A ERVA DAS PAMPAS
A
Américo, Oliveiros e
todos os Companheiros do Esteiro Pequeno
Caríssima/o:
a. Pelo nome que aí vai nem todos a reconhecerão, mas depois de ver a imagem não custa nada ... penhachos ... macios...
Um dia, levei com intenção de plantar no quintal uma plantinha ainda tenra e mesmo a pedir que dela cuidassem... Só que a recusa foi formal e convincente:
- Essa planta é uma praga... Por favor, não a plantes!
Contrariado e contristado, obedeci... Hoje dou-lhe carradas de razão. E aqui fica a minha admiração por quem há quase cinquenta anos já tinha a visão (que a experiência lhe dava!...) do que acontece nos nossos dias.
e. Muitos não saberão, mas a minha “amizade” para com os 'macios' vem dos tempos do Esteiro Pequeno. Que maravilhosas plumas nos tentavam no cimo dos tufos que cresciam desmesuradamente! E que cortes profundos as folhas dentadas serravam nos nossos dedos desprotegidos quando fazíamos mais uma tentativa para as cortar! Mas era um espectáculo de cor e de movimento que nos era proporcionado naqueles 'jardins' que marcaram a nossa infância. Talvez os senhores dos gabinetes tivessem compreendido melhor a mágoa (mesmo a angústia...) que os vizinhos dos Esteiros sentiram quando viram as máquinas a destruir esses 'tesouros' oferecidos pelos senhores da Junta se tivessem, algum dia, participado nas nossas aventuras e desventuras... E na 'réplica' estendida à população ficariam bem alguns exemplares destas plantas (embora se reconheça que deve ser muito difícil conseguir a riqueza cromática desses tempos).
i. Erva gigante, chegando a 2,5 metros de altura,as suas inflorescências parecem-se com grandes plumas e podem ser de coloração branca, amarelada ou arroxeada, formadas principalmente no verão. As folhas são longas, lineares e com bordas cortantes.
Recortei as frases que se seguem e me ajudaram a encontrar o sortilégio que vivíamos em cada dia da nossa infância: