domingo, 4 de setembro de 2011

GAFANHA DA NAZARÉ: Festas da Senhora dos Navegantes




A tradição continua a cumprir-se

Como manda a tradição, vão realizar-se, na Gafanha da Nazaré, as festas em honra da Senhora dos Navegantes, com romaria e procissão pela Ria de Aveiro, no próximo dia 18 de setembro. Diz a mesma tradição que Nossa Senhora dos Navegantes, venerada na sua capelinha do Forte da Barra, é muito da devoção dos nossos marítimos, a quem rogavam ajuda nas horas difíceis, em mares alterosos.
Estas festas foram acompanhando os tempos, até se tornarem mais conhecidas, muito para além das gentes do mar, sobretudo quando, por iniciativa do Padre Miguel Lencastre, foi implementada a procissão pela ria, desde o porto de pesca longínqua, na Cale da Vila, até ao Forte da Barra.
A procissão inicia-se pelas 14 horas a partir do Stella Maris, em direção ao cais n.º 3, onde começará o desfile pela ria. Incorporam-se as imagens de Nossa Senhora, a Filarmónica Gafanhense, barcos moliceiros com grupos folclóricos convidados, barcos saleiros e mercantéis, que transportarão pessoas devidamente autorizadas. Ainda participam barcos de recreio e outros, com os seus proprietários, familiares e amigos. No percurso, é marco importante a passagem por S. Jacinto, cujas populações testemunharão o carinho que nutrem pela Senhora dos Navegantes.
Pelas 16.30 horas será o desembarque no Forte da Barra, seguindo-se a celebração da eucaristia, acompanhada por grupos folclóricos. No final, atuará a Filarmónica Gafanhense, após o que terá início o Festival de Folclore, com a participação da Associação Cultural e Recreativa do Mindelo, do Rancho Folclórico “Os Pastores de S. Romão, Seia, e do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que organizou, com a paróquia, esta festa dedicada à Senhora dos Navegantes.


Uma reflexão para este domingo




O PERDÃO DAS OFENSAS, 
ATITUDE SUBLIME
Georgino Rocha

O agir humano é o nosso espelho mais polido, reflectindo capacidades e limitações. Sobretudo na relação com os outros, fora da qual perde vigor e acaba por se esvaziar a humanidade que nos qualifica. Surge então a desconsideração do outro como pessoa, em gestos e palavras, que traduzem sentimentos negativos, de distanciamento, de crítica amarga e ostensiva, de ofensa infundada.
Como refazer a relação de modo integral? Só a resposta positiva, ainda que penosa, nos repõe a dignidade ferida, supera o fosso aberto, vence as distâncias criadas. Outras atitudes mantêm e podem agudizar o sentimento negativo e ser tolerante passivo, agravar a emoção sentida e alimentada, pagar na mesma “moeda”, retaliar com vingança, excluir o indesejado do círculo de relações, deixar “cair os braços” e esperar que uma crosta se imponha e gere a indiferença. Ou pura e simplesmente, recorrer ao tribunal civil que, apesar da sua nobre função, não resolve questões de consciência.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 253

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 36 




LEVAR O ALMOÇO AOS TRABALHADORES 

Caríssima/o:

Em tempo de férias (que se estendiam por todo o mês de Setembro!...) era costume ir levar o almoço a meu Pai que trabalhava nos Estaleiros Mónica. Lá ia na “chafarica”, procurando que o tacho da comida não se virasse... Mais aventuras, menos aventuras, não há muito que contar. Mas uma vez... uf!, não sei como foi, mas a roda da frente encravou-se e eu comecei a sentir-me ser levado do chão... ia a levantar voo. Com o pino completo, a roda de trás iniciou a descida e, num já, bateu na estrada. Desta estava eu safo! Mas... e o tacho?! 
Fui verificar: tudo bem acomodado. 
Limpei o suor e... retomou-se a pedalada a um ritmo mais suave.

