segunda-feira, 4 de abril de 2011

Deus não está unicamente para lá da fronteira do pensável


Creio num Deus que dança

José Tolentino Mendonça

Nietzsche deixou escrito, sublinhando bem a negativa, que não acreditaria num Deus que não dance. Muitas vezes, mesmo se colocado noutro ponto de vista, me apetece ajuntar: eu também. De facto, aquilo que parece ser apenas um severo emblema para a suspeita da não-existência de Deus, pode, ao contrário, tornar-se em proclamação crente da sua presença no tempo.
Acredito num Deus que dança: isto é, num Deus que não se isenta do devir, nem permanece neutral em relação às nossas histórias. Acredito num Deus imiscuído, engajado, detetável até pelo impreciso radar dos sentidos, suscetível de ser invocado pelos motores de busca das nossas persistentes interrogações ou do nosso silêncio. Deus não está unicamente para lá da fronteira do pensável e do dizível: está também aquém; nós vivemos no espanto interminável da sua presença; e as nossas palavras, por pobres que sejam, constituem pontes de corda lançadas sobre a amplidão do seu mistério.

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domingo, 3 de abril de 2011

BONSAIS na Capitania


Bonsais estão em exposição na galeria da Capitania. Ontem à tarde passei por lá e pude constatar o interesse que esta exposição despertou na população aveirense, e não só. Música ao vivo enriqueceu a mostra. Os bonsais são uma excelente oportunidade de trazermos a natureza para as nossas casas. Também havia chás para muitos gostos. A exposição vai estar patente até ao dia 17. Para quem gostar de aprender a tratar dos bonsais haverá lições, mediante inscrição, que terá de ser paga.

A Bíblia, coisa curiosa


Fernando Pessoa e a Bíblia:
uma relação «desassossegada»

A escritora Inês Pedrosa qualificou esta quinta-feira de «desassossegada» a relação que Fernando Pessoa manteve com a Bíblia e o padre José Tolentino Mendonça recordou as «marcas de leitura» daquele texto presentes na poesia pessoana.
A questão da fé não era «acessória» para o autor do 'Livro do Desassossego', referiu à Agência Ecclesia a diretora da Casa Fernando Pessoa, instituição lisboeta que acolheu esta quinta-feira a primeira sessão do ciclo"A Bíblia, coisa curiosa".
«Era um homem completamente viciado em enigmas e por isso nunca se fixou numa religião, como nunca se fixaria a nada», lembrou Inês Pedrosa, acrescentando: «Foi muita coisa em simultâneo e em catadupa», pelo que «nunca poderia dizer “Eu sou deste dogma”, dado que não saberia se amanhã acordaria assim».

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PÚBLICO: O que mudaria em Aveiro?

Carlos Jalali, politólogo, responde:

(Clicar na imagem para ampliar)

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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Um poema de Eugénio Beirão


Há-de vir o tempo…

Há-de vir o tempo do mútuo respeito,
assente no diálogo
e na abertura à diversidade.

A encruzilhada e a dúvida
hão-de ser vencidas
e chegará o tempo da permanência,
da serenidade quanto baste.

Reinará um dia
o diálogo dos saberes:
a sabedoria será então rainha.

À fragmentação sucederá a unidade.
E na comunhão seremos felizes.

Eugénio Beirão
In “Rosa-dos-Tempos”

Nota: Ilustração da Rede Global

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 231

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 14




AS NOSSAS BICICLETAS - III

Caríssima/o:

Há memórias privilegiadas...
De meu irmão Artur destaco duas passagens que nos podem ajudar a recuar no tempo.

«QUE GRANDE ESTOIRO!

Depois do trabalho, em direcção a casa, não sei precisar se antes se depois do que se passou na loja, na Malhada, antes de chegar à ponte quem vem da Gafanha em direcção a Ílhavo, parámos para dar ar à bicicleta, na garagem que aí havia.
O Pai disse-me:
- Vou dar ar para um ano; assim não paramos tantas vezes para dar ar.
Toca de encher a roda e ele apalpava e dizia-me:
-Ainda não está boa!
E eu não respondia e ele continuava a dar ar.
A certa altura aquilo dá um estoiro tão forte que toda a gente veio à porta ver o que se passava. O pneu e a câmara de ar saíram do aro e eu nem sabia onde estava com o barulho que tudo aquilo fez!
Toca a pôr tudo novo.»

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