"Se não conseguirmos consenso,
seremos um país marginal"
Dizer a verdade e gerar consensos, outra coisa seria imperdoável. É esta a fórmula que Artur Santos Silva defende para evitar mais uma oportunidade perdida.Por Teresa de Sousa
«A razão principal é que as elites portuguesas - e o país em geral - não reclamam outros políticos, não reclamam melhores políticos. Poderíamos simplesmente dizer que temos os políticos que reflectem o que é a sociedade portuguesa. Não estou nada de acordo com isso. Acho é que há uma inércia, uma passividade nas elites portugueses, que não reclamam, não intervêm, não exercem, no fundo, as chamadas "liberdades positivas". Que a liberdade não é só a liberdade negativa - eu não quero que toquem na minha esfera, nos meus direitos. A liberdade são direitos e são obrigações. A obrigação de participar para construir um país melhor é um dever daqueles que são os melhores e os mais preparados.»