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Em Sá da Bandeira, no Porto, no Hotel Teatro, de linhas modernas e convidativas, registei, com prazer, este poema de Almeida Garrett. Decerto uma homenagem ao escritor multifacetado e renovador do Teatro Português, Almeida Garrett. Nada melhor para um hotel que ostenta o nome de TEATRO.
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Aqui fica o poema...Seus olhos
Seus olhos — se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou —
Não tinham luz de brilhar,
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.
Divino, eterno! — e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, um só momento que a vi,
Queimar toda a alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.
Almeida Garrett (1799-1854)