O Sol ainda não saiu vencedor
Na luta contra a chuva e o frio, o sol ainda não saiu vencedor. Foi anunciada ontem a sua vitória, mas tal não se concretizou, decerto com medo de alguém. Não sei de quem. Vamos continuar a aguardar, para depois festejar.
De qualquer forma, saí de manhã para uma caminhada, de que já sentia saudades. Caminhei pouco porque os amigos que encontrei me levaram a desenferrujar a língua. Ouvi mais do que falei, mas também falei.
E é curioso como destes encontros saio normalmente enriquecido. De um ouvi histórias de um reencontro familiar, há tantos anos esperado, de outro fiquei a saber pormenores do começo do Cortejo dos Reis na Gafanha da Nazaré, à volta da antiga capela de Nossa Senhora da Nazaré, no lugar da Chave, e com um terceiro senti o entusiasmo com que aborda os temas ligados à sua colecção de livros antigos, sobretudo os que dizem respeito aos Descobrimentos Portugueses. Prometi visitá-lo um dia destes, para a entrevista que se impõe.
Também tomei conhecimento do falecimento de dois antigos colegas de escola, residentes em Aveiro. São eles o José Maria da Silva Soares Arroja e o Manuel Pompeu da Loura de Melo Figueiredo. A vida tem destas coisas. Colegas da juventude, cada um seguiu para o seu lado. Eles por Aveiro e eu na Gafanha da Nazaré. Os anos vão passando, os encontros rareando e as amizades ficam diluídas. Depois, lá vem o dia em que o anúncio dos seus falecimentos nos faz recordar vivências em comum. Os meus pêsames às suas famílias. Paz às suas almas.
FM