quarta-feira, 13 de julho de 2011

ÍLHAVO: cidade há 21 anos





Hoje, 13 de julho, assinala-se o 21.º aniversário da elevação de Ílhavo a cidade, com um conjunto de ações centradas no programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico da Cidade, que está em execução. A sessão evocativa terá lugar, pelas 19 horas, no edifício da Escola n.º1 de Ílhavo (Rua Ferreira Gordo), na qual será feita a visita ao edifício e a apresentação pública do projeto da “Casa da Música de Ílhavo”, conforme anuncia a câmara municipal.

***

É sempre salutar celebrar datas marcantes, não apenas para chamar a atenção dos mais distraídos para factos históricos, mas também para anunciar caminhos do futuro.
Quando se fala na extinção de autarquias, câmaras e juntas de freguesia, por imposição da troika e por imperativo de altos interesses do país, é bom que tomemos consciências de que há casos e casos. Realmente, há autarquias que talvez não tenham razão de existir, por força da desertificação de algumas regiões. Face a essa realidade, que é bem visível, creio que não podemos nem devemos cair na tentação de meter a cabeça debaixo da areia. Nessa linha, não creio que o concelho de Ílhavo, câmara e suas quatro freguesias, esteja na situação-limite de sofrer as consequências do corte em estudo. De qualquer forma, entendo que devemos estar atentos, tendo em vista a defesa dos nossos legítimos interesses.

FM

Poesia para começar o dia



Oração para o tempo de férias

Senhor, seja este o tempo
de nos relançarmos em aliança mais pura com o real
convictos daquilo que a hospitalidade
paciente e fraterna do mundo
em nós revela

Que saibamos apreciar a imediatez flagrante em que a vida se dá,
mas também as suas camadas profundas, escondidas, quase geológicas.
Que no instante e na duração saibamos escutar,
hoje e sempre,
o vivo, o desperto, o fremente
e o seu esperançoso trabalho.

Recebe, de nós,
a aurora e o verde azulado dos bosques.
Recebe o silêncio intacto dos espaços.
Recebe a música oceânica do vento.
Mas recebe igualmente a marcha desencontrada da história,
o desenho inacabado da nossa conversa terrena,
esta espécie de parto que,
entre dor e alegria,
nos une.

Sejam os nossos quotidianos gestos
mergulhados na vivacidade da troca,
abertos ao que de todos os pontos
da humanidade e do mundo converge,
impelido pelo teu Espírito.

Que a frágil chama de amor hoje acesa
Ilumine tudo por dentro:
desde o coração da menor partícula
à vastidão das leis mais universais.
E tão naturalmente invada
cada elemento, cada mola, cada liame,
florescendo e amadurecendo
toda a vida que em nós vai germinar.

José Tolentino Mendonça

Em Ecclesia

terça-feira, 12 de julho de 2011

RÁDIO TERRA NOVA: 25 anos de projetos e sonhos



Vasco Lagarto, a alma da Terra Nova

Tozé Bartolomeu, uma saudade 


A Rádio Terra Nova (RTN) celebra hoje as suas Bodas de Prata. São 25 anos ao serviço dos sem vez nem voz, os que nunca aparecem nos órgãos de comunicação social de amplitude nacional. Quem está atento minimamente à ação diária desta rádio com sede na Gafanha da Nazaré, sabe perfeitamente que é assim. E por força das novas tecnologias da informação, a Terra Nova pode ser ouvida e lida em todo o mundo, por emigrantes e não só. Nessa linha, torna próximos quantos têm raízes nestas terras beijadas pela Ria de Aveiro.

***

Recordo hoje, com alguma emoção, o dia 12 de julho de 1986. Havia no ar, há uns tempos, a febre das chamadas Rádios Piratas, e a Cooperativa Cultural da Gafanha da Nazaré até se tornara associada da Rádio Oceano, nascida em Aveiro. Numa assembleia-geral, quando o Vasco Lagarto anunciou essa posição da nossa cooperativa, eu próprio lancei o repto: E por que razão não avançamos nós para uma rádio na Gafanha da Nazaré? O Vasco sorriu e não adiantou grande conversa. Tempos depois, conhecedor profundo dessa área tecnológica, a rádio, sem nome, foi para o ar.
No dia 12 de Julho, fui alertado por um filho (estavam lá o Fernando e o Pedro, tendo sido a voz deste último a primeira a ouvir-se nas ondas hertzianas, com fonte na sede da Cooperativa Cultural) e corri para lá. Assisti a toda a azáfama, enquanto se diziam umas coisas e se punham no prato os LP, porque era preciso estar no ar.
Recordo que choveram alguns telefonemas. E no final da tarde, numa espécie de mesa-redonda, no improvisado estúdio, foi possível conversar, com algumas pessoas que entretanto chegaram, sobre a importância de uma rádio, ensaiando eu o lugar de entrevistador.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Grupo Columbófilo da Gafanha nasceu há 59 anos



Adelino Pina com filho de campeão

O pombo-correio dá-nos lições espantosas 
de resistência e do sentido de orientação

O Grupo Columbófilo da Gafanha (GCG) foi fundado em 1952. É, provavelmente, a mais antiga instituição criada na nossa terra. Tem uma longa história gerada à volta da paixão pelos pombos-correios, porém, pouco conhecida de muitos gafanhões. Imerecidamente, diga-se de passagem.
Adelino Pina, atual presidente da direção, defende como objetivos fundamentais para o desenvolvimento da columbofilia entre nós, mas não só, a obtenção de uma nova sede que garanta mais visibilidade e funcionalidade, mas ainda deseja a construção de um columbódromo, com finalidades pedagógicas. O GCG também deseja instalar um pombal numa Instituição particular de solidariedade social, preferencialmente com crianças portadoras de alguma deficiência, pois é conhecida a importância educativa no contato com animais. Para a concretização destes sonhos, que são pertinentes para o GCG, a associação regista o apoio da Câmara Municipal de Ílhavo, cujo presidente, Ribau Esteves, tem mantido um diálogo muito frutuoso com os dirigentes.

Oliveira com 2850 anos


A mais antiga árvore de Portugal é uma oliveira, com os seus 2850 anos de existência. É obra! Mora em Santa Iria de Azóia, Loures, e a sua idade foi cientificamente determinada. Já tem a certidão de nascimento, como convinha a quem gosta da verdade. Cá para mim, não hão de faltar turistas e outros curiosos para ver idosa com ganas de continuar entre nós, portugueses. As azeitonas lá estão a atestar o que digo Veja mais no EXPRESSO.

Dois campeões nacionais de atletismo são da Gafanha da Nazaré



Diana Hernandez e Ricardo Freitas 
vencem lançamento de peso e disco 


Realizaram-se, este fim-de-semana, na Pista do Estádio Universitário de Lisboa, os Campeonatos Nacionais de Juniores. Neste evento tomaram parte Diana Hernandez (da Barra ) e Ricardo Freitas (da Cale-da-Vila). Estes dois atletas do GRECAS (Vagos), não deixaram os seus créditos por mãos alheias. 
A Diana ganhou a prova do lançamento do peso e foi vice-campeã na de disco. Ricardo Freitas venceu a prova do lançamento do disco, seguindo as pisadas da sua tia, Teresa Machado, melhor lançadora portuguesa de todos os tempos. 
Estão assim de parabéns estes dois jovens lançadores gafanhões, já habituados a outros êxitos de igual valia. 
Neste momento de contida alegria, não pode ser ignorado o apoio dado pelas seguintes entidades: Administração do Porto de Aveiro, nas pessoas do Eng.º José Luís Cacho – presidente do Conselho de Administração – ao Eng.º Jorge Rua – Director de Gestão de Espaços e Ambiente –, bem como ao Eng.º Fernando Caçoilo – Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo – pelas facilidades concedidas para a preparação dos nossos atletas, que, embora não representando o clube da terra, por o Grupo Desportivo da Gafanha ainda não ter a Secção de Atletismo devidamente reestruturada, aqui nasceram e por cá continuam a viver e a treinar. 

Júlio Cirino

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