se por um lado se fazia o apelo ao cumprimento da escolaridade obrigatória, surge como algo paradoxal, a preferência para a defesa do estado, de indivíduos analfabetos! O poder legislativo, desde, há séculos, que se baseia na incongruência e omissão.

Sem Jesus Cristo a História seria diferente



DE JESUS A JESUS CRISTO
Anselmo Borges


Realizou-se nos dias 8 e 9 deste mês, em Valadares, Seminário da Boa Nova, com mais de duzentos participantes, um Colóquio internacional, subordinado ao tema: "Quem foi (é) Jesus Cristo?"
Jesus Cristo está na base da maior religião: mais de dois mil milhões de seres humanos espalhados pelo mundo reclamam-se hoje da fé nele e dizem-se cristãos. A sua figura foi de tal modo determinante que a História se dividiu em antes e depois de Cristo. Ninguém tem dúvidas de que sem ele a História seria diferente.
No entanto, viveu num recanto do Império Romano e a sua intervenção pública pode não ter chegado a dois anos. Morreu como blasfemo religioso e subversivo social e político. Uma coligação de interesses religiosos e políticos de Jerusalém e Roma condenou-o à morte e morte de cruz, própria dos escravos.
Com essa morte ignominiosa, deveria ter sido o fim. O que se passou, para que, pouco depois, tivesse começado em seu nome um movimento que transformou o mundo e que chegou até nós? Após a dispersão, os discípulos voltaram a reunir-se, afirmando que ele está vivo em Deus.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Políticos no banco dos réus

O Padre Agostinho Jardim Moreira, presidente da EAPN Portugal - Rede Europeia Anti-Pobreza, afirmou que "É preciso responsabilizar neste país os que fizeram atos criminosos na administração pública". Pois é. Se calhar a maioria dos responsáveis pelos governos do pós-25 de Abril, e mesmo antes, teria de se sentar no banco dos réus.

Avenidas da Gafanha da Nazaré





Fernão de Magalhães empreendeu 
a primeira viagem 
de circum-navegação por mar 



A Avenida Fernão de Magalhães está situada no lugar da Praia de Barra, Gafanha da Nazaré. Estende-se desde a antiga ponte de madeira até ao Farol, em linha reta. É a principal avenida da Praia da Barra. Sendo civilmente da Gafanha da Nazaré, pertence, contudo, à paróquia da Sagrada Família. A Praia da Barra foi denominada nos seus princípios por Lugar do Farol, como o atesta o registo do primeiro óbito da então criada freguesia e paróquia da Gafanha da Nazaré, que reza assim: «Neste dia, 7 de maio de 1911, às dez horas da noite, faleceu numa casa do “Pharol da Barra”, Joaquim Francisco Gafanhão, de cinquenta anos, pescador e casado com Maria de Jesus, o qual recebeu os “sacramentos da Santa Madre Igreja”, natural desta freguesia. Era filho legítimo de António Francisco Gafanhão e de Ana de Jesus, jornaleiros, naturais desta freguesia, e não fez testamento. Deixa filhos menores e foi sepultado no cemitério público da vila e freguesia de Ílhavo.»

Isabel Jonet: Famílias já não têm onde cortar



A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, considerou hoje que as medidas apresentadas pelo Governo são «muito duras» e particularmente gravosas para as famílias que já não têm onde cortar. «Estas medidas seriam expectáveis, em função do que foi anteriormente divulgado, mas para a população com orçamentos mais baixos são muito duras e essa dureza é tanto maior quanto essas pessoas vivem com orçamentos muito reduzidos, sem folga para mais reduções», afirmou.

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