terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Alçada Baptista faleceu há dois anos

Alçada Baptista

Alçada Baptista: um escritor de afectos

Neste dia, há dois anos, faleceu o escritor António Alçada Baptista, com 81 anos. Católico progressista, deixou nos romances e crónicas que escreveu sinais claros de uma sensibilidade muito própria. Li, à medida que iam sendo publicados, os seus livros, mas também saboreava as suas crónicas publicadas em jornais e revistas, escritos que me atraíam pela proximidade que o escritor sabia estabelecer com os seus leitores.
Na homenagem que lhe foi prestada, por intelectuais e amigos, em livro editado em Fevereiro de 2007 (António Alçada Baptista: Tempo afectuoso - Homenagem ao escritor e amigo de todos nós), o nosso país ficou a saber quanto ele  era estimado por todos, independentemente das orientações políticas ou religiosas de cada um.  Escritor profundamente memorialista, sabia tornar-nos próximos do seu mundo familiar, das suas vivências, dos seus afectos, da ternura que nutria pelo ser humano.
Na altura da publicação desse livro escrevi um simples texto. Ver  aqui.

Álvaro de Campos: A música, sim, a música...


A música, sim, a música…

Piano banal do outro andar…
A música em todo o caso, a música…
Aquilo que vem buscar o choro imanente
De toda criatura humana,
Aquilo que vem torturar a calma
Com o desejo duma calma melhor…
A música… Um piano lá em cima
Com alguém que o toca mal
Mas é música…


Ah, quantas infâncias tive!
Quantas boas mágoas!
A música…
Quantas mais boas mágoas!
Sempre a música…
O pobre piano tocado por quem não sabe tocar.
Mas apesar de tudo é música.


Ah, lá conseguiu uma música seguida —
Uma melodia racional —
Racional, meu Deus!
Como se alguma coisa fosse racional!
Que novas paisagens de um piano mal tocado?
A música!... A música…!

Álvaro de Campos
NOTA: A Biblioteca Particular de Fernando Pessoa está aqui

A Caminho do Natal

Mensagem do Bispo de Aveiro 

Há sinais de tempos novos

1.Iniciamos o Advento como escola da esperança e tempo para viver na serena expectativa do Natal.
Jesus vem: reza e acolhe. É este o lema que nos vai orientar ao longo desta caminhada de Advento – Natal. Este lema procura mobilizar quem espera e acredita no nascimento de Jesus a concretizar o nosso Plano diocesano de pastoral, nesta etapa do nosso viver como Igreja orante, lugar da esperança.
Encontramos este lema escrito no frontispício das nossas Igrejas e sabemo-lo sobretudo inscrito no coração de tantas famílias e pessoas.

Gafanha da Encarnação celebra o 6.º aniversário de elevação a vila

ANGE

Na próxima Quinta-feira, dia 9 de Dezembro, a Gafanha da Encarnação comemora o seu 6.º aniversário de elevação a vila. Como forma de assinalar esta data, a Câmara Municipal de Ílhavo, em cooperação com a Junta de Freguesia da Gafanha da Encarnação, vai realizar durante a manhã uma visita de trabalho na freguesia, contando com a participação dos autarcas locais, na qual serão abordadas questões ligadas aos investimentos perspectivados pela CMI para o futuro próximo na Vila da Gafanha da Encarnação.
Daqui felicito a Gafanha da Encarnação e as suas gentes pela evento, esperando que o progresso e o bem-estar da  população continuem a crescer.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

“Costa-Nova-do-Prado — 200 Anos de História e Tradição” em 3.ª edição




No próximo sábado, dia 11, pelas 17 horas, no Hotel de Ílhavo, vai ser lançada a 3.ª edição do livro “Costa-Nova-do-Prado — 200 Anos de História e Tradição”, da autoria de Senos da Fonseca.
A jornalista Maria José Santana fará a apresentação da obra, estabelecendo-se depois uma troca de impressões com todos os que quiserem e puderem associar-se.
A 3.ª edição deste livro de Senos da Fonseca, um ano após ter vindo a lume pela primeira vez, diz muito da sua importância. Veio marcado pela novidade de nos lembrar que a Costa Nova perfez 200 anos de vida e apresentou-se numa edição de encher o olho, por duas razões: contou histórias e recordou acontecimentos e pessoas, pelo talento de um ilhavense que é também um poeta muito sensível; e ofereceu imagens de um artista, Rui Bela, que sabe como poucos captar as nossas cores.

Saudades de mim menino

Ai barcas, ai barcas
Tão triste é vosso negror,
Por onde ides navegar?
Que espreita
O olho que levais na proa?
Ai amores, ai amores
Da ria amada,
Ai amores  do verde pino…
Ai saudades de mim, menino
Levai-me em vosso vagar.

(S.F.)

A Caminho do Natal


Natal Africano

Não há pinheiros nem há neve,
Nada do que é convencional,
Nada daquilo que se escreve
Ou que se diz... Mas é Natal.

Que ar abafado! A chuva banha
A terra, morna e vertical.
Plantas da flora mais estranha,
Aves da fauna tropical.

Nem luz, nem cores, nem lembranças
Da hora única e imortal.
Somente o riso das crianças
Que em toda a parte é sempre igual.


Não há pastores nem ovelhas,
Nada do que é tradicional.
As orações, porém, são velhas
E a noite é Noite de Natal.

Cabral do Nascimento


Morreu D. Júlio Tavares Rebimbas

Faleceu o Senhor D. Júlio Tavares Rebimbas, Arcebispo-Bispo emérito do Porto. Oriundo do Presbitério de Aveiro, foi sucessivamente Bispo do Algarve, Auxiliar do Patriarca de Lisboa (com o título de Arcebispo de Mitilene), 1º Bispo de Viana do Castelo e finalmente Bispo do Porto (1982-1997).
Em todos estes relevantes cargos eclesiais, o Senhor D. Júlio foi um dedicado Pastor do Povo de Deus, concretizando o espírito e as determinações do Concílio Vaticano II, quer nas iniciativas que tomou quer no seu modo cordial e próximo de estar e proceder com todos. Foi constante amigo do seu clero e deixou em todas as Dioceses que serviu um rasto de gratidão e simpatia, inteiramente merecidas.
Residia na Casa Diocesana de Vilar, estrutura de grande importância para a actividade pastoral, que edificou e bem denota o seu empenho e clarividência.
A Diocese do Porto está profundamente grata ao Senhor D. Júlio Tavares Rebimbas, guarda no coração o seu testemunho e pede a Deus a maior recompensa dos seus muitos e generosos trabalhos.

Porto, 6 de Dezembro de 2010

+ Manuel Clemente, Bispo do Porto

PESQUISAR

DESTAQUE

Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

https://galafanha.blogspot.com/

Pesquisar neste blogue

Arquivo do blogue