Agora aventura a sério... vejam o que aconteceu ao António Cícero:

“SALVO POR UM ANJO 

Um grande susto que passei, foi quando eu ainda pequeno com talvez sete anos de idade. 
Eu ia levar almoço para o meu pai, que estava no roçado. E lá no sítio, os pequenos criadores e até grandes fazendeiros, sempre deixam a boiada solta, para aproveitar o pasto das margens das estradas e capoeiras. E naquele determinado dia, quando eu passava bem próximo a uma daquelas boiadas, como eu vestia uma camisa vermelha, um daqueles maiores bois, se enfureceu muito comigo. "Dizem o pessoal na região, que o gado, não gosta da cor vermelha". 
E quando eu vi o animal vindo correndo na minha direção, cavando a areia fofa e branca da estrada e jogando sobre o lombo, urrando forte e babando, resolvi correr. Mas lá existem os gados ensinados, no tocante a determinados modos de locomoção da boiada. Em um destes casos, os vaqueiros montados sobre seus cavalos ou mesmo a pé, dependendo da distância da locomoção, correm a frente da boiada e são em seguida, acompanhados pelos mesmos. 

sábado, 3 de setembro de 2011

Da sacristia ao púlpito dos jornais. Um raio X à imprensa católica portuguesa

No jornal i, de hoje

«A Igreja tem uma presença esmagadora na imprensa regional, mas os jornais estão envelhecidos e sobrevivem com anúncios institucionais e de necrologia

Quer se goste quer não, a história da imprensa regional portuguesa é feita da imprensa de inspiração cristã. E quer se goste quer não, boa parte dos jornais regionais ainda pertencem à Igreja. Existem em todos os distritos e na maioria têm audiências elevadas. Em 2008, o "Anuário Católico" dava conta de que a Igreja detinha cerca de 800 títulos - entre jornais, revistas e boletins paroquiais. Semanários de expansão regional existem 17, espalhados pelo país: é o sonho de qualquer grupo de media.»


Ler mais aqui

S. Tomé: bom exemplo da Donzília Almeida















Há muito que Maria Donzília, docente na Escola Básica 2.º e 3.º Ciclos da Gafanha da Encarnação, com o dom da escrita e da partilha, colabora neste meu blogue, com a regularidade possível. Professora dedicada à escola e aos seus alunos, neste meu espaço tem mostrado as suas preocupações e emoções, sobre os caminhos desejáveis das pedagogias.
Quando soube que iria a S. Tomé, logo a desafiei a partilha com os nossos leitores algo dessa viagem. Foi o que fez. Aqui e agora quero agradecer-lhe a sua disponibilidade, na certeza de que as lições, porque de lições realmente se tratou, hão de continuar, na próxima oportunidade.

O homem religioso faz a experiência do Sagrado



Que se entende por religião?
Anselmo Borges

Quando se fala em religião em sentido estrito, é necessário começar por distinguir um duplo pólo: a religião refere-se ao pólo subjectivo, isto é, ao movimento de transcendimento e entrega confiada a uma realidade sagrada, que é o pólo objectivo - o Sagrado ou Mistério. O religioso diferencia-se, pois, do profano, já que indica o modo concreto e peculiar de assumir a existência na perspectiva do Sagrado. Todas as religiões têm em comum o facto de estarem referidas a um âmbito de realidade que é o Sagrado, e são um sistema organizado de mediações - crenças, práticas, símbolos, lugares... - nas quais o Homem religioso exprime o seu reconhecimento, adoração, entrega à Transcendência enquanto fonte de sentido e salvação.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Gafanha da Nazaré mais apetecível

Gosto de sentir que, entre gafanhões, há muitas ideias sobre a Gafanha da Nazaré, no sentido de a tornar mais apetecível para viver e usufruir. Ainda bem. Nas conversas informais, onde quer que estejamos, há sempre quem adiante sugestões interessantes que, se levadas a cabo, seriam uma mais-valia para o desenvolvimento de muitos setores. A Gafanha da Nazaré tem diversas instituições que nasceram graças à visão de muitos conterrâneos nossos, quer de âmbito cultura e social, desportivo e religioso, académico e profissional, mas também económico e recreativo. Contudo, algumas delas raramente recebem por parte das pessoas um apoio declarado, uma atenção interessada ou um simples olhar de simpatia. Acho, portanto, que temos de estar mais atentos ao que é nosso.