quarta-feira, 4 de maio de 2011

Progresso para promover a felicidade e a liberdade



O Portugal social

João Wengorovius Meneses


Se há um sentido para o progresso é o de promover a felicidade e a liberdade (em sentido amplo) de cada ser humano, sabendo que ambas são equações complexas, compostas por múltiplas variáveis. Genericamente, essas variáveis são: ter um emprego, alguma independência económica e acesso a bens e serviços; uma habitação condigna, numa envolvente aprazível e segura; gozar de saúde; ter acesso a educação, cultura e oportunidades de realização do talento e das competências; dispor de mobilidade física e social; pertencer a núcleos integradores, como a família, os amigos, ou a comunidade; contar com proteção social em caso de doença, velhice ou desemprego; dispor de liberdade de expressão, associação e voto; usufruir de um ambiente saudável; confiar nos outros, nas instituições e no futuro; viver num contexto de coesão social, ou seja, de baixas desigualdades; ter autoestima e autoconfiança; entre outras. Algumas destas variáveis dependem do sujeito, outras da família, outras da comunidade, outras do Estado, outras, ainda, de outras instâncias locais e globais.

Ler mais aqui

Ainda a liquidação de Bin Laden


1. Bin Laden foi o mentor da organização terrorista mais violenta de que há memória, com a agravante de agir em nome de Deus;

2. Por essa conduta, condenada por todo o mundo civilizado, impunha-se a sua captura, julgamento e condenação, à luz dos direitos humanos e da justiça internacional;

3. Os Estados Unidos da América, ao liderarem todo o processo de captura, pela lógica de ter sido o país mais sacrificado, devia agir em concordância com as leis internacionais, não podendo invadir o território de ninguém, sem autorização expressa, se é que o fez;

4. Face ao terrorista mais odiado dos nossos tempos, desarmado (como diz a comunicação social), devia prendê-lo para posterior julgamento, de acordo com as leis internacionais;

5. Como defensor do direito inalienável à vida, não posso condescender com a liquidação de um qualquer criminoso, por mais hediondo que ele seja, à queima-roupa e sem direito a defesa ou a arrependimento;

6. Agindo como agiram, as Forças Especiais da Marinha dos EUA limitaram-se a um comportamento semelhante ao dos  terroristas que perseguiam;

7. Como fui educado e formado nestes princípios da não-violência, onde o olho por olho e o dente por dente já não têm lugar numa civilização marcada pelo cristianismo, não podia ficar indiferente ao silêncio de tantos líderes religiosos, de tantos políticos humanistas e de tantos defensores da vida;

8. Decerto contra a corrente dos que aplaudem o que aconteceu, provavelmente gente que sofreu na pele o terror provocado por Bin Laden,  e solidarizando-me com a sua inegável  dor, aqui declaro que condeno abertamente o terrorismo, como condeno a justiça sem julgamento, muito menos a pena de morte.

Fernando Martins


terça-feira, 3 de maio de 2011

Sócrates esqueceu-se de novas desagradáveis

O primeiro-ministro falou e mostrou-se muito otimista. Deu algumas notícias agradáveis para alguns ficarem tranquilos. Até aí tudo bem. Mas esqueceu-se do pior, do desagradável. Isso ficará para a Troika, que também não deixará de dizer de sua justiça. Se nos vão emprestar 78 mil milhões de euros, a juros que ainda desconhecemos, os credores quererão  decerto aplicar a receita que acordaram com o Governo. A crua verdade do que está receitado ficará para mais tarde, que será por estes dias. O pior virá a seguir, quando eles se forem embora. Como gostamos pouco de dialogar e só falamos aos gritos, vai ser um bico-de-obra.

Figueira da Foz: Torre do Relógio

Torre do Relógio


A Torre do Relógio, mesmo ao lado da marginal, por onde caminham muitos que querem manter a saúde, foi construída «no  âmbito da regularização da costa norte da foz do Mondego, que criaria a longa (...) "Avenida Oliveira Salazar" (actual 25 de Abril), que se estende da esplanada do Forte de Santa Catarina até Buarcos», como se lê no livro "Figueira da Foz: Rotas do Concelho".
A Torre tem 20 metros e nela se instalaram serviços de sinalização marítima, cabinas sonoras e o relógio de grandes dimensões. Apesar das polémicas que a construção da Torre gerou, hoje é uma referência para quem chega à praia.

João Paulo II: Um homem inteiro foi beatificado




Morte e vida de Wojtyla

António Rego


Um homem inteiro foi beatificado. Metade do mundo reconheceu esse mérito na sua fé. Outra parte na sua dimensão de homem decisivo na evolução dum século

Não é fácil falar de João Paulo II após três dias de convívio próximo. Andou a nosso lado por toda a Roma, no meio de nós, na música, nas imagens, nos grandes momentos, nos cartazes, nas frases, no sorriso, no grande gesto, com uma intimidade fraterna sem qualquer véu de permeio. E na imaterialidade de quem partiu há pouco. Desde a cripta donde saiu a urna, à Basílica junto do túmulo de S. Pedro, à grande Praça e arredores apinhada de povo, solenidade e festa, vida, morte e "ressurreição" dum homem comum e invulgar a quem muito foi dado e aos poucos tudo foi tirado: a voz, o rosto, o gesto, a feição.
Despojado como um Job, humilhantemente exposto naquela janela do seu gabinete onde lançou bênçãos, palavras doces e amargas, sorrisos e pombas de paz. E onde não conseguiu pronunciar a última Mensagem Pascal. Antes, foi um gemido "urbi et orbi" prenúncio duma morte acompanhada no exterior pelos jovens que o visitaram quando ele já não podia chegar junto deles.

Gafanha da Nazaré: Beco da Faloca

Beco da Faloca

O Beco da Faloca começa na Rua Gago Coutinho, mas não tem saída. Com algumas moradias, termina em terras de cultivo.
O nome de batismo vem da Tia Faloca, que morava ali na esquina, à entrada. Era uma mulher forte, de bom trato e muito respeitada, que se impôs à consideração geral como encarregada da Seca do Cunha. Ficou na memória de muita gente e a homenagem que lhe prestaram, com o seu nome num Beco, é mais do que justa.

Prémio "Árvore da Vida" 2011 para Eurico Carrapatoso

Eurico Carrapatoso


O Júri do "Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes" deliberou, por unanimidade, atribui-lo, nesta que é a sua sétima edição, ao compositor Eurico Carrapatoso.
Eurico Carrapatoso nasceu no distrito de Bragança, em 1962. Iniciou os seus estudos musicais na década de oitenta, tendo sido aluno de José Luís Borges Coelho, Fernando Lapa, Cândido Lima, Constança Capdeville e, finalmente, de Jorge Peixinho, com quem concluiu, em 1993, o Curso Superior de Composição no Conservatório Nacional de Lisboa. Tem, desde então, desenvolvido ampla atividade no ensino e construído uma extraordinária obra no âmbito da criação musical, com trabalhos que vão da música orquestral, à música de câmara e coral, e que têm suscitado um justo reconhecimento, dentro e fora do país.

Ler mais aqui

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue

Arquivo do blogue