sábado, 9 de janeiro de 2010

O que seria a Igreja sem esse Concílio?, sem ele, como seria o próprio mundo?




Libertação e política


Volto ao teólogo flamengo Edward Schillebeeckx, um dos mais notáveis e influentes pensadores católicos do século XX, que morreu, com 95 anos, no passado dia 23 de Dezembro, em Nimega (Holanda), em cuja universidade ensinou. Foi um dos principais mentores do Concílio Vaticano II, acontecimento determinante do século XX. De facto, aos seus críticos é preciso perguntar: o que seria a Igreja sem esse Concílio?, sem ele, como seria o próprio mundo?
E. Schillebeeckx fez parte de uma plêiade excepcional de teólogos - entre eles, M. D. Chenu, H. Urs von Balthasar, Yves Congar, Henri de Lubac, Karl Rahner, J. B. Metz, Hans Küng -, que ousaram pensar e que deram uma nova orientação ao cristianismo e à Igreja. Um dos problemas maiores da Igreja actual é que precisamente essa geração está a desaparecer e não tem substitutos à altura.
Acusado de pôr em perigo a ortodoxia, teve de enfrentar por três vezes a Congregação para a Doutrina da Fé - uma das vezes, porque defendeu que a comunidade poderia designar membros seus não ordenados para presidir à Eucaristia -, e denunciar os seus métodos inquisitoriais, constatando que a Igreja se ia desviando do Concílio e se tornava cada vez mais monolítica, confundindo unidade com uniformidade.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

João Ferreira do Amaral escreve sobre Astrologia e Televisão

A Astrologia e actividades afins, nos melhores dos casos, são um conjunto de banalidades. Nos piores, são chorrilhos de disparates a roçar a fraude. O espantoso é que já sabe isto desde há séculos. Mas a nossa portuguesíssima carapaça de ignorância, que embora menos espessa do que já foi, continua a ser um apetitoso mercado para estas actividades, leva, em consequência da guerra das audiências, a que o tempo dedicado a previsões astrológicas vá em crescendo.

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A Internet está a mudar a nossa forma de pensar?

Em texto publicado hoje no PÚBLICO, segundo caderno,  Ana Gerschenfeld ajuda-nos a reflectir sobre a questão.

MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS EM VISITA AO PORTO DE AVEIRO




Ramal ferroviário do Porto de Aveiro
vai arrancar durante o mês de Março



A exploração do ramal ferroviário do Porto de Aveiro vai arrancar durante o mês de Março, revelou o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, no final de uma visita a esta estrutura portuária.
António Mendonça, que efectuou a sua primeira visita ao Porto de Aveiro após a tomada de posse do novo Governo, destacou a importância do transporte de mercadorias entre o Porto de Aveiro e a Linha do Norte, em Cacia, através da linha ferroviária, um investimento de 72 milhões de euros, e louvou o potencial da estrutura portuária.
"Tivemos oportunidade de discutir com a administração os notáveis projectos que tem feito", disse o governante, salientando o "potencial para o desenvolvimento do seu hinterland".
"Trata-se de um porto jovem mas que já tem um presente muito significativo. Em Dezembro foi já completada a ligação ferroviária, que é muito importante e vem complementar as ligações rodoviárias", salientou o ministro.

Governo e Sindicatos chegam a acordo. Finalmente!




Todos Ganharam

O Governo e os principais Sindicatos de professores chegaram a acordo. Já não era sem tempo. Tudo porque houve diálogo. Assim devia ser sempre. Só não é quando não há gente capaz de falar e de ouvir, até se chegar a um consenso. Desta vez, aconteceu. Ainda bem. A serenidade voltará às nossas escolas, onde há alunos para ensinar e para aprender. E professores que devem seguir essa mesma linha: ensinar e aprender. Houve vencedores e vencidos? Não! Houve apenas vencedores: O ministério, os professores, os alunos, as famílias e as comunidades. Todos, afinal.

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A vida nova é construída por nós

O futuro ou é um projecto que se constrói tendo em conta o passado e a reflexão no presente sobre o que nos foi transmitido e a realidade que se vive, ou então é um vazio e apenas se traduzirá uma sucessão de acontecimentos, imediatos e sem nexo.
Quando se diz “ano novo, vida nova”, não estamos a auspiciar um resultado automático. A vida nova é construída por nós com atitudes e gestos que exprimem vida.
O confronto sério entre o já vivido e o que se deseja viver é fundamental para projectar o futuro, com critérios válidos, tanto para as pessoas, como para as instituições. A menos que se pense que tudo esteve e continua bem e não vale a pena mudar nada, nem sonhar nada diferente. De uma atitude de morte não se pode esperar vida. Cada um sabe de onde parte e o que é que anima os seus votos e desejos de futuro.
Há, porém, um espaço comum de que todos podemos falar, com os elementos públicos de que dispomos e a seriedade que o tema comporta. Falo do futuro do país que somos.
O passado recente traz até nós a percepção de que ele não constituiu, a seu tempo, um futuro programado. A não ser que a programação tenha sido inspirada numa cultura à revelia da vida e da realidade, só ao gosto de alguns, para os quais o bem comum e as suas indeclináveis exigências nada dizem.

É urgente espantar os fantasmas




Amanhã


É urgente
Espantar os fantasmas
que dormem na neblina
destruir os medos
despertar as consciências
acusar os culpados
desmascarar a falsidade.
Provar que o amor
ainda não sucumbiu.
E, arrastando os pés
em manhãs entristecidas
recrear sorrisos
em rostos fechados
onde a esperança e a coragem
há muito,
muito tempo se extinguiu.

Aida Viegas