sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Notícias Breves

Férias divertidas no Natal

A Câmara de Ílhavo aprovou férias divertida para o Natal, destinadas a crianças dos 6 aos 14 anos. Para além do desporto, haverá ainda o recurso a uma língua estrangeira, o Inglês. As inscrições, limitadas ao número de vagas, serão aceites nas Piscinas Municipais de Ílhavo e da Gafanha da Nazaré. Mais informações nos mesmos locais.

Via de Cintura Nascente

Foi inaugurada, no dia 31 de Outubro, a Via de Cintura nascente de Ílhavo. Na véspera, dia 30, foi inaugurado no jardim central da Gafanha do Carmo um monumento que assinala os 50 anos da criação da freguesia.

O moliceiro contado às crianças

“O Moliceiro da Ria — Fantasia e Realidade”, com ilustrações da artista aveirense Sara Bandarra, é o segundo livro do historiador Amaro Neves, destinado ao público infantil.

Concurso Literário Jovem

A CMI organizou um Concurso Literário Jovem para os alunos do Ensino Básico do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos, assim como do Ensino Secundário. Os trabalhos deverão ser entregues até 31 de Março de 2011, por mão própria ou pelo correio, na Câmara Municipal.

Programa Vocação 2011

 
Por iniciativa da CMI, vai decorrer o Programa Vocação 2011, durante o ano civil, com interrupção para férias, nos meses de Julho, Agosto e Setembro. É composto por vários projectos, encontrando-se cada um deles dividido em turnos de três meses. A distribuição pelo turno será acordada no início entre os jovens e o responsável. Informações na CMI.

PORTO: cidade invicta

Igreja do Carmo

Ontem foi dia de folga. Melhor dizendo, foi dia de ir ao Porto. Sem horários para cumprir. Apenas, ou quase, para deambular pelo centro, para sentir o palpitar da cidade que sempre me fascinou. Sobretudo por manter a sua inconfundível marca de burgo. Foi dia de caminhar, subindo e descendo, até mais não poder. Podia ter programado umas visitas, mas preferi ir assim, recordando tempos de estudante de há muitos anos. O tempo passou a correr, é certo, mas valeu a pena. Hei-de voltar, de comboio, como desta vez, por ser mais cómodo e mais barato. A terceira idade tem destas regalias, ou direitos. Oxalá a crise nos deixe gozar estes benefícios.
Voltarei a falar desta visita, ao sabor do meu tempo.

FM

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O OE foi aprovado na Assembleia da República, mas...

Em entrevista ao PÚBLICO, Luís Campos e Cunha alerta para o que ainda pode vir por aí




Com o FMI, as medidas não seriam diferentes das que estão no OE


O antecessor de Teixeira dos Santos diz que Sócrates é o verdadeiro ministro das Finanças e defende que a proposta de OE é uma proposta "desesperada"


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Bar-Restaurante no Jardim Oudinot

Abertura de Concurso Público



 Concessão da Concepção, Instalação
e Exploração do Bar-Restaurante
do Jardim Oudinot

O Executivo Municipal deliberou a abertura de Concurso Público para a Concessão da Concepção, Instalação e Exploração do Bar/Restaurante do Jardim Oudinot, junto ao Ancoradouro (e integrando a Guarita), com um preço base de renda mensal de 600 euros e um prazo da Cessão de Exploração de 15 anos, estabelecendo como critérios de adjudicação a ponderação entre a solução arquitectónica apresentada, a proposta de renda mensal e a capacidade de manutenção e limpeza das instalações sanitárias públicas na envolvente e do parque de merendas.
Com esta medida a CMI pretende que sejam criadas novas dinâmicas e vivências no Jardim Oudinot, rentabilizando o edifício da Guarita, apostando na conquista de mais visitantes a este espaço do Município de Ílhavo pela prestação de novos serviços, bem como assegurar com a máxima qualidade a limpeza e manutenção do parque de merendas e dos sanitários públicos disponibilizados na envolvente ao Bar-Restaurante.

Fonte: CMI

Nunca serão os lugares a dar competência às pessoas


Novos e velhos,
uma parceria necessária

António Marcelino


O tema andava-me no espírito desde há muito. Um entrevista de há dias fê-lo vir ao de cima e motivou-me a escrever. Um cirurgião de renome internacional, Gentil Martins, conhecido pelo êxito de operações com siameses, retirou-se há dez anos por reforma. Tendo-lhe sido perguntado se, em casos difíceis como o dos bebés angolanos, que acabaram por morrer, lhe era pedida opinião, dado o seu saber e experiência respondeu: “Não me disseram nada, porque se uma operação destas corre bem, tecnicamente é um brilharete. E eu entendo que não queiram partilhar o brilharete” (DN 19.10.2010). É este o problema. Muitos novos na política, na profissão, na vida social e até em instâncias da Igreja, preferem mais fazer caminho sozinhos do que com outros que os precederam e procurar com eles a melhor maneira de servir a comunidade e o bem de todos. Por este caminho, a solução de problemas que se poderia, quiçá, encontrar com a ajuda dos mais velhos e experientes, redunda, por vezes, em decisão menos acertada.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Municípios de Aveiro reclamam suspensão do plano da orla costeira

A jornalista Maria José Santana escreveu, no PÚBLICO de hoje, que «A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) reclama a "suspensão imediata do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Ovar-Marinha Grande, nas zonas críticas da região", exigindo também "a implementação de medidas complementares das obras já realizadas, de modo urgente e eficaz, visando a salvaguarda de pessoas e bens".»

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Goethe na sua residência romana

A janela

José Tolentino Mendonça


Vi há uns anos na Casa Goethe, em Frankfurt, uma imagem que me tem acompanhado. É uma aguarela de J.H.W. Tischbein que representa Goethe na sua residência romana, situada na conhecida Via del Corso. Vemo-lo de costas, a partir do interior da casa, trajado com a informalidade das horas domésticas. E está à janela. Na verdade, esgueira o corpo e a curiosidade por meia janela apenas. Mas mesmo meia janela, por vezes, é como se fosse o mundo todo. Gosto daquela mistura de descontração e atenção que atravessa a sua figura, daquele estar debruçado (dir-se-ia mergulhado) para uma coisa que só ele vê. Gosto da luz azulada ou branca desse exterior, talvez a luz de uma manhã já alta.
Teixeira de Pascoaes escreveu: «Ai, se não fosse a névoa da manhã/ E a velhinha janela onde me vou/ Debruçar para ouvir a voz das cousas,/ Eu não era o que sou». Eu sei que isso é verdade. Quando fecho os olhos e penso nas janelas que frequentei (nas janelas da infância e da adolescência, donde o visível se avista com um intacto esplendor; nas janelas da vida adulta; nas janelas de lugares próximos ou distantes; nas janelas de passagem; nas janelas fechadas contra a noite ou para ela abertas, numa espécie de silêncio ou súplica…), reconheço a certeza do verso de Pascoaes: «eu não era o que sou».