sábado, 17 de setembro de 2011

Direitos dos animais: tema para refletir...




DIREITOS DOS ANIMAIS?

Anselmo Borges

Sobre esta questão complexa, existem três posições filosófico-jurídicas fundamentais. No Ocidente, predomina a concepção chamada kantiana, que só reconhece direitos às pessoas. Nas últimas décadas, o movimento animalista vem defendendo a tese de que há animais não humanos que são pessoas. A terceira proposta é a de um modelo de sociedade na qual se reconhece a dignidade dos humanos, mas tem em atenção o valor dos animais.
1 Na concepção predominante, só a pessoa humana é sujeito de direitos. A dignidade da pessoa humana é o fundamento dos direitos humanos. Mas significa isso que os animais devam ser remetidos para o domínio das coisas? O constitucionalista J. Gomes Canotilho pergunta justamente, numa obra colectiva sobre os desafios para a Igreja de Bento XVI, se precisamente um desses desafios não é desenvolver uma ecologia em que "as diferenças entre 'algo e alguém' não remetam para o domínio das coisas a problemática humana dos outros seres vivos da Terra".

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Política em Portugal

No i de hoje
"O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje em Paris que a situação da Madeira configura "uma irregularidade grave", afirmando que o executivo já está a elaborar legislação para que tal não se repita."
Em Portugal muito se brinca a nível da política. E o problema, que é grave, está, fundamentalmente, na falta de coragem dos chefes máximos em pôr na ordem quem prevarica. Não há Presidente da República, Primeiro-ministro, ministros, Tribunais, Parlamento... Ninguém é capaz de impor respeito neste país. 

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Outra vez as minhas férias

As crises e as limitações normais de idade e outras só me permitiram ficar pela Figueira da Foz. Já não foi nada mau!
Tantos outros ficaram pelos horizontes do dia a dia. Aqui ficam três imagens dessas férias, apesar de tudo muito boas.



Figueira vista do cimo da Serra da Boa Viagem, com areal à vista



Farol do Mondego, mais antigo do que o de Aveiro. Tem data de 1858



A energia eólica a implantar-se na Serra da Boa Viagem

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Há doentes e idosos à espera da nossa visita

Visitar doentes: 
maneira de santificar o domingo 



Rosa Lé, viúva de João Vilarinho das Neves, é visitadora de doentes na nossa paróquia. Oficialmente começou há cerca de um ano, quando respondeu ao apelo do Prior da Gafanha da Nazaré, Padre Francisco Melo, dirigido a todos os que se sentissem vocacionados para o serviço de apoio aos idosos e doente. Mas Rosa Lé já tinha, desde muito nova, a experiência de visitar os doentes, sobretudo na Marinha Velha, lugar onde nasceu e com o qual mais se identifica por conhecer toda a gente. 

Quando menina acompanhava regularmente sua mãe, Custódia Lé, nessa missão de caridade e de apoio a quem sofre, na companhia de Maria da Luz Bola. Aconteceu isto na década de 50 do século passado. E Rosa Lé recorda-nos esses tempos de «muita pobreza», o que levava sua mãe com a referida vizinha a desenvolverem iniciativas de ajuda às famílias encontradas em situação precária, ao mesmo tempo que solicitavam a cooperação da comunidade.

Partilhar saber é partilhar vida



De professores de disciplinas 
a educadores e mestres de vida

António Marcelino

Participei, com muito proveito, num seminário orientado para a formação de professores das escolas católicas, sem outro interesse que a sua qualificação de educadores cristãos. Mais de duzentos, vindos de todo o país, participando livremente e preocupados em somar créditos, não para si, mas para os seus alunos. Os orientadores eram leigos, vindos de Espanha, professores investigadores, que, neste Verão, como já o fizeram em anos anteriores, ele acabava de chegar da Guatemala e ela dos Camarões. Viagens à sua custa, trabalho totalmente gratuito para ajudarem a qualificar as escolas, por rudimentares que fossem, e a formação dos seus docentes. Também este testemunho qualifica o seu trabalho.

O amor é sobretudo milagre da comunhão


Abraçados podemos voar

José Tolentino Mendonça

Para a Elodie e o Marco Miranda


Tenho tido nestes anos, como padre, a gratíssima alegria de casar dezenas de amigos. Sei por eles, e da forma mais pura, a verdade daquele verso de Dante que diz: «o amor move o sol e as outras estrelas». Ao olhar para o interior das suas vidas, para dentro dos seus sonhos e até dos seus temores é esse incomparável mistério que se deteta: o modo como o amor, como a frágil força do amor é capaz de mover, de transfigurar e de unir, até ao fim, cada fragmento do corpo e cada filamento da alma.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

FUTEBOL ATÉ ENJOAR

"NADA. ESTÁ SÓ A FALAR"
A história é conhecida. Ante alguém que falava muito e depressa, outro perguntou: “O que está ele a dizer?”- “Nada. Está só a falar!”. Hoje a televisão está cheia de gente que só fala. De futebol até enjoar, de política de igual modo, e de nada, em muitas horas e em todos os canais. Naturalmente é isto o “serviço público” entendido por públicos e privados. Fora disto, há programas em que se vêm ou se ouvem com gosto, mas para logo esquecer. O bom que faz bem e perdura chega, muitas vezes, fora de horas para gente que trabalha.
Assim se acumula o défice cultural. Mesmo quando são programas para divertir, e abundam neste sentido, podia-se também instruir e formar. Se não se forma o sentido crítico e a capacidade de discernir, se não se abrem horizontes de saber, é tudo emoção para logo deitar fora. Programas onde se testa a cultura geral e a informação, frequentemente são, pelos intervenientes, uma verdadeira lástima.
Os minutos de televisão custam milhares.
Mereciam melhor aproveitamento. Será isso o que interessa ao Estado e aos privados, nivelar por baixo, porque é assim que as audiências crescem?
António Marcelino