terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Mais um trabalho do meu amigo Manuel




«Por escolas de outros tempos»


Penso que nunca se publicou tanto no nosso País como agora. Diariamente aparecem nas livrarias novas obras de jovens promissores e de escritores consagrados. As reedições sucedem-se, sinal de que há muita gente a ler. E se as edições se vão multiplicando dia a dia, com facilidade para alguns escritores e com imensas dificuldades para os novatos nestas lides da escrita, é sabido, também, que muitos outros se vêem obrigados a edições de autor, isto é, pagas pelos próprios, sem ajudas de ninguém. Os mais teimosos lá vão tentando descobrir patrocínios para as suas publicações, mas nem sempre é fácil. Outros desistem dessas preocupações e vão escrevendo para os familiares e amigos.
Um desses é o meu amigo Manuel Olívio da Rocha, um gafanhão que reside no Porto há décadas. Quase todos os anos, pelo Natal, brinda-nos com um trabalho que poderia, muito bem, ser impresso e distribuído por editoras que não se envolvessem somente com escritores que aparecem nas televisões ou nas rádios, ou que tenham amigos nos jornais e revistas, ligados a lóbis editoriais.


Navio-escola Sagres deixa o Porto de Aveiro durante a visita dos Grandes Veleiros


CMI patrocina viagem do navio-escola Sagres


O navio-escola Sagres iniciou, hoje, uma viagem de 11 meses, à volta do mundo, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Ílhavo, numa oportunidade única de promover além-fronteiras os valores e a cultura do nosso município, que tem “O Mar por Tradição”.

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Em dia de menos chuva chega-me a notícia da morte de antigos colegas




O Sol ainda não saiu vencedor

Na luta contra a chuva e o frio, o sol ainda não saiu vencedor. Foi anunciada ontem a sua vitória, mas tal não se concretizou, decerto com medo de alguém. Não sei de quem. Vamos continuar a aguardar, para depois festejar.
De qualquer forma, saí de manhã para uma caminhada, de que já sentia saudades. Caminhei pouco porque os amigos que encontrei me levaram a desenferrujar a língua. Ouvi mais do que falei, mas também falei.
E é curioso como destes encontros saio normalmente enriquecido. De um ouvi histórias de um reencontro familiar, há tantos anos esperado, de outro fiquei a saber pormenores do começo do Cortejo dos Reis na Gafanha da Nazaré, à volta da antiga capela de Nossa Senhora da Nazaré, no lugar da Chave, e com um terceiro senti o entusiasmo com que aborda os temas ligados à sua colecção de livros antigos, sobretudo os que dizem respeito aos Descobrimentos Portugueses. Prometi visitá-lo um dia destes, para a entrevista que se impõe.
Também tomei conhecimento do falecimento de dois antigos colegas de escola, residentes em Aveiro. São eles o José Maria da Silva Soares Arroja e o Manuel Pompeu da Loura de Melo Figueiredo. A vida tem destas coisas. Colegas da juventude, cada um seguiu para o seu lado. Eles por Aveiro e eu na Gafanha da Nazaré. Os anos vão passando, os encontros rareando e as amizades ficam diluídas. Depois, lá vem o dia em que o anúncio dos seus falecimentos nos faz recordar vivências em comum. Os meus pêsames às suas famílias. Paz às suas almas.

FM

Se pudesse escolher, com quem gostaria de beber uma cerveja?

Sugestões de leitura no i de hoje


No editorial do i, Sílvia de Oliveira reflecte sobre o melhor candidato para as presidenciais, olhando para Cavaco Silva e Manuel Alegre. O primeiro, Cavaco, será tecnicamente perfeito, dotado de um imaculado sentido de Estado, de uma independência e seriedade à prova de bala e de uma inabalável estabilidade de carácter r ideológica; o segundo, Alegre, combateu em Angola, foi preso pela PIDE, esteve dez anos exilado na Argélia, é poeta, gosta de caçar e de touradas, é polémico e inconveniente, é arrogante e intelectual, tem mundo.  E depois, a jornalista pergunta: «Se pudesse escolher, com quem gostaria de beber uma cerveja?»

Que os Haitis do mundo sejam conhecidos e amados por outras razões que não a tragédia




Entre Ruínas

O Haiti entrou no grande teatro do mundo por motivos bem diferentes daqueles por que frequentemente era noticiado: as crises políticas e os golpes de Estado. À notícia do sismo sempre se juntou uma outra não menos dramática: a pobreza. Um dos países mais pobres do mundo, foi o subtítulo que sempre acompanhou as grandes manchetes sobre um sismo que teve apenas mais um ponto do que aquele que recentemente nos atingiu. Poderíamos ter sido nós.
Um acontecimento desta ordem, num grau de tragédia tão intenso, deixa-nos sempre um oceano de questões que vamos arrumando desajeitadamente até que o tempo nos canse, as imagens nos saturem e um outro evento nos mude os registos da emoção. Desta vez não foi excesso de chuvas, desabamentos, furações, possivelmente por maus-tratos que vamos dando à gestão do frio e do calor nos nossos mecanismos de civilização. Desta vez não sabemos bem o que há a fazer com placas tectónicas que se movem poucos quilómetros abaixo do mar e estoiram com o rés-do-chão do nosso planeta onde construímos as nossas casas e desenhamos as nossas cidades, desde o barracão rudimentar ao palácio presidencial.

António Rego

Ainda os casamentos gay



O sexo dos cônjuges


Desculpem o meu cepticismo. Mas parece-me que a possibilidade de um casamento só ter noivos ou noivas é pouco para começar ou acabar uma civilização. No fundo, estas "causas fracturantes" em Portugal têm menos que ver com a vida social do que com a vida política. Falamos do "casamento gay" porque o PCP e o BE querem entalar o PS e porque o PS não se quer deixar entalar e, já agora, quer entalar a direita.

Os homossexuais entram nesta história como carne para canhão político. Basta pensar que entre os seus advogados encontramos os comunistas, que criaram, nos países em que estiveram no poder, dos piores infernos do século XX para a homossexualidade (leiam as memórias de Reinaldo Arenas). Ou que o PS, para ficar de bem com toda a gente, não se importa de lhes dar com uma mão o casamento e com a outra, ao proibir adopções, a primeira discriminação legal. Com o devido respeito pelas boas almas a quem o caso excita, o que convém aqui ao cidadão é uma indiferença higiénica pelo que diz e faz uma classe política irremediavelmente cínica.

Rui Ramos

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Obama: O povo haitiano não será esquecido



Haiti, os milagres da tragédia

1. O Haiti é o novo centro do mundo. Desde o dia em que a terra tremeu (12 de Janeiro 2010) uma multiplicidade de acções vai-se estendendo pelo mundo inteiro no sentido da necessária ajuda ao povo haitiano. As contagens revelam o lado frio do acontecimento (cerca de 200 mil mortos?), mas o acontecimento trágico, tal como a dor e o sentimento, é sempre individual. Existem as descrições horrendas características do pior que a desumanidade pode sofrer, mas existem histórias de milagres de algumas vidas salvas em plena tragédia. As desgraças trazem consigo sempre também o lado do surpreendente e da valorização de cada vida salva, de cada gesto solidário, de cada momento bom.

Alexandre Cruz

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