sexta-feira, 1 de abril de 2011

Estranho! — Pensava a professora



UTOPIA

Maria Donzilia Almeida


O dia acordara ensonado, com a neblina a pairar sobre a terra. Esfregou os olhos, aspirou, fundo, a fragrância das flores, nesta primavera incipiente e deixou o sol afagar o planeta.
Foi neste dia, que mais uma vez se dirigiu à escola, preparada para mais um dia de agitação e com muito sacrifício desempenharia as suas funções docentes. Quando chegava ao fim, sentia-se possuída de um enorme cansaço, mesclado de muita frustração. Neste dia, sob os auspícios de um novo mês, que ora se iniciava, não podia acreditar naquilo que os seus olhos viam!
Logo na entrada da escola, os alunos perfilavam-se para entrar ordeiramente, picando o cartão e cumprimentando afavelmente a porteira. Quase se esquecia dos atropelos e da algazarra que alguns faziam, habitualmente.
Estranho! —  Pensava a professora. À medida que ia entrando na escola, observando o amplo jardim bem cuidado pelos alunos da jardinagem, ia pensando com os seus botões — Não posso acreditar no que vejo! Parece que estou noutro país, noutro planeta! Onde a disciplina, o respeito, a compostura fazem parte das Human Relations, tal qual o seu mentor, Dale Carnegie, as fomentou.
A maior surpresa aconteceu aquando da entrada na sala de aula. Os alunos organizavam-se em fila, para entrarem na sala, sem barulho, sem vozearia, sem confusão. Em silêncio! — Aconteceu alguma coisa? Interrogava-se a professora. Não, não podia acreditar! Vamos ver como vão decorrer as aulas.

Gafanha da Nazaré: vitrais na igreja matriz

Jesus e São José

Na igreja matriz da Gafanha da Nazaré há vitrais (ou técnica aparentada) dignos de serem apreciados. O normal, para muita gente, é entrar, olhar em frente, e nem apreciar a arte que está patente nas janelas. Experimentem olhar, não em hora de culto, mas no final das celebrações. Hão-de ver que vale a pena.

quinta-feira, 31 de março de 2011

FIGUEIRA DA FOZ: Arte na Cidade

Parque das Abadias


A beleza, quando existe, desperta em nós sentimentos belos de admiração. Nem o cinzento frio e chuvoso que há dias nos envolvia fazia esconder a árvore (antes a sublinhava), de ramos ainda secos, mas à espera da primavera que tarda. Qualquer dia, quando por lá passar, prometo oferecer aos meus amigos essa outra imagem, que não fará esquecer a que hoje aqui partilho com o mundo.

Portugal entregue a golpes e contragolpes

A crise por que estamos a passar, com garantias de que o pior está para vir, talvez seja fruto dos golpes e contragolpes dos nossos políticos, que não poupam nas estratégias para ficar ou ocupar o poder. António Barreto, que não é um analista qualquer, fala, no i, desses golpes. Leia aqui 

Da inclinação para os ídolos já falava Moisés

Padre Américo

Sempre inclinados para os ídolos?


António Marcelino

«Os grandes da história não foram os que fizerem guerras ou inventaram objectos de morte. Ainda que discretos na sua história pessoal - são sempre assim as pessoas grandes - eles são os que a memória do tempo guarda e apresenta como modelos estimulantes de bem-fazer. Dos nossos tempos, basta recordar Teresa de Calcutá e o Padre Américo, que não se desviaram nunca do projecto que conduzia a sua vida. Por isso ela deixou sulcos inapagáveis. Na mesma linha estão milhares de anónimos das nossas terras. São eles que não deixam que este mundo, tonto e desfigurado, resvale para a barbárie. O seu número pode sempre crescer e é preciso que cresça. Todos lá temos lugar, se é que ainda o não ocupamos»Todas as pessoas, homens e mulheres, levam consigo, a tempo inteiro, e sem que alguém possa interferir nesta sua capacidade, serem capazes tanto do bem como do mal. O ambiente que nos cerca e os tempos que vivemos nem sempre favorecem a melhor opção, empurrando-nos para o que muitas vezes nós detestamos. Será sempre actual a palavra de S. Paulo ao dar conta, desolado, do que lhe ia na alma: “Ai de mim, que faço o mal que não quero e não faço o bem que quero!” Quem há aí que não tenha tido, em algum dia ou em muitos dias, esta dolorosa sensação?

quarta-feira, 30 de março de 2011

João Gonçalves Gaspar evoca Egas Moniz

Egas Moniz

Egas Moniz: «Que existe para além da morte?»

João Gonçalves Gaspar

No dia 29 de novembro de 1874, nasceu na vila de Avanca, na “Casa do Marinheiro”, o prof. doutor António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz, médico, cientista, escritor, orador, professor catedrático, político e estadista de renome mundial. Faleceu em 13 de dezembro de 1955, na cidade de Lisboa, e os restos mortais, trasladados para a terra natal, foram sepultados no cemitério local.
Lembro uma curiosidade interessante sobre os seus cognomes “Egas Moniz”, que não herdou de seus pais. O tio paterno e padrinho, padre Caetano de Pina Resende Abreu Sá Freire, sendo pároco de Pardilhó, levou-o para a sua companhia e cuidou dos primórdios da sua educação. Como o mencionado sacerdote se interessava pelas genealogias, convenceu-se de que os Resendes descenderiam diretamente de D. Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques, nosso primeiro rei; por isso, tomou a iniciativa de substituir no nome do sobrinho o patronímico “Resende” pelos apelidos “Egas Moniz”, com os quais ficaria a ser conhecido.

Ler todo o artigo aqui


A Economia é indissociável da Justiça

«Socialismo na gaveta»?

Acácio Catarino

Na luta contra a crise económica do início dos anos oitenta, o Dr. Mário Soares deixou cair a afirmação de que era necessário meter o socialismo na gaveta. A frase prestou-se, certamente, à deturpação das intenções do seu autor; agora, pode voltar a surgir, assim deturpada, num contexto muito mais desfavorável do que há trinta anos. O mais grave deste slogan, interpretado de maneira simplista, é afirmar exactamente o contrário do recomendável: No fundo afirma que, numa crise económica, não se pode atribuir prioridade à solução dos problemas sociais; devem meter-se na gaveta as preocupações de natureza social veiculadas pelo socialismo e por outras orientações de humanismo social, tais como, por exemplo, a social-democracia e a democracia cristã.

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