quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

UE inaugura Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social



80 milhões de europeus
vivem abaixo do limiar de pobreza

«A Comissão Europeia e a Presidência espanhola da UE lançam esta Quinta-Feira o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social (AECPES), sob o lema “Acabemos com a pobreza já!”.
A campanha visa pôr a luta contra a pobreza, que afecta directamente um em cada seis europeus, no centro das prioridades em toda a UE durante 2010, refere comunicado da Comissão Europeia.
José Manuel Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, e José Luis Rodríguez Zapatero, Primeiro-ministro espanhol, inauguraram o Ano Europeu num evento que tem lugar em Madrid.
A Estratégia UE 2020 é essencial no combate à pobreza e deve assentar em medidas que apostem na criação de emprego, mas que vão para além de paliativos tradicionais, com políticas inclusivas e de solidariedade, defende Durão Barroso.
Falando na sessão de abertura da apresentação do Ano Europeu da Pobreza, em Madrid, o presidente da Comissão Europeia considerou que para oito por cento dos europeus o emprego "não tem sido suficiente para poder sair da pobreza”.
Uma situação “claramente inadmissível”, frisou, que obriga a políticas menos tradicionais, que incluam um rendimento mínimo garantido. “Aqueles para quem o trabalho não seja uma opção realista devem ter igualmente um rendimento mínimo adequado compatível com uma vida digna”, afirmou.
Durão Barroso insistiu na oportunidade que a Estratégia UE 2020 - que definirá as linhas mestras da política económica comum - pode ter no combate à pobreza, mas adverte que os indicadores nem sempre têm sido positivos, pelo que “chegou o momento de conseguir um novo consenso político sobre esta questão na Europa”.
Perto de 80 milhões de europeus (17% da população da UE) vivem actualmente abaixo do limiar de pobreza. Este facto alarmante encontrou grande eco junto da opinião pública, segundo um recente inquérito Eurobarómetro sobre as atitudes face à pobreza.»

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SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃO




A paciência do Espírito Santo

Está a decorrer a Semana de Oração pela Unidade dos Cristão. Ano após ano, esta iniciativa repete-se, no sentido de fortalecer os laços de proximidade entre os cristãos ligados a diversas Igrejas. Todos aceitam Jesus Cristo como Salvador e Redentor da humanidade. Porém, mantêm-se separados há séculos por motivos, por vezes, ridículos, para clérigos responsáveis.
Várias vezes me tenho interrogado sobre o porquê desta situação, para além dos conflitos que lhe deram origem. Muitos estão por dentro das “guerras” que os cristãos alimentaram entre si, por vontade própria ou por interesses vindos de fora. O que me impressiona é ver como a Boa Nova, legada por Cristo, desde as origens pautada pelo princípio da unidade, ainda não foi assimilada por todos. Será?
Desde sempre ouvi, na semana de oração pela unidade dos cristãos, que se espera do Espírito Santo um sinal ou uma ajuda para que a unidade plena se faça. Mas a verdade é que num milénio de cristianismo a separação persiste. Será assim? Será que o Espírito Santo concorda com esta realidade? Ou estará a testar a nossa paciência ou teimosia? Ou estará Ele, com a sua infinita paciência, à espera que compreendamos que a unidade, matizada por muitas correntes, está tão-só na aceitação de Jesus Cristo, como único Salvador?

FM

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Obama está a ser fiel ao próprio desígnio que apontou: «o caminho vai ser longo»


Obama

A ilusão e gestão das expectativas

1. Faz um ano (20 de Janeiro) que Barack Obama tomou posse como presidente dos Estados Unidos. No mundo das emoções, grandes expectativas podem conduzir a grandes desilusões. Após um ano de sua eleição e depois de um inédito estado de graça, Obama tem neste momento a popularidade em baixa, ou pelo menos não em tão alta. Como se sabe, das emoções sociais – um sintetizador de opinião sempre na ténue fronteira da sensibilidade – espera-se o melhor e o pior; mas a verdade é que Obama, crescendo acima de si próprio tornando-se mito quer pela sua eleição inédita de afro-americano quer envolto de uma nuvem clarividente de esperança inabalável, Obama continua a ter “razão”. Talvez tenha havido, e continua a haver, um problema de comunicação e de responsabilidade. O slogan «yes we can» está construído na primeira pessoa do plural, facto que não personaliza nele próprio o centro de referência.

Alexandre Cruz

XI Capitulo da Confraria do Bacalhau recebe Confrarias Gastronómicas Espanholas e Francesas

Catedral de Barcelona (interior)

Confraria Universal del Bacallà de Espanha presente
no XI Capitulo da Confraria Gastronómica do Bacalhau em Ílhavo,
no próximo dia 23 de Janeiro


Das Confrarias Gastronómicas já confirmadas no XI Capítulo da Confraria Gastronómica do Bacalhau, vai estar presente a Confraria Universal del Bacallà de Barcelona. Esta Confraria espanhola foi fundada em 1200 e reconhecida como de grande importância para Espanha pelo rei Alfonso V (O Magnânimo) em 1447, sendo detentora de um túmulo no chão da Catedral de Santa Maria del Mar, Barcelona. Após algum tempo sem actividade foi “refundada” em 1986.
Esta Confraria Espanhola faz parte da organização do I Congresso Mundial do Bacalhau a decorrer em 2011, em Barcelona, juntamente com o Gremio de Bacallaners e a Fundação do Instituto Catalão de Cozinha. Na cerimónia de Entronizações, a Confraria Universal del Bacallà entronizará o Grão Mestre da Confraria do Bacalhau, João Manuel Madalena.

Houve tempo, já lá vão séculos, em que a Igreja caiu na tentação de construir palácios com muralhas




Igreja em campo aberto


.A Igreja sempre esteve em campo aberto. É de sua natureza e, por isso mesmo, essa é a sua missão e seu modo natural de agir. Em campo aberto: ao calor do Verão, ao frio do Inverno, à beleza da Primavera, à serenidade do Outono. O Vaticano II veio dizer que assim é.
Porém, houve tempo, já lá vão séculos, em que a Igreja caiu na tentação de construir palácios com muralhas. À maneira de reis e fidalgos. Umas mais ostensivas a denunciar poder. Outras mais discretas, com frestas estreitas para poder espreitar, guardando da tentação de sair para o vento. Visto de longe, tudo parecia bem e iluminado. Assim, se tornou mais difícil entrar e sair, e mais cómodo estar de ouvidos cerrados ao rugir de vendavais e ao cair da chuva. O mesmo é dizer, estranho às intempéries da vida que geram sofrimento, e à luta inglória de muitos sem saberem como enfrentar o abandono.
As verdades foram ganhando bolor, as gargantas ferrugem, e o povo a ter de se contentar com a esmola ocasional e fugidia das palavras piedosas de algum frade pregador, que passava, de tempo a tempo, pelo povoado. Muitas casas paroquiais já nem eram do padre, mesmo com ele a viver lá dentro. E, onde ele ainda mandava, não raro as propostas de religião que apontavam para Deus eram limitadas, sempre iguais e de alcance reduzido para aqueles a quem chegavam, que, mesmo estes, iam escasseando, a pouco e pouco.
Um dia os maiores se aperceberam que, lá fora, em campo seu, se moviam outras forças e nelas estava o inimigo que era preciso esconjurar. Saíram, então, das muralhas para fazer guerra ao intruso. De defesa da fé e da verdade, dizia-se. Tarde de mais. Com a luz debaixo do alqueire não se pode estranhar que, na noite da vida, surjam lampiões. Os de fora equiparam-se com armas depreciadas pelos de dentro. A estas, outras se juntaram, de novo cariz e não menos poderosas. E a guerra de oposição não terminou mais.
Avisos do céu foram abafados. Palavras de profetas, não ouvidas. Sinais de novos caminhos, rejeitados. O bem que os outros faziam, desfeiteado…

António Marcelino

Padre Manuel Marques Dias foi agredido no sábado


 Bispo de Aveiro condena
acto de violência contra sacerdote

Soube hoje, pelo Correio do Vouga, que o Padre Manuel Marques Dias, de 81 anos, foi agredido e roubado. O Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos, em nota pastoral, já disse tudo o que era preciso dizer sobre o assunto. Quaiquer outras considerações, mesmo pessoais, apenas servirão para manifestar a nossa solidariedade ao Padre Manuel e ao presbitério de Aveiro, através do nosso bispo.
Conheço o Padre Manuel há décadas. Entusiasmei-me, muitas vezes, com as suas inquietações sociais e com o seu envolvimento, concreto, na luta em favor dos trabalhadores e dos pobres. Falava com o coração na boca e era um padre incomodado e incómodo. Numa altura em que o comodismo, o medo e a falta de coragem campeavam no comum das pessoas e mesmo na Igreja, a sua atitude tornou-se notória. Por isso, parecia, imensas vezes, uma carta fora do baralho. Mas não era. O Padre Manuel nunca desligou, que eu saiba, o cristianismo da justiça social, como alavanca de uma sociedade mais fraterna. Foi incompreendido por muitos cristão e amado por outros. Na Igreja, como na sociedade, há sempre dois lados da barricada: uns remam para um lado e outros tantos para o outro lado, nem sempre em sintonia com a verdade do Evangelho. Mas o Padre Manuel nunca renegou os seus principios e os seus valores. Hoje fala-se dele por razões tristes. Amanhã seria bom que falássemos do exemplo de vida com que ele marcou muita gente.

Fernando Martins

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Socorrer os que mais precisam afirma-se como o pilar essencial de acção





Todos humanos e humanitários

1. Os acontecimentos recentes do Haiti, a par de outros do género onde a condição humana é fortemente interpelada, continua a fazer-nos relançar algumas questões fundamentais. Quantas vezes observamos que em situações trágicas as fronteiras são abertas à solicitude dos “outros”, ou as próprias linhas políticas são relativizadas, pois que socorrer os que mais precisam, sejam eles “quem” forem, afirma-se como o pilar essencial de acção. Mas depois, passado o limpar das águas ou o apagar do fogo parece que tudo volta ao passado de fronteiras fechadas, de relações sociais frias, sofrendo um forte apagão toda a frescura solidária que a urgência faz despertar nos primeiros tempos.

Alexandre Cruz

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