quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ela foi uma Grande Companheira



Conheci-a em fins de 1961. Tinha um aspecto de disponibilidade, mas a sua manutenção tornava-se muito cara. E eu já tinha esposa e um filho, e estes estavam em primeiro lugar. Namorei-a durante algum tempo, e, aconselhado por um amigo lá me decidi. Estávamos próximo a embarcar para o Ultramar e era a altura. Ou agora ou nunca. Quando embarcámos levei-a comigo e daí em diante nunca mais a deixei e ela também sempre me acompanhou, por aquele maldito mato, em operações diurnas e até nocturnas.

António dos Santos Rocha, um ilustre figueirense




António dos Santos Rocha (1853 - 1910) foi um figueirense ilustre que em tudo dignificou a sua terra. Assim se lê no monumento que em sua honra foi construído em MCMLIII, junto ao Museu Municipal que o tem como patrono. Celebrou-se desta forma o centenário do seu nascimento. Em letras gravadas, pode ler-se que Santos Rocha foi um eminente arqueólogo e pré-historiador, bem como fundador do referido museu. Também se lê que foi um notável jurisconsulto, historiógrafo, e presidente do município. Numa placa ao lado do monumento ainda se vê que os maçónicos o homenagearam no centenário da sua morte, em 28 de março de 2010.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Leituras em agosto

"Encontros Marcados": 
o mais recente livro de Gonçalo Cadilhe




Todas as boas leituras servem para qualquer época do ano. Mas temos de convir que as leituras de viagens casam melhor, a meu ver, com períodos de férias. Talvez porque podemos seguir, sem grandes custos, viagens virtuais que alimentam sonhos e enriquecem a nossa imaginação. Em agosto, entre outras leituras, li o mais recente livro de Gonçalo Cadilhe, "Encontros Marcados". Gonçalo Cadilhe é natural da Figueira da Foz, sendo hoje um viajante profissional, com muitos textos e livros publicados, relatando, através de uma escrita que denota grande sensibilidade e profundos conhecimentos captados, bem apoiados numa cultura geral muito completa. O autor revela-nos que "viajar serve para encontrar o que não se procura", enquanto nas suas andanças nos recorda factos históricos, nos apresenta gentes e paisagens exóticas, nos conduz até civilizações estranhas. Gonçalo Cadilhe colabora no Expresso, na Visão e noutras publicações. Em alguns livros de viagens dá-nos conta da volta a mundo sem aviões, da rota de Fernão de Magalhães, entre outras, garantindo que a sua viagem preferida será a "próxima". Na badana da capa lê-se: "Neste livro, Gonçalo Cadilhe repercorre lugares, livros, filmes, canções, pessoas e momentos que fizeram dele o ser humano - e o viajante - que é hoje. Um livro pessoal, inspirador e indispensável para todos os que gostam de viajar - pelo mundo e dentro de si próprios." 

Donzília Almeida em S. Tomé

Mais um pouco de história, com oportunidade





A flora aqui é riquíssima. Encontrei espécies botânicas, completamente desconhecidas para mim. É notória a abundância de frutos, com que a natureza presenteou esta terra e estas gentes. Ao nível das infraestruturas sociais, saúde, educação e abastecimento de água e eletricidade, ainda há muito por fazer! É um país africano com as características de muitos outros. Só de referir que, à noite, as ruas estão quase às escuras, só havendo luz nos resorts e sua proximidade. A influência dos Portugueses ainda se faz sentir, sobretudo nos edifícios urbanos e... na nossa querida língua portuguesa! O povo é afável, mas muito pobre. O turismo veio dar movimento e vida a estas paragens e sobretudo trouxe muitos postos de trabalho a esta gente. O clima é quente, mas não exageradamente, e a água do mar faz inveja às temperaturas gélidas do mar que banha as nossas costas, exceto a algarvias. S.Tomé está rodeado por mar em toda a sua extensão, mar esse onde aparecem rochas pretas como breu, que me parecem de origem vulcânica. À mistura com a areia da praia, aparecem conchas de várias formas que fazem as delícias dos turistas. Eu também fiz a minha colheita! Os nativos mergulham para capturar as conchas maiores e mais bonitas, que depois vendem aos turistas. Têm que fazer pela vida! 

 Maria Donzília Almeida 

Edição com dificuldades

Os meus habituais leitores e amigos devem ter verificado que tem havido algumas anomalias na edição das mensagens. A adesão às novas tecnologias, neste caso ao iPad, obriga sempre a um período de adaptação. Espero melhorar, dia após dia, até chegar a um trabalho razoável. Peço desculpa pelos incómodos provocados. Obrigado. Fernando Martins - Posted using BlogPress from my iPad

S. Tomé: Uma aventura em África

Um texto de Maria Donzília Almeida



O primeiro contacto com a ilha, na tarde de 20 de Julho, evocou, em nós, a memória de João de Santarém e Pedro Escobar, quando em 1460, desembarcaram em S. Tomé! No século XXI, também estávamos à descoberta de uma terra desconhecida! O meio que nos levou à ilha, não foi a caravela do tempo das Descobertas, nem uma qualquer piroga que viemos depois a observar no imenso mar que abraça a ilha. Desde o tempo dos marinheiros portugueses, houve grande evolução da ciência e tecnologia, pelo que as distâncias foram drasticamente encurtadas. Em poucas horas, as pessoas mudam-se de um continente para outro e as comunicações tornam-se mais fáceis. O cheiro da terra, o bafo quente da noite S. Tomense, trouxeram, bem nítida, a memória dos navegadores portugueses. Na época áurea dos Descobrimentos, no reinado de D. João II, os Portugueses alargaram o território, contribuindo para o engrandecimento da pátria. Devido à evolução natural das coisas, a História mudou de rumo e hoje, S. Tomé e Príncipe é um país independente, com uma jovem democracia.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

RTN: Festival do Bacalhau é "ponto de encontro" de amigos com a tradição

Texto da Rádio Terra Nova





«Milhares de pessoas passaram durante cinco dias pelo Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, em mais uma edição do Festival do Bacalhau. A noite de domingo, a última deste ano, terminou quando a chuva estava quase a chegar ao Jardim Oudinot. 
Para os milhares de visitantes deste certame cumpriu-se o ritual das provas de bacalhau, o interesse na animação musical e a observação do artesanato feito em Ílhavo e na região. Quem passou pelo Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, diz que encontrou o que procurava, qualidade. “Está bom, cinco estrelas. Venho todos os anos e a qualidade é boa. Venho pelos concertos e pelo prato de bacalhau”, dizia um dos frequentadores diários do espaço. A valorização do que é regional mereceu sinal de aprovação. “Venho a tudo. Moro aqui perto e gosto muito porque mostra o nosso artesanato e a nossa comida. Temos que mostrar as nossas coisas”, dizia uma senhora acompanhada de familiares e amigos